27.12.11

Hoje acordei pensando em Drummond e nas Sem-razões do Amor.
Acordei com um "Eu te amo porque te amo" latejando na cabeça.Enquanto tomava banho a poesia ia se desenrolando:

 "Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários."

Tentei fugir de tais pensamentos e me concentrar única e exclusivamente no trabalho, mas lá vinha Drummond outra vez:

"Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo."

Até que em dado momento do dia me lembrei do final: 

"Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,(...)"

Parei por aí.
Agora à noite, volto a me deparar com o poeta na net e lá estava escrito:

 "A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade". Carlos Drummond de Andrade

E ele continua assim:

"Concordo com você,e é por isto que eu me arrisco tanto.
TE AMO...TE AMO...TE AMO...TE AMO...TE AMO...!!!!!!!!!!"

Chega...depois dessa eu vou dormir e quem sabe acordar amanhã com Neruda, Vinicius ou Pessoa.

26.12.11

Já comecei a contagem para o novo ano.Entre meus pensamentos está o filme do ano que passou, assim como dos anteriores. A retrospectiva é inevitável. Mas ouso dizer que acredito que melhores dias virão. Saio fortalecida de um ano que demorou para terminar. Na verdade os ventos viraram em junho do ano passado e me colocaram dentro da tormenta.Foram meses intermináveis sem poder soltar o leme.Por sorte tive um mês de férias para respirar e pensar melhor.Mas assim que retornei ao barco as águas se agitaram outra vez. Sinto que os céu está clareando.E isto é motivo suficiente para comemorar a chegada de 2012 com muita festa!!!

24.12.11

Penso que esta noite seja de paz, amor e reflexão.E quanto mais silenciosa melhor.Sou grata por poder desfrutar um pouco de paz na noite de hoje.E com isso encontro a tranquilidade necessária para desejar e vibrar amor para todas as pessoas que quero bem.

 

Tenham todos uma noite feliz!!!

23.12.11

Preciso de uns minutos de paz para reorganizar todas as minhas emoções. Fomos ao abrigo hoje cedo.Desta vez só eu e o cara metade.Alguns estavam viajando, outros não podiam e alguns preferiram não ir.
Mal o portão se abriu começou a escapar criança para todo lado.Uma menina de 8 anos que está há pouco tempo no abrigo correu para a rua.Foi um tal de cercá-la daqui e dali e ela achando que estávamos brincando.Ufa...a brincadeira durou pouco e logo ela entrou.Enquanto organizávamos os pacotes de um lado da varanda, as crianças iam aparecendo e pedindo colo.Éramos somente quatro braços para tantos pedidos.Todas queriam um abraço, um colo, um afago.Me lembrem da próxima vez de levar mais colos.Eles fizeram falta.
As crianças fizeram uma farra.Os que já sabem ler pegaram seus pacotes e depois distribuíram o restante para os menores.Não tivemos trabalho algum na distribuição, contamos com muitos ajudantes.Depois veio a parte de tirar os brinquedos das caixas.Não sei porquê tantas travas e amarras.Alguns só com tesoura e longe dos bracinhos mais afoitos.Foram bons minutos de muita bagunça e algazarra.Depois de muito brincarem as crianças foram guardar os brinquedos e sapatos novos nos quartos.Cada qual tem sua cama e um espaço no armário.Uns deixam os brinquedos embaixo da cama e outros no armário.
Aproveitei essa hora para vir embora.Quando elas estão lá fora é sempre um drama para sairmos.E só para variar, fechei o portão, entrei no carro e desatei a chorar.O cara metade tentava me consolar, mas eu não estava triste, estava emocionada.Agora é só me deixar um pouco quieta, no meu canto, que logo me reestruturo, afinal a felicidade de ver aqueles olhinhos brilhando é tanta que não me cabe no peito.Uma excelente véspera de Natal para todos vocês!

22.12.11



Há alguns o meu Natal é diferente.É claro que continuo preservando o espírito dele, mas de uma maneira um pouco diferente.Prefiro o sorriso de uma criança que não vai ganhar outro presente além do meu (que na verdade é nosso) nesta data tão festejada (ou tão comercial) do que a cara amarela de um parente ao receber algo que na verdade não era bem aquilo que desejava, porque afinal "aquilo que desejava" custa o equivalente à pelo menos, cinco brinquedos infantis.E o importante é a confraternização, não?
Nos últimos anos mobilizo quem queira me ajudar, arrecadamos uma certa quantia em dinheiro e doações, compramos o que é possível, e depois levamos no abrigo.Hoje tirei o dia para as últimas compras, porque por mais que tudo seja planejado, sempre chega uma criança de última hora.


E na verdade essa coisa de compras também não é minha praia, pois considero que não seja bem a idéia da data, mas por total falta de tempo para me dedicar mais ao real sentimento de fraternidade acabo apelando para a indústria de brinquedos.E a alegria daquelas crianças não tem preço! Amanhã eu conto como foi.

19.12.11

"O imprevisto acontece, alguém te encontra e te 


reencontra.Te reinventa, te reencanta e te recomeça."


Copiei da amiga Lia, não sei quem escreveu, mas achei lindo, urgente e preciso.

18.12.11

Cena 1 - Sábado - 12:30AM - Porta de entrada da casa

Marido chega em casa depois de dez dias fora e ao abrir a porta de entrada encontra a estante, vazia, do outro lado da parede e todos os livros empilhados no sofá e na mesa de jantar, dividindo espaço com caixas de brinquedos novos e sapatos de todas as cores e tamanhos.
(É impressionante como em algumas situações não é preciso uma única linha de diálogo.)
Mas ele ainda arriscou:
- O que foi dessa vez?
- Não sei se foi a tal da bomba ou o cano, ou ambos.
Marido dá mais uma olhada pela bagunça da sala.
- Ah...esses são os brinquedos das crianças do abrigo?
- Hã...hã...
Marido coloca a mão na parede que dá acesso ao corredor.
- E essa água, vem de onde?
- Não faço idéia.
- Mas tá dando prá tomar banho?
- Ô...e maravilhosamente bem!!!
- Então vou tomar um banho e segunda feira eu resolvo isso.
- Por mim tudo bem, tô super zen.
- Eu também.
Marido entra pelo corredor escuro e vai desaparecendo de cena.

Com o passar dos anos aprendi a não reclamar dos problemas, porque em alguns casos eles podem piorar:

17.12.11

Aonde foi parar a sua boa educação, Maria Helena?

Tirem as crianças da sala que agora vamos fala de sexo.E a conversa não vai ser nada fácil...



E quem puxou a conversa foi o Antônio Eça de Queiroz.Depois passem no "Escrever é Triste" para ver o que eles andam aprontando por lá.

15.12.11

Sei que muitos dos meus leitores são absolutamente céticos.Gaia? O que ou Quem é Gaia? Mas ainda existe quem pense como eu.Também não penso integralmente como Leonardo Boff, mas presto atenção em algumas coisas que ele escreve.

É possível alimentar 7 bilhões de pessoas?

"Já somos 7 bilhões de habitantes. Haverá alimentos suficientes para todos? Há várias respostas. Escolhemos uma do grupo Agrimonde (veja Développement et civilizations, setembro 2011), de base francesa, que estudou a situação alimentar de seis regiões críticas do planeta. O grupo de cientistas é otimista, mesmo para quando seremos 9 bilhões de habitantes em 2050, propõe o aprofundamento da conhecida revolução verde dos anos 60 do século passado e a assim chamada dupla revolução verde.
Um dos caminhos para salvar o planeta é instalar a Dupla Revolução Verde
A revolução verde teve o mérito de refutar a tese de Malthus, segundo o qual ocorreria um descompasso entre o crescimento populacional, de proporções geométricas e o crescimento alimentar de proporções aritméticas, produzindo um colapso na humanidade. Comprovou que com as novas tecnologias e uma melhor utilização das áreas agricultáveis e maciça aplicação de tóxicos, antes destinados à guerra e agora à agricultura, se podia produzir muito mais do que a população demandava.
Tal previsão se mostrou acertada pois houve um salto significativo na oferta de alimentos. Mas por causa da falta de equidade do sistema neoliberal e capitalista, milhões e milhões continuam em situação de fome crônica e na miséria. Vale observar que esse crescimento alimentar cobrou um custo ecológico extremamente alto: envenenaram-se os solos, contaminaram-se as águas, empobreceu-se a biodiversidade além de provocar erosão e desertificação em muitas regiões do mundo, especialmente na África.
Tudo se agravou quando os alimentos se tornaram mercadoria como outra qualquer e não como meios de vida que, por sua natureza, jamais deveriam estar sujeitos à especulação dos mercados. A mesa está posta com suficiente comida para todos; mas, os pobres não têm acesso a ela pela falta de recursos monetários. Continuaram famintos e em número crescente.
O sistema neoliberal imperante aposta ainda neste modelo, pois não precisa mudar de lógica, tolerando conviver, cinicamente, com milhões de famintos, considerados irrelevantes para a acumulação sem limites.
Esta solução é míope senão falsa, além de ser cruel e sem piedade. Os que ainda a defendem não tomam a sério o fato de que a Terra está, inegavelmente, à deriva e que o aquecimento global produz grande erosão de solos, destruição de safras e milhões de emigrados climáticos. Para eles, a Terra não passa de mero meio de produção e não a Casa Comum, Gaia, que deve ser cuidada.
Na verdade, quem entende de alimentos são os agricultores. Eles produzem 70% de tudo o que a humanidade consome. Por isso, devem ser ouvidos e inseridos em qualquer solução que se tomar pelo poder público, pelas corporações e pela sociedade; pois, se trata da sobrevivência de todos.
Dada superpopulação humana, cada pedaço de solo deve ser aproveitado mas dentro do alcance e dos limites de seu ecossistema; devem-se utilizar ou reciclar, economizar ao máximo energia, desenvolvendo as alternativas, favorecer a agricultura familiar, as pequenas e médias cooperativas. Por fim, tender a uma democracia alimentar na qual produtores e consumidores tomam consciência das respectivas responsabilidades, com conhecimentos e informações acerca da real situação da suportabilidade do planeta, consumindo de forma diferente, solidária, frugal e sem desperdício.
Tomando em conta tais dados, a Agrimonde propõe uma dupla revolução verde no seguinte sentido: aceita prolongar a primeira revolução verde com suas contradições ecológicas mas simultaneamente propõe uma segunda tentativa. Esta supõe que os consumidores incorporem hábitos cotidianos diferentes dos atuais, mais conscientes dos impactos ambientais e abertos à solidariedade internacional para que o alimento seja de fato um direito acessível a todos.
Sendo otimistas, podemos dizer que esta última proposta é razoavelmente sustentável. Está sendo implementada, seminalmente, em todas as partes do mundo, através da agricultura orgânica, familiar, de pequenas e médias empresas, pela agroecologia, pelas ecovilas e outras formas mais respeitadoras da natureza. Ela é viável e talvez tenha que ser o caminho obrigatório para a humanidade futura."
Leonardo Boff
(Fonte: correriodobrasil.com.br)

14.12.11

Ontem foi Djavan, hoje é Caetano, só para ser justa!



Prometo não repetir Você é linda!
Mas deixo uma aqui que eu considero super alto astral, afinal eu meio Lua:


E prá terminar, um dueto:


P.S.Tô contando as horas para o final de semana.Chega logo!!!
Os médicos avisam: é preciso ter uma alimentação equilibrada e beber muita água, principalmente nos dias mais quentes. Conforme a idade vai avançando mais cuidados temos de ter e me parece que mais descuidados ficamos.
No finalzinho da tarde de ontem minha mãe telefona dizendo que meu pai não estava bem.A pressão abaixou, ele teve uma crise de taquicardia e sudorese.Claro...do jeito que ele anda se cuidando.Ele acorda e toma café, umas torradinhas e géleia.PULA o almoço, às vezes come uma fruta, ou um café com leite, no final da tarde e à noite toma uma sopa ou faz uma refeição leve. Agua ele simplesmente esquece de tomar.Longas horas sem comer muito provavelmente vão resultar numa crise hipoglicêmica.Quando estamos lá, ele come que é uma beleza, mas basta virarmos as costas que ele se descuida.Ainda por cima, é teimoso.Eu fico doida com isso.

13.12.11

Eu andava meio farta do disco que tocava no carro....também teve gente que ficou de me gravar um Cd (e fiquei esperando), o que importa é que cansei e resolvi tirar do baú alguns discos. A versão da música do video abaixo é do Cd duplo que escutei hoje na estrada, 200km só de Djavan:



E sozinha eu canto:



Acho bonito amor assim!
Ah...esta última não tem no disco, mas encontrei no youtube e gostei dessa roupa, ficou bem bonitinha:

12.12.11

O calor era de 40 graus, os funcionários do transporte público decidiram fazer greve no meio da manhã e depois desfizeram-na no começo da tarde.Voltaram para as ruas todos os ônibus, aparentemente de uma só vez, além dos carros que lá já estavam.O trânsito no centro da cidade parou.E com tudo isto eu queria mesmo é chegar logo em casa para saber o veredito da veterinária.Pelo aspecto eu sabia que aquilo não era coisa boa e ao final da consulta minha cachorra foi diagnosticada com câncer de mama.


Ô doença maldita, tanto em pessoas como em animais.
E é claro que nosso subconsciente faz ligações no campo afetivo.Foi assim que perdi minha tia materna, uma das pessoas que mais amei nessa vida, minha segunda mãe.Até hoje sofro com a falta que ela me faz, principalmente em datas festivas, ela adorava a época do Natal.Foi por ela e depois pela lembrança dela que passei a fazer o arroz de amêndoas todos os anos.
Ela nos deixou nem duas semanas antes do aniversário de 6 anos do meu filho.Eu quis cancelar a festa que faríamos, mas meus primos não deixaram, porque já no hospital ela os fez prometer que não me deixariam cancelar.
E no dia do aniversário, meu filho, logo cedo, me perguntou:
- Mãe, será que se eu pedir para o papai do céu, ele deixa a Vó 3 (era assim que ele a chamava) vir no meu aniversário e depois voltar ?
Nessa hora eu desabei.Eu queria dizer tanta coisa, mas tudo o que eu dissesse seria muito prejudicial à qualquer crença que meu filho estivesse construindo.
Até hoje não vejo muita justiça nisso e toda a teoria sobre sermos seres finitos de carne mas não de espírito não me ameniza a falta dela.

11.12.11

O Sol veio e ficou o dia todo.É bom para amenizar a visão do branco pálido.Deixei a preguiça de lado e fui prá fora, respirar ar puro e desfrutar da natureza.E caminhar um pouco faz bem para os músculos e não mata. Eu sei que reclamo um demais do sol forte e do calor intenso, mas é que detesto trabalhar dentro dessas condições meteorológicas.Confesso que quando é para ficar em contato direto com ele, sem pensar em nada, eu adoro aquela energia toda!


PS. E ele retribui com um bronzeado rosa pink maravilha, apesar do bloqueador f.p.s 30.

10.12.11

Esse verão está prá lá de esquisito.Chuva logo de manhã e após uma noite intensa de raios e trovões é novidade.Estava acostumada com as chuvas tropicais de final de tarde.E tudo isso me lembrou uma música da Enya:



Que me lembra outra, que me leva ao final de uma terceira, Amarantine, aonde ela canta:

You know when love's shining in your eyes

it may be the stars fallen from above.

And you know love is with you when you rise,

for night and day belong to love.

com ou sem chuva, certo?

8.12.11

Para Luma:

O Arroz de Amêndoas não tem segredo.
No dia anterior eu descasco as amêndoas colocando-as por alguns segundos em água fervente.Assim a casca sai facilmente, sem traumas.Parto-as ao meio e deixo-as bonitinhas lá na geladeira até quase a hora de servir, que é quando passo-as na manteiga, de boa qualidade e adiciono ao arroz. Aí existe a pegadinha: faça a operação em fogo baixo e mexendo sempre, porque as amêndoas ficarão murchas se mal torradas e também torram demais muito facilmente.O ponto é quando estiverem morenas,num tom levemente marrom, por inteiro.Apaguem o fogo e tirem a panela da boca do fogão para interromper o processo, senão elas passam do ponto.
Para o arroz é preciso caldo feito com frango e de peito de