30.9.11

Existem coincidências bem interessantes.Acho que o programador da rádio que costumo escutar no carro está apaixonado.Desde quarta feira toda a vez que tenho de pegar a estrada, para ir à cidade pego quase 10 km de pista, toca uma certa música do Caetano Veloso.Já a escutei 4 vezes em 3 dias.Eu acho graça! Há um tempo atrás eu diria que deve haver algum sentido nisso.Mas hoje não mais.Fico contente em achar graça de tal coincidência!
Update: Hoje, sábado, passei duas vezes pela rodovia e a música não tocou mais...talvez tenha acabado a coincidência, ou então, o programador apaixonado tirou umas férias, para quem sabe, curtir seu grande e lindo amor :o)

29.9.11

Será que a gente se acostuma com essa coisa de acordar muito cedo? Porque sei que tem gente que até gosta...mas eu sou um ser da noite, que adora as madrugadas, mas não essa.Mas enfim, "o que não tem remédio, remediado está".
Só sei que lá pelas 8:00h devo estar chegando na filial para enfrentar uma equipe desunida e desmotivada. Ao meu ver é reflexo da (in)gerência de lá.Mas acho complicado apontar o erro dos outros em cargos de confiança.O negócio, então, é , por enquanto , só observar.Não posso reclamar porque fui eu que mesma que não quis mudar para lá. Proposta eu tinha...agora nem cabe bem eu ficar reclamando.Mea culpa, mea culpa...tenho que ir lá, resolver o que for preciso e ponto final.
Tentando tirar o melhor disso, já que adoro pegar uma estrada, penso que até que é bom sair cedinho assim. E hoje quero voltar mais cedo prá casa porque chegou minha encomenda do Bazar Horizonte e nem tive tempo de abrí-la. Vou me tornar uma expert nisso...rss...e nem contei que outro dia arrisquei fazer uns sapatinhos de bebê, tipo botinha.Não ficaram bem do modo que eu imaginava que ficassem, acho que a lã era muito grossa.Ficou um tanto rústico demais...vou tentar de novo.Até mais!

28.9.11

Li isso no perfil de uma querida professora da faculdade que reencontrei pelo FB e concordo em absoluto:

"É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto e o chopp é gelado. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.
Difícil é amar quando o outro desaba, quando não acredita em mais nada e entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado.
Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja.
Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na platéia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro.
Difícil é amar quem não está se amando. Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica.
Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente."(By Karina Veiga)

26.9.11

Apaixone-se por alguém que te ame, que te assuma, te compreenda mesmo na loucura. Apaixone-se por alguém que te ajude, que te guie, que seja teu apoio, teu sonho bom.
Que diga EU TE AMO com atitudes e não apenas com palavras.
Apaixone-se por alguém que converse depois de uma briga, reconhecendo o erro e pedindo desculpas com o coração.
Apaixone-se por alguém que sinta sua falta e precise de você sorrindo...por uma pessoa que lute com vc e por vc .
Clarice Lispector.

Helllooo, Clarice, sejamos francas...é um pouco difícil tudo isso numa pessoa só, né não?



Alguém já teve vontade de esganar uma pessoa quando esta lhe conta, com a maior cara lavada, algo muito amoral que tenha feito para outra pessoa? Eu tive de ouvir e ficar quieta porque eu não tinha condições de retrucar naquela hora.
Sei que já que não foi comigo que eu nem devia dar atenção, mas eu fiquei enojada. Ela ia falando e meu estômago dava voltas.Juro que se eu falasse alguma coisa eu ia perder a compostura, senão as estribeiras.
Aquilo foi me irritando de uma tal maneira que cinco minutos depois me despedi e saí.As pessoas não sabem mais o que é o respeito pelo próximo e muito menos que é, no mínimo educado, respeitar a dor e a perda alheia e não fazer chacota disto.
E na quinta feira eu vou ter que encontrar essa pessoa outra vez e olhar para ela como se tudo estivesse normal.Não está, eu já a considerava uma pessoa sem muitos escrúpulos, mas agora percebi que ela não tem nenhum.
Na verdade estou contrariada por não ter podido falar para ela tudo o que eu queria.Olha que isso é difícil.A coisa ficou entalada de tal jeito que não desce nem com miolo de pão.
Mudando de assunto, os dias andam tão corridos que nem tive tempo de vir aqui compartilhar uma experiência gastronômica que deu muito certo: manjar de coco com calda de pitangas.
Fiz o manjar como manda a receita.
Já para a calda comecei colhendo as frutas no pé.Uma boa parte eu descarocei.Dá um pouco de trabalho porque a polpa fica meio que grudada no caroço, mas é só ir com fé que dá certo. Algumas deixei com caroço para dar um charme ao prato.Levei-as ao fogo com água e açucar e deixei reduzir até o ponto de calda.
A combinação fica sensacional!!!

23.9.11

O livro foi presente de uma amiga lisboeta. Até então, não fazia a mínima idéia de quem era Vitorino Nemésio.
O que hoje eu vejo que é quase uma ofensa à literatura portuguesa não o conhecermos e não termos lido por aqui o "Mau Tempo no Canal".
Infelizmente nossas políticas públicas educacionais não incentivam o intercâmbio literário entre esses dois países tão irmãos.É uma pena!
A rede de televisão portuguesa RTP produziu uma minissérie sobre o livro. Mas eu afirmo com total segurança que é impossível encontrar imagens que representem toda a complexidade e riqueza da obra.
O livro é fascinante!
À princípio, a leitura pode parecer um pouco difícil por conta do vocabulário.Mas isso em nada atrapalha a leitura, pelo contrário, torna-a mais atraente.
Demorei um pouco para chegar ao final do livro, parei por alguns instantes em algumas páginas para observar melhor a paisagem.
Valeu a pena cada linha e minha retina está transbordando de tantas imagens carregadas de conteúdo



Mas nem sempre Vitorino Nemésio foi tão desconhecido assim por aqui.
Houve um tempo em que era um nome corrente nos meios literários brasileiros. Inclusive deu aulas como professor visitante e participou de conferências por aqui entre 1952 e 1977.
Na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi titular de Literatura Brasileira e diretor do Instituto de Cultura Brasileira.
Mais informações sobre sua produção poética podem ser encontradas aqui:  http://www.todasasmusas.org/02Carlos_Francisco.pdf

21.9.11



Era só um pouco disso que eu queria...
Dizem que a nossa infância é importante, e muitas vezes determinante, para o nosso futuro.E eu tenho certeza disso.Não tive uma infância lá muito fácil mas fui constantemente cercada de muito amor e acredito que isso tenha me transformado em quem sou hoje.E assim fiz com meu filho, apesar de trabalhar bastante, sempre fui uma mãe super presente e hoje somos muito companheiros e ele compartilha quase tudo comigo.E vejo pelos amigos do meu filho e pelos meus como o amor na infância é imprescindível para a construção do indivíduo. Não estou aqui prá julgar ninguém mas afirmo que crianças cercadas de amor e carinho são adolescentes mais bem resolvidos.E vale lembrar que cercar de amor e carinho não significa ceder, presentear, comprar tudo que os filhos querem e nem passar a mão na cabeça deles quando estão errados.
E esse meu pensamento matinal nasceu do diálogo que tivemos logo cedo:
- Mãe, você lembra da fulana?
- Lembro...você estudou com ela na escolinha tal.
- Eu lembro que eu gostava dela. Você lembra quantos anos eu tinha na época?
- Acho que uns 6, 7. Mas por que?
- Encontrei ela no FB ontem.
- Que legal...e como ela está?
- Uma gata.
- Não foi isso que eu perguntei.
- Eu sei...eu sei...
E ele me deu um beijo e saiu sorrindo.

20.9.11



Para não dizer que não falei das flores

UM MORTO
EM VISITA
Pela mão de Turmalina, que é neste cemitério “um morto em visita”, chega-nos outra morta, dita a mais brasileira das inglesas. Enche-nos o cemitério de flores.

