31.7.19

O YouTube sempre me trazendo belas surpresas: a banda holandesa Haevn


Mesa de trabalho

Assisti uma matéria hoje cedo sobre a Marie Kondo, vi sua mesa de trabalho e pensei: não vai ter jeito, vou precisar nascer de novo!
O que para mim tá tudo bem pois me encontro e me sinto muito confortável na minha bagunça colorida.
Não sei trabalhar num ambiente vazio e sem cores.
Afinal, quem já passou por uma redação sabe bem o que estou dizendo: é um eterno burburinho, sem hora pra chegar e nem para sair.
Quando ainda repórter ficava pouco tempo no ambiente, já como editora quase me fundia a ele.
Antes do avanço da informática as cores eram imprescindíveis para destacar pautas e principalmente os erros nos textos.
E trago da infância o gosto pelo uso do lápis preto. O deslizar da grafite no papel é algo que ainda me encanta.
Até nisso vejo poesia!
Por essas e outras que minha mesa de trabalho não podia ser diferente.


29.7.19

Cancerianos, signo da água, são insuportavelmente sensíveis.
Nos consideram chorões, o que é um profundo erro de interpretação.
Emoção exacerbada e excesso de sensibilidade em nada denotam fragilidade emocional, pelo contrário: somos tão intensos e fortes que chega a doer.
É uma intensidade profunda, há muitos anos ancorando a nossa alma.
E tem dias em que acordamos assim, sem vontade de levantar da cama.
Não é tristeza, nem cansaço, apenas um incômodo dentro do peito.
Aí bate saudade daquilo que não vivemos, uma apreensão pelo que desconhecemos.
Me faço então mais silenciosa, como se fosse possível à uma alma agitada e sempre disposta a viver intensamente todos os momentos e alegrias que a vida nos proporciona.
E por dentro procuro respostas que sei que não vou encontrar, pelo menos por enquanto.
Me encho de coragem e levanto. Bendita teimosia!
Me olho no espelho e gosto do que vejo, toda essa introspecção me cai bem.
O olhar desafiador também.


26.7.19

Billie Eilish canta de uma forma melancólica e envolvente.
Abusa de um visual pesado e muitas vezes sombrio.
Mas até Ozzy fez isso e tudo bem!


Tem um olhar que parece estar sempre desafiando a câmera.


Mas isso em nada a desabona, pelo contrário, combina com seus 17 anos de idade.
Que voz, que musicalidade, que timing e que intensidade.
Grande parte das letras de suas músicas compreendem uma porção obscura da alma.
São questionamentos fortes e indigestos, como se quem as escreve carregasse profundas feridas.
Seu parceiro de composições, vocal e violão é o irmão Finneas O’Connell.
Misturando pop com um estilo meio hip hop ela consegue nos surpreender com "I love you".
Talvez seja uma das suas canções mais leve.

22.7.19

Sempre gostei dessa música e amei esta versão:


E essa, então!

A salada russa (com merchandising)

De ontem para hoje escutei diversas vezes: - foi a melhor maionese que já comi na vida!
Preparo salada russa de olhos fechados e desde que minha mãe me ensinou, há uns 30 anos atrás. Antes disso eu já ficava na cozinha ajudando, ela me deixava picar as cenouras.
Existem inúmeras variações.


Via de regra, a minha versão mais básica, que foi a que fiz ontem, leva:

2 kg de batatas cozidas sem sal e sem casca, no ponto de quase desmanchar, mas ainda firmes.
3 cenouras grandes, embora tenras, cozidas, sem casca, em água, com uma colher de chá de sal e duas de açucar.
250 gr de vagens cozidas com água e sal ou no vapor.
200 gr de ervilhas frescas cozidas com água e sal.
1 vidro de palmito.
1 maçã fuji
500 gramas de maionese, uso sempre a Hellmann's (ou faço em casa)
meio copo de água
sal à gosto

De uns tempo para cá tenho usado uma colher de chá  cheia do tempero para churrasco da Bombay Herbs & Spices. (É um preparado seco composto de sal, alho, pimentão, cebolinha, pimenta calabresa, pimenta do reino, orégano, cebola, salsa, louro, manjericão e sálvia.)

Modo de fazer:
Cozinho tudo inteiro e só depois pico.
Exceto a batata, que pico um pouco maior, todos os outros ingredientes eu pico mais ou menos na medida da ervilha fresca.
A batata eu salgo depois de picar e antes de misturar tudo.
Depois adiciono a maionese e mexo bem, para que parte da batata se quebre propositalmente.
No final, quando o pote da maionese está vazio, coloco dentro o tempero para churrasco e o meio copo de água, tampo e chacoalho.Despejo sobre a salada e misturo novamente.Esta água dá leveza à maionese e o tempero a perfuma.
Pronto, não tem segredo.

Variações: às vezes coloco beterraba cozida, mas ela tinge a maionese e algumas pessoas podem achar estranho.Nozes também costumam manchar a salada.
Se não tem o tal tempero para churrasco, faço sem mesmo.
Salsão fresco ou em pó também fica gostoso.
Quando uso ovos cozidos e picadinhos, ela costuma ficar mais amarelinha por causa das gemas.
Aqui quando sobra peixe assado, no dia seguinte sempre faço maionese de peixe, que fica melhor ainda com um pouco de raiz forte misturada à salada.

Ou seja, não tem nenhum grande segredo!!!
Talvez o maior deles seja o amor envolvido.
É um daqueles pratos que gosto mais de fazer do que de comer. Faço para os outros e pelo prazer de preparar algo que muita gente gosta.
(Foto: site Chef Continente

19.7.19

Quando Oswaldo Montenegro cita em uma das suas canções "o tempo da delicadeza" eu acredito que ele deva ser parecido com a música de Astor Piazzolla:  Oblivion (Esquecimento).



No violão, a "parente" Nadja Kossinskaja, nascida em Kiev e formada em Matemática, Física e Música.

18.7.19

In pear we trust

Enquanto provo as peras ao vinho, sensacionais, que preparei ontem, assisto ao trailer de TOP GUN.
Sim...Tom Cruise, como Maverick, estará de volta em 2020.


Sou de uma geração que babou assistindo ao primeiro filme, que foi sucesso de bilheteria em 1986. Como sempre, adorei a trilha e efeitos sonoros!
Eu e meus doramas...mas não existe melhor forma de abstrair do mundo real, principalmente depois de um dia exaustivo.
Tem dias em que me sinto como um general do exército, tendo, muitas vezes, que fazer duras escolhas, sabendo que outras pessoas dependem da minha decisão.Não é nada fácil essa posição, principalmente quando as pessoas travam à espera de uma resposta sua como se você fosse a dona da verdade ou a dona da bola.É muita responsabilidade.E sempre tenho que ter a resposta, mesmo que eu peça um tempo para pensar ou para estudar a situação.
E em dias assim é que eu queria voltar a ser só uma menina e não uma mulher que trabalha em pé de igualdade com qualquer homem que domine a minha área de trabalho.
Quero me preocupar somente em colher flores e frutos, mesmo que isso me cause problemas no futuro, como a personagem principal de Ashes of love:



Como já disse anteriormente eu gosto da fantasia contida nessas produções.Um mundo imaginário enriquecido com animais mágicos, muitas flores e simbolismos.

16.7.19

Quase nunca vou ao centro da cidade, afinal vivemos em bolhas.
Ontem tive de ir ao shopping, coisa que detesto. Hoje em dia eles são tão grandes que correspondem a verdadeiras cidades.São as muitas cidades dentro da própria cidade.
Tem os bairros periféricos, o entorno do aeroporto, os mega shoppings, os condomínios fechados, as áreas rurais, os bairros charmosos da classe média alta e áreas de proteção ambiental como a que eu moro, além do centro. Cada região tem suas particularidades e características bem específicas.
Durante os meus anos de prática de jornalismo conheci bem as áreas periféricas, assim como a vida dentro das universidades. Falta de saneamento, violência, desemprego, falta de controle de natalidade e fome eram temas recorrentes. Enquanto que professores doutores passavam a vida entre pesquisas e mais pesquisas sobre um mundo que eles não conhecem de fato. 
No entorno do aeroporto moram tipos "esquecidos" pela sociedade.Penso o que vai na cabeça destas pessoas que dormem e acordam ao som de grandes turbinas.Com o que elas sonham?
Tenho pavor do mundo plástico e fantasioso dos shopping centers, até a comida lá não parece real. O que não é muito diferente da vida dentro dos muros dos grandes condomínios.
Os bairros charmosos da classe média alta possuem restaurantes elegantes, muitas árvores, floreiras nas janelas, algumas ruas de paralelepípedo, padarias e colégios tradicionais, uma realidade bem distante das pessoas que lá trabalham. São verdadeiras ilhas da fantasia!
Nas áreas de proteção ambiental estamos em contato direto com a natureza. Esqueçam qualquer luxo e aprendam a viver conforme os mandos e desmandos da Mãe Natureza.Continuo achando o ambiente mais saudável para se viver.
Mas aí vamos ao centro, o local aonde todos, uma hora ou outra, acabam indo.É um choque de cultura, realidades e educação.
Hoje tive de ir a um posto do INSS.
Depois de uma hora e quarenta minutos fui atendida, enquanto isso fui escutando histórias e mais histórias da pessoas que alí estavam procurando atendimento.É muita falta de informação em um lugar só.A maioria estava lá sem motivo e muitos acabaram perdendo a viagem.
A comunicação entre o cidadão e o atendente é difícil, diversas vezes tive vontade de me meter na conversa para simplificar as coisas.Num jogo de perguntas e respostas os dois lados parecem adversários e eles demonstram medo.É falta de informação de um lado contra a falta de formação do outro.Por isso é tão demorado.
Eu não levei nem 15 minutos depois que a atendente me chamou, mas eu sabia o que tinha ido fazer lá e conseguia compreender o texto pronto que a mocinha sorridente repetia.
O que eu levo de tudo isso? Que eu não posso mudar o mundo...infelizmente.

13.7.19

Porque me disseram que hoje é dia do rock, então deve estar valendo também um progressivo.
Alan Parsons fez parte de um bom momento da minha vida e essa era uma das minhas músicas favoritas ao lado de The turn of a friendly card.
Um tempo de verdades frágeis, eu demoraria para aprender que não existem verdades absolutas.
Eu achava que sabia tudo, mas na verdade não sabia quase nada.E ainda me deixava levar por sentimentos mesquinhos como ciúmes e soberba.
Mas eu fui feliz mesmo assim, muito.
Depois o mundo gira tanto que muita coisa perde o sentido e fica realmente só o que importa.
E aquela urgência de sobreviver.
Você se flexibiliza, se expande e volta a ser feliz outra vez.
E as verdades agora não importam tanto.
Mas continuo boa em ler mentes!
Não como as ciganas, mas de uma forma mais sutil, mas as pessoas ainda se impressionam com isso.

Esta é uma boa música para pegar estrada...sou insistente e logo estarei dirigindo por aí outra vez!

The things will gonna change, for sure!

Porque meu mundo é feito de cores, sons, cheiros e sabores.
E o dia está lindo lá fora, já coloquei os pés na relva, já senti a brisa suave e fria entrecortada por raios de sol, já sorri para o céu azul de inverno, tão intenso e verdadeiro, assim como provei fruta do pé.
Obrigada, Mãe natureza!
Te admiro, Te amo e Te respeito.

12.7.19

E falando ainda sobre filmes e trilhas.
A música tema de "Amor à flor da pele", do diretor chinês Wong Kar-Wai, e composta pelo japonês Shigeru Umebayashi, é uma preciosidade.

Nossa...hoje o dia custou a passar...mas enfim chegou a sexta feira!!!
Privilégio é não mais precisar trabalhar aos sábados, às vezes ainda desenrolo algumas coisas via whatsapp, obrigada Jan Koum! Vou preparar um Borsch em sua homenagem.
Ainda na fisioterapia achei que não fosse conseguir terminar a última sequência de dez.
Mas aqui o que mais tem é coragem!
O bom de chegar em casa mais cedo é que dá para garimpar algumas músicas no youtube como esta do grupo Sixpence None The Richer. Ela é muito alto astral, leve e divertida. Eles filmaram uma versão baseada no filme Jules et Jim do Truffaut, mas eu achei que faltaram beijos!!!


Afinal, aconteça o que acontecer: Kiss me!

11.7.19

O que é bom é que tudo passa...até o nervoso de ficar uma hora e quarenta minutos esperando o médico da perícia da banca especial do DETRAN.
Só porque não passei no teste da baliza e meu atestado anterior expirava ontem.
Entrei na consulta e mais uma vez a minha digital não passou...conclusão: tenho que agendar um horário em outro departamento, esperar liberarem o meu cadastro sem a autenticação por digital, que leva em torno de 30 dia, e retornar no médico da perícia para ele atestar que eu não tenho condições de dirigir com os pés e que preciso de comandos manuais.
Só depois disso é que poderei refazer a prova teórica para a renovação da CNH.
Ainda bem que não tenho urgência, mas isso não quer dizer que considero normal toda essa burocracia para evitar fraudes, no país das fraudes.
Fiquei um pouco aborrecida.
O melhor do dia de ontem foi chegar em casa a tempo de preparar um fondue para comemorar meu aniversário.


Acho, ou talvez tenha certeza, que abusei um pouco nas taças de vinho e acabei dormindo tarde, aquecida, com as bochechas rosadas e super feliz!
Gosto da casa preenchida com risadas e calor humano, como também gosto de ser lembrada e sobretudo mimada.
Além de que aumentei consideravelmente meu nível de resveratrol.
Afinal, como diz a letra da música: don't you know that no one alive can always be an angel?
Preciso cometer alguns excessos vez ou outra...

9.7.19

Como é bom um feriado no meio da semana!
Acabei de tomar uma xícara de chá com um Sfogliatelle da padaria São Domingos.
E já preparando o espírito para ficar um ano mais velha.
Sim!!! Amanhã, a pessoa mais fofa que eu conheço faz aniversário.
Nasci às 7:10 de uma manhã fria de julho e olha que quase dei meia volta e voltei.Foi o amor e muita dedicação dos meus pais que me mantiveram por aqui.
Em algum lugar devo trazer marcas dessa chegada um tanto conturbada.
Mas o que importa é que continuo aqui e não há nada mais precioso que a vida. 
Sou extremamente grata!
O que eu queria mesmo é um abraço do meu pai...

7.7.19

E para não dizerem que não falei de João Gilberto...a música é composição dele na voz de Caetano.

De onde viemos

Ontem foi dia de visita à cidade natal e por mais que a gente viva no interior, nunca perdemos a aura cosmopolita.


Nascer e crescer em São Paulo é uma aula de macrocosmo, a cidade é um organismo vivo, gigante, com todos os elementos interligados, em eterno processo de expansão física e metafórica.Ela é a referência das referências.
Minhas visitas são carregadas de saudosismo e um certo grau de lirismo, afinal é impossível esquecermos os lugares em que fomos felizes.
Crescer em São Paulo nos proporciona um upgrade extra, um plus na bagagem e no que nos faz sermos quem somos.
Sou grata à cidade aonde dei o meu primeiro choro, assim como a primeira gargalhada e o primeiro gozo.
Isso sem contar que todo canceriano possui uma acentuada ligação entre sentimentos e gastronomia. Praticamente todos os alimentos conversam conosco, muitos deles contam histórias.
E assim sempre me lembro do ambiente acolhedor de um restaurante alemão perto da Rebouças, do perfume da comida do Almanara, da torta de morangos da Holandesa, do sorvete de ameixa da Caramba, dos pratos sensacionais servidos nas mesinhas apertadas do Jardim de Napoli, do tortei de abóbora do Il Cacciatore, dos lanches do Ugue's, do fusili do Gato que ri, dos salgados, do frango assado e do salpicão do Bologna e do pão da São Domingos, entre outros.
É uma viagem que faço com muito prazer!!!

4.7.19

Confesso que adoro assistir a um bom dorama, conhecido também como K drama (na Korea) ou J drama (no Japão).
É um tipo de novela que dura meses, eu gosto porque é um bom retrato de outra cultura. A música marca forte presença neste tipo de produção, ela que define cenas e pontos fortes da trama. São basicamente centrados em uma ou mais histórias de amor e eu amo um romance inventado.
Estou terminando os 50 e tantos capítulos de Eternal Love (Ten Miles of Peach Blossoms), ele é extremamente fantasioso, mas muitas vezes é preciso uma dose extra de fantasia para abstrairmos do mundo real.

1.7.19

Tudo aqui podia ser mais fácil, certo? Errado!
Minha sorte é ser teimosa.
Claro que fiquei chateada por não ter passado no exame de baliza, agora só posso reagendar novo exame depois do dia 10. E no dia 10 vence a validade do relatório do médico do Detran.
E no dia 10 é também meu aniversário.
De presente vou tomar um chá de cadeira na banca especial do departamento de trânsito.Lá você sabe quando entra mas nunca sabe quando vai sair. Mas enfim, a vida deve ser assim prá quase todo mundo.
Fico me perguntando se a vida se resume a trabalhar, voltar prá casa, trabalhar, ter algumas alegrias esporádicas, resolver problemas, ver seu filho crescer, fazer umas viagens bacanas, beijar na boca de vez em quando, ouvir músicas antigas, se perder entre os aromas da cozinha, rir com os amigos, trabalhar mais um pouco, imaginar bobagens, assistir doramas coreanos, uns filmes de vikings, umas comédias e outros dramas italianos e um certo dia morrer.