“Eu sei que minha morte não será o fim do meu trabalho. Onde quer que eu for, tentarei influenciar aqueles que estão destruindo nosso planeta. Assim a Terra terá uma possibilidade de sobreviver”.
(Margaret Mee)
E já que todo cemitério fica mais alegre quando florido:
A minha paixão por ilustrações botânicas começou muito antes da minha entrada na faculdade de Biologia.Aquela que depois de 8 meses abandonei por descobrir que minha visão sobre a Natureza era muito mais poética e social do que científica.
Este meu olhar começou lá na infância, quando, ainda menina, passava tardes devorando as páginas coloridas e brilhantes da National Geographic.
Antes de aprender a fotografar eu já trazia prá casa folhas e flores para colocá-las entre as páginas dos livros da estante do meu quarto. O primeiro artista botânico que me chamou atenção, oficialmente, foi Basilius Besler, porque até então a arte botânica que eu conhecia se resumia à imagens espalhadas pelos livros de Biologia, muitas vezes sem a devida autoria.
Mas o objeto maior da minha admiração não é o Basilius e sim a mais brasileira das inglesas, a artista botânica Margaret Ursula Mee, que retratou como mais ninguém a flora e fauna amazônica e em especial as flores do meu afeto, as orquídeas e bromélias.Essa sim é uma defunta de respeito, não só artista como ativista também.
Não que o Brasil não tivesse ilustradores de respeito.Temos como excelentes exemplos João Barbosa Rodrigues e Maria Werneck de Castro. E o trabalho que Belkiss Alméri e Dulce Nascimento produzem nos dias de hoje também é de altíssima qualidade.E não posso deixar de ressaltar também as adoráveis ilustrações de Rugendas, Tunay e Debret.
Mas é que Margaret Mee foi mais do que uma excelente ilustradora que retratava com riqueza de detalhes a flora brasileira. Ela revelou e documentou várias espécies até então desconhecidas. A fidelidade com que retratava as formas e as cores da natureza é algo de impressionante. Ela fazia os esboços em cadernos de viagem, usando lápis e leves toques de cor. Depois, em seu ateliê, passava suas anotações para pranchas de papel , desenhando a lápis e tinta guache.
Sua contribuição ia além do âmbito artístico. Depois de 15 viagens à região, entre 1956 e 1988, tornou-se uma verdadeira ativista. Vale lembrar que desde muito cedo demonstrou um espírito rebelde apesar da estatura franzina e da fala meiga e suave.
Sua primeira influência política veio do primeiro marido Reg Bartlett, famoso membro de uniões sindicais.Através dele Margaret juntou-se ao partido comunista britânico. E destacou-se rapidamente por ser boa oradora e demonstrar uma grande paixão pelos ideais. Podia-se dizer que ela tinha uma personalidade irreverente.
Mas foi com o segundo marido Greville Mee, que Margaret teve um contato mais direto com a arte, ingressando em 1947 na Escola Camberwell, em Londres, aonde também lecionou. E foi com Greville também que em 1952 mudou-se para a cidade de São Paulo, no Brasil, para cuidar da irmã doente.Ou seja, ela tinha 43 anos, quando colocou os pés em território brasileiro pela primeira vez..E isso era só o começo.
Entre 1952 e 1956, permaneceram em São Paulo.Nessa época ela apaixonou-se pela Amazônia e não demorou muito para que se mudasse para Belém do Pará para ficar próxima da floresta.Ela andou também pelo Mato Grosso, pelos rios Arinos e Alto Juruena, aonde aprendeu a gostar da companhia dos macacos.
“Eram também ótimos vigias, sempre dando sinal de alerta no caso de aproximação de uma onça ou pequenos gatos selvagens”.Aos 46 anos decidiu seguir os itinerários do expedicionário Richard Spruce. Muitas das viagens pelos rios Negro, Vaupés, Içana e o próprio Amazonas foram feitas num pequeno barco, acompanhada apenas por guias da região e ocasionalmente por um ou dois amigos.Isso sem contar as diversas dificuldades encontradas que iam desde surtos de malária e hepatite, os enxames de insetos, o contato com anacondas gigantes até os ataques noturnos de morcegos.
Estabeleceu residência fixa no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro.E foi de lá que partiu para sua última expedição, em Maio de 1988. Foi nesta viagem que Mee realizou o sonho que tinha desde 1965, e que por muitas vezes havia tentado concretizar, capturar em papel um evento que poucas pessoas tinham presenciado, o desabrochar da flor da lua, uma espécie rara de cactos:
“ Enquanto me posicionava ali, com a orla escura da floresta ao meu redor, sentia-me enfeitiçada. Então a primeira pétala começou a mexer-se, depois outra e mais outra e a flor explodiu para a vida”.
No período de trinta anos em que andou pela Amazônia observou que o rápido crescimento da atividade humana estava causando profundas alterações dos ecossistemas. Nos últimos 20 anos dedicou-se à preservação da região e levava a mensagem aonde pudesse ser ouvida.Essa sua preocupação deu origem à uma coletânea de desenhos que ela chamou de “Coleção da Amazônia”.
Em 1988 viajou à Inglaterra e aos Estados Unidos para chamar a atenção sobre a devastação crescente e sem sentido das florestas tropicais, assim como para negociar sua coleção.A proposta de Margaret incluía a criação de bolsas de estudo para novos artistas e biólogos na Amazônia.Nessa mesma época , com Tony Morrison, iniciou o trabalho de compilação do livro Em Busca das Flores da Amazônia.
Foi graças à arte e personalidade desta pequena notável que o mundo tomou conhecimento do perigo de extinção de centenas de espécies, ameaçadas pela devastação das florestas do Brasil muito antes da questão ecológica ganhar força.
Sobreviveu a todos os perigos da selva e acabou por morrer num acidente de carro em Novembro desse mesmo ano, longe da floresta que tanto amava.

Ela criou quatrocentas pranchas de ilustrações em guache, quarenta sketchbooks e quinze diários.Um ano depois da sua morte foi criada a Fundação Botânica Margaret Mee com o objetivo não só de formar ilustradores botânicos, como também de aperfeiçoar o conhecimento científico a favor da conservação e exploração dos recursos naturais renováveis.
Com o apoio da Fundação, ilustradores brasileiros concorrem anualmente à uma bolsa de estudo de seis meses no Royal Botanic Gardens Kew, em Londres. Ela se foi, mas o seu trabalho continua. Acho essa a maior das suas realizações!

Fui convidada para escrever algumas vezes no agora adormecido blog "É tudo gente morta".
Foi um enorme prazer compartilhar minha modesta escrita com gente que escreve muiiiitooo bem. Vou aproveitar a atual falta de tempo para fazer um copy/past dos textos.
Enjoy:

Vengeance Amère, par Turmalina

A Turmalina não resistiu à tentação da imagem. E respondeu-lhe em francês, com petite histoire a condizer.

Vengeance Amère
par Turmalina

Só mais uns minutinhos e minha vingança estará completa, pensava Anette, debruçada sobre o balcão do Théâtre de l’Odéon.
Foram anos de espera e angústia. E como ele fora tolo. Ela armara tudo direitinho.
Aquela bela loira que sentava-se agora ao lado de Jacques fora perfeitamente plantada em sua vida. À distância, o único trabalho de Anette era o de regar a moça muito bem regada para que seu plano fosse perfeito.
Moça pobre, nascida lá pelas bandas do Marais, bem talhada e com uma facilidade de aprendizado irrepreensível. Nem foi preciso muito para que ela se transformasse numa cortesã de altíssimo nível.
A pobreza ajudou-lhe também a desenvolver requintes de crueldade invejáveis.
Foi assim que elas livraram-se do pobre do Antoine da rue du Fouarre. Afinal ninguém poderia saber que elas compraram o veneno. Seria assinar a culpa sobre o repentino mal estar seguido pela morte súbita e indolor de Jacques.
Se bem que Anette pensava que a morte dele deveria ser mais lenta. Mas o tal veneno não deixava rastros e resolveria praticamente todos os seus problemas.
Pelas contas de Anette, Jacques cairia duro em no máximo 15 minutos. No intervalo, a efusiva acompanhante de seu ex amante deu um jeito de avisá-la que a missão havia sido cumprida com sucesso.
O que ela não esperava é que o Inspetor Bossuet estivesse observando-a lá do outro lado do teatro. Ele desconfiava que ela fosse a mentora de um crime inevitável que estava prestes a acontecer.

19.9.11

Eu nem lembrava mais que existia Don McLean até escutar no rádio essa canção:



Eu devia ter uns 15 anos quando a cantarolava...assim como outras dele.Essa música era do álbum "Tapestry", mas lembro da minha alegria quando ganhei o "American Pie".
Aí me lembrei dessa aqui também:


E agora chega!

18.9.11

Embora seja Georgia a minha favorita gosto muito dessa:



E minha semana precisa começar um tanto mais animada porque vai ser corrida. Amanhã tenho pilhas de relatórios para despachar, assim mesmo, tipo repartição pública.Não tenho hora para sair.E o resto da semana não vai ser diferente. Na noite de quarta vou falar sobre a estética e fotografia para uma turma de uma faculdade que nem conheço.Não pode ser tão ruim assim, eu acho. E a gripe? Tô quase boa.

Hoje é domingo e fica aqui um tema para reflexão:

O Portal Terra está acompanhando a quarta visita do Dalai Lama ao Brasil:

E antes de ir embora o Dalai "defendeu neste sábado a unidade entre os seres humanos, apesar das diferenças, e argumentou a favor do laicismo como forma de cultivar os valores morais, em conferência realizada em São Paulo. "Laicismo não significa falta de respeito às religiões, mas respeito a todas as religiões, incluindo os não crentes", afirmou a milhares de pessoas de diversos locais do país que participaram da conferência no sambódromo do Anhembi.

Tenzin Gyatso, o XIV Dalai lama, afirmou que a experiência comum entre indivíduos, o bom senso e o progresso tecnológico permitem a promoção dos princípios humanos. "A ética laica é necessária para a humanidade", disse o líder espiritual, que foi recebido com um caloroso aplauso e defendeu valores através do ensino. "O único caminho é a educação, desde a creche até a universidade".

O Prêmio Nobel da Paz de 1989 criticou o uso da violência, que classificou como um "método não realista", por não ser efetivo na resolução de conflitos. Ele defendeu um processo de "desarmamento interno" da raiva e a avareza, entre outros aspectos, com o objetivo de alcançar o "desarmamento externo". Dalai Lama comparou a democracia da Índia, país que o acolheu após o fracasso da insurreição tibetana de 1959, com a falta de liberdades da China. "A democracia está bem estabelecida na Índia, há completa liberdade de imprensa ao contrário da China", disse.

Este ano, Tenzin Gyatso entregou o poder político do governo tibetano no exílio a Lobsang Sangay, um jurista que estudou em Harvard e que assumiu o compromisso de continuar procurando uma maior autonomia do Tibete dentro da China."

Agência EFE
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra

16.9.11

Chá tomado, alma aquecida, espírito inquieto e um pouco de contemplação diante da fogueira que continua a arder:



Nessa hora recordo todas as minhas boas amizades. E sinto não encontrar mais tempo para estar com elas.
E quando um amigo lhe escreve assim no dia do seu aniversário, você só pode se considerar uma pessoa feliz:

"Vinícius disse uma vez: Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos,não percebem a absoluta necessidade que tenho deles. Mas como não os procuro com assiduidade não posso dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. "
Mas te gosto muito e te quero sempre amiga. E obrigado por lembrar de meu aniversário!
Eu falo que a idade não permite mais tantas extravagâncias...depois de dançar descalça ao redor da fogueira a tarde toda de ontem, acordei já nocauteada por um resfriado dos infernos.Mal dá prá respirar, tá tudo entupido.A voz, rouca, quase não sai e corpo dói como se eu tivesse levado uma surra.Mas falando sério, está uma onda de gripe pavorosa por aqui.Eu achei que fosse passar incólume, mas não deu.
Como todos sabem, para combate à gripe nada melhor que muita água.Já comecei aqui uma seqüência: caldo à noite e cházinho de manhã.
Durante o dia, mais chá, de gengibre com mel e limão.
Acabei de ligar no escritório e todos me mandaram ficar em casa, porque afinal hoje é sexta feira e ninguém lá quer levar minha gripe prá casa.Na verdade quando eu digo que estou mal , estou mal mesmo, porque não é uma marolinha qualquer que me intimida.
Justamente hoje o Google homenageia Albert Szent-Györgyi, cientista húngaro que recebeu em 1937 o Nobel de Fisiologia/Medicina por seus estudos sobre os benefícios da Vitamina C. Acho que é um sinal!

15.9.11

Hoje, dia de visita à filial, consegui desvencilhar-me mais cedo do trabalho.
E não vou aproveitar o restante do dia para arrumar coisas como eu deveria. As gavetas aqui ao meu lado estão pedindo desesperadamente para serem lembradas.Tenho um roteiro, baseado em Macbeth, para inserir diálogos mas não estou com vontade.Não quero cuidar da horta e ficar na cama assistindo televisão também não é do meu feitio.Não quero jogar no FB, conferir e-mails, escanear fotografias, imprimir lembranças, resgatar memórias e nem nada mais.
Quero aproveitar o resto da tarde para dançar em volta da fogueira e exorcizar meus demônios ao som de Blackmore's Night: ( e cuidado comigo hoje )

14.9.11

Acredito que somos o que queremos ser e hoje recebi uma mensagem que vai muito de encontro com o que penso:

‎"Insistir naquilo que já não existe é como calçar um sapato que não te cabe mais. Machuca, causa bolhas, chega a carne viva e sangra. Então é melhor ficar descalço! Deixar livre os pés, enquanto cresce. Porque quando a gente cresce, o número muda.Às vezes você tem que esquecer o que você quer para estar pronto para receber o que você merece!!!"

13.9.11

Eu nunca havia pensado em conhecer a Tailândia até ver as fotos do Templo Budista Wat Rong Khun:

Elephants adorn roof of Wat Rong Khun temple, Chiang Rai, Thailand
This travel blog photo's source is TravelPod page: A Temple To Kitsch

A viagem vale também para conhecer o excêntrico interior do Templo:

"Matrix, Superman e Avatar. O trio da cultura pop estadunidense não possui nenhuma relação com templos budistas tailandeses, certo? Bem, talvez não com a maioria deles, mas o templo de Wat Rong Khun, em Chiang Rai, na Tailândia é uma excessão à regra. Logo de cara, percebe-se que este não é um lugar santo como os outros encontrados por lá.
Em 1997, o artista local Chalermchai Kositpipat se ofereceu para realizar o trabalho na área comum de convivência do templo bancando-o com suas próprias despesas. Mas ele mudou o plano original de forma tão drástica que o local começou a atrair tanto nativos quanto turistas, curiosos para ver o que o artista aprontava.
Assim como a catedral da Sagrada Família de Barcelona, o templo nem um pouco convencional – que é tanto hindu quanto budista – ainda está em construção e alguns dizem que não será concluído nem nos próximos cem anos.
Wat Rong Khun é inteiramente branco, para simbolizar a pureza de Buda. Os espelhos usados ​​representam a sua sabedoria, que “brilha em toda a Terra e em todo o Universo”. Há também uma ponte impressionante sobre um mar de mãos humanas, que tentam alcançar o céu. Mas talvez a coisa mais inusitada sobre o templo seja o seu interior :
imagens pintadas em tons de dourado, representando animais sagrados e naves espaciais. Isso mesmo, aeronaves futuristas pilotadas por robôs, além de super-heróis como o Super Homem em pleno voo. Dentre os outros personagens conhecidos representados no templo estão o Neo de Matrix, Batman, e até mesmo as criaturas do filme Avatar.
Wat Rong Khun definitivamente não é um templo convencional, mas vale a pena conhecer sua bela e arquitetura alucinantes, além de, claro, um dos mais estranhos murais interiores que você pode encontrar no mundo todo." Bruno Calzavara

A Tailândia é um pouco distante...mas aqui pertinho existe um bonito Templo Budista, bem mais tradicional, aberto à visitação pública aos sábados e domingos.
Hoje li no FB uma nota sobre o 11 de setembro.Fiquei impressionada com alguns números, fui pesquisar e eles eram reais.É claro que o 11 de setembro foi chocante, mas a verdade é que não costumamos parar para pensar na quantidade de gente que foi morta em câmaras de gás ou mesmo durante o transporte em navios negreiros.Ou ainda a forma como os japoneses foram mortos em Hiroshima e Nagasaki.Isso sem citarmos também as vítimas das ditaduras, principalmente na América Latina.

140 mil pessoas morreram em HIROSHIMA e 80 mil em NAGASAKI, sem contarmos as mortes posteriores decorrentes da radiação.
6 milhões de judeus foram mortos no HOLOCAUSTO.
9 milhões de pessoas (80% mulheres) foram mortas pela INQUISIÇÃO.
Durante a ESCRAVIDÃO o Brasil recebeu praticamente 4 MILHÕES de negros escravos.Destes, somente 2 MILHÕES sobreviveram depois de um ano no país
.

Quanto aos negros escravos, historiadores estimam que 9% deles morria durante a travessia.


12.9.11

Juro que não conheço alguém que consiga se equivocar tanto com horários e não é falta de anotar na agenda.Mas é que o ser aqui consegue anotar na data errada ou então marcar às 7 o que na verdade é 19h.Mas acabo sempre comparecendo aos compromissos, por mais complicado que possa parecer, porque afinal não sou quadrada e sempre dou um jeito.Sendo assim já comecei o dia sabendo que terei dois compromissos inadiáveis às 19:00h. Num deles já avisei que chegarei atrasada e o outro tentarei adiantar uns 1o minutos e serei breve, ou seja, sucinta.Freud deve ter uma explicação para isso e deve ter alguma relação com o fato de eu não conseguir usar relógio.Sempre tive uma relação pouco linear com o tempo.



O que me faz lembrar desse filme que assisti algumas vezes porque eu não consigo resolvê-lo dentro de mim.O amor é eterno ou um breve instante de tempo se pensarmos que o Tempo não tem fim.Também não consigo aquilatar o quanto fica de amor em nós à cada despedida, algumas vezes é muito e em outras tão pouco.Qual o tamanho da falta desse amor? Sempre defendi tanto o viver aqui e agora que algumas situações me parecem inadmissíveis.Só que o que eu penso também muda.
Mais uma segunda feira, deixa eu parar de pensar nisso e ir trabalhar.

11.9.11

Verdades, mentiras, teorias da conspiração...o que é certo é que o ataque de 11 de setembro foi uma barbaridade.Não discuto aqui o antes e o depois e sim afirmo que sempre que o destino da vida de muitas pessoas está nas mãos de poucos eu considero uma barbaridade:

Tenho um problema sério de memória afetiva relacionada à comidas, bebidas e aromas.
Quando abri a janela hoje cedo, depois de uma breve chuva fininha, as árvores estavam sorrindo.E aos poucos, enquanto acostumava os olhos à luz do sol, fui percebendo que tanto a pitangueira quanto a amoreira estavam carregadas.

Pitanga tem gosto de beijo.Conheci seu gosto antes mesmo de conhecer a fruta.Foi numa festa na casa de um amigo de um namorado que experimentei pela primeira vez licor de pitanga. E hoje, sempre que colho e como pitangas no pé experimento a mesma sensação de felicidade.

As amoras estiverem presentes praticamente durante toda a minha infância.E daí que me remetem à carinho e proteção.Quando adolescente deixei-as um pouco de lado porque não queria sair com a língua e a ponta dos dedos roxa.Foi uma das primeiras frutas que meu filho colheu no pé.Ele era pequenininho e quando pegava uma mais azedinha fazia careta.
Eu como o que eu gosto e geralmente este gosto tem um significado.Nêsperas, abacates, mangas e laranjas eu também aprendi a comer no pé.Principalmente as laranjas lima, que meu pai descascava cuidadosamente com seu canivete nas tardes de domingo, antes de voltarmos para a capital.Tínhamos até uma macieira que dava pequenas maças verdes, mais ou menos do tamanho de um morango.E pronto, lá estão nossas lembranças atreladas à um sabor.
A foto das pitangas é do Coisas cá de casa, um blog de encher a boca d'água.
A foto das amoras é do Quintal da Paula e tem mais lá.

10.9.11

Uau...deve ser da idade, eu acho, essa coisa de querer sossego...preciso lembrar que precisarei de um sábado inteiro de descanso se aceitar outra vez convite para festa de aniversário na sexta à noite. Certamente que na sexta feira carregamos um cansaço acumulado do trabalho da semana toda.Já perceberam que isso não acontece quando estamos de férias ou viajando, quando fugimos da rotina?E se a festinha passar muito das doze badaladas e for regada a bebidas relaxantes e atraentes, esqueça a manhã seguinte.Você vai querer ficar na cama até o meio dia.Ou talvez eu tenha vindo de uma batida muito estressante e relaxei demais.
Tinha uns projetos para revisar para segunda feira e eles acabaram ficando para amanhã.Não, eu não estava mal, nem de ressaca, estava com uma preguiça imobilizante. Do tipo, só contem comigo quando o mundo passar na minha frente pelo menos mais umas três vezes...
Na verdade a preguiça não foi tão imobilizante assim porque eu fiz um almoço divino.Picadinho com cenoura e batata, farofinha e arroz branco soltinho, que o cara metade comeu com banana.É tão fácil que eu esqueço de fazer. Eu sei, sou meio complicadinha mesmo.
É só dar uma seladinha no coxão mole picado (e temperado com sal, vinagre, pimenta do reino e alho), depois adicionar cebola, alho poró, salsão, uma folha de louro e um pouco de água para liberar o sabor.Na sequência coloquei um pouco de páprica, molho de tomate, cenoura fatiada e batata em cubinhos.Quando a batata estiver cozida, está pronto.

Depois de uma comfort food dessas deu mais preguiça ainda.
Prá não dormir resolvi levar o filhote no treino, que fica do outro lado da cidade.É impressionante como as ruas estavam vazias, parecia cenário de filme pós catástrofe.Acho que a preguiça hoje era universal.

8.9.11

Sou um ser da água e viver com a umidade relativa do ar na marca dos 11% é praticamente impossível.Não são nem dez horas da noite e estou esgotada.Só vou ser gente outra vez amanhã.
Boa noite!

7.9.11

Lixo mais que extraordinário

Costumo demorar muito para assistir um documentário recém lançado porque preciso de tempo.Tempo para assistí-lo da minha maneira. Gosto de perceber o envolvimento da equipe com as pessoas retratadas. Porque estar do lado de cá da câmera significa envolver-se. E no caso do documentário, são as pessoas, com suas singularidades, que dão o rumo ao roteiro pré estabelecido.Gosto de ficção, mas adoro quando é possível assistir um documentário que retrata a diversidade do ser humano sem escancará-la.
É o caso de "Lixo Extraordinário".
Que nossos dias fossem todos felizes e sem dores, sem mágoas e sem quaisquer sombras de dúvida.
E mesmo assim continuaria com minhas inquietações.
Muitas noites o que me tira o sono é uma notícia que li na noite anterior.
Não consigo me desvencilhar do restante do mundo.
Não está tudo no concreto, no palpável, no tecnicamente real, muito perambulo pelo universo das sensações.
E tem dias que são assim, em que acordo com uma sensação estranha, como se algo estivesse prestes a acontecer.

5.9.11

おはよう!!!
O Google nos lembra que hoje Freddie Mercury, one of my favorites, completaria 65 anos.Um menino ainda.
Cliquem no logo na página do Google e assistam uma animação muito legal.
E eu aproveito para deixar aqui o video de uma música que eu gosto muito.
Aliás, gosto de todo o repertório do disco "Barcelona".



A versão acima traz a tradução do japonês para o inglês.Não tenho como atestar se é correta ou não pois o meu japonês não passa do Ohayô e do Konnichi wa.Tem também o Arigatô.

4.9.11

Pronto! Novinha em folha, pero no mucho, depois de um cochilo com analgésico, seguido de um café bem quente.
Da mesma forma que acredito que temos alguma parcela de culpa no efeito do aquecimento global também acredito que essas mudanças climáticas são agravadas pela mão do homem.Já fui criticada por afirmar que somos responsáveis por essas mudanças por gente que acredita que isso é cíclico e que faz parte de um tipo de acomodação do planeta que ocorre entre bilhões e bilhões de anos.
Mas é fato que vivemos aqui hoje e que devemos tentar manter o planeta saudável e estabilizado para as próximas gerações, mesmo que não sejamos os principais responsáveis por todas essas ocorrências climáticas.


A imagem acima mostra a quantidade de gelo presente no polo norte do planeta. Foi captada em duas datas, 1979 e 2003, pela NASA. A superfície não é toda coberta de gelo porque Setembro ainda é verão na região.Mas percebe-se claramente que em 24 anos a quantidade de gelo diminuiu consideravelmente, tanto que com o degelo abriu-se uma nova rota de navegação, a Passagem do Noroeste.

Segundo fontes da Wikipédia:

A Passagem é uma rota possível através das ilhas do norte do Canadá, quase sempre cobertas e rodeadas de gelo, o que diminuiria consideravelmente o trajeto marítimo entre a Europa e a Ásia. Até setembro de 2003, a rota só era praticável por navios com potência suficiente para quebrar gelos e durante os meses mais quentes do Verão ártico; no entanto, a ESA (European Space Agency) divulgou fotografias, em 2007, imagens de satélite que mostram que a passagem está aberta e limpa de gelo. O gelo do Áctico derreteu em 2007 dez vezes mais depressa do que no ano anterior, o que foi decisivo para esta inesperada abertura da Passagem do Noroeste (os cientistas previam que tal só acontecesse algures durante as próximas duas décadas).

Não sou cientista mas não acho que seja coisa normal esse degelo e nem o crescimento das taxas do dióxido de carbono presente no ar que respiramos.Vou novamente chover no molhado e afirmar que acho necessário não só preservarmos nosso ambiente como também incentivarmos nas próximas gerações a preocupação e o cuidado com a preservação do planeta.

Tá vendo só o que acontece quando o tempo fica maluco e a temperatura endoidece indo do máximo ao mínimo em coisa de algumas horas: a minha sinusite fica atacada e aquela dor de cabeça insuportável me atira prá fora da cama às 6 da manhã de um domingo.E a dor é tanta que você nem pensa duas vezes antes de engolir um analgésico de estômago absolutamente vazio.O bom é que, alguns minutos depois, ele já começa a fazer efeito e eu posso enfim respirar sem a sensação de que a cabeça vai explodir. O melhor ainda é que depois de uma hora a dor passou e eu posso voltar prá cama outra vez, porque hoje é domingo e eu mereço! Até mais...

2.9.11

Dez graus às 7 da manhã.E pensar que a semana começou batendo os 39. Não dá prá entender, né? Mas eu continuo achando que tem alguma coisa errada e que o homem tem uma parcela de culpa nisso.Mas nem adianta reclamar porque ainda tem muita gente que não pensa assim ou que simplesmente não se importa. E ando numa fase complicada aonde não tá dando prá arrumar briga, nem mesmo discussão.É temporário, eu sei.Logo mais eu retomo o fôlego.
Mudando de assunto, no último final de semana tive um rompante consumista com um par de brincos que vi na net.E fiz uma compra num site que eu nunca tinha ouvido falar. Ontem eles chegaram.


São mesmo a minha cara e muito mais bonitos que na fotografia. A loja GAMIL é uma excelente opção para quem adora prata.Tanto que já estou de olho em outras peças. Não sou de ficar fazendo propaganda, mas eles merecem, são extremamente profissionais, sérios e competentes.
Eu fiquei bem satisfeita! Se ninguém anda me mimando ultimamente, pode deixar que eu mesma faço isso.
E um dia frio assim é bom para tomar um café com amigos que a gente não vê faz muito tempo. Pena que estão longe ou trabalhando demais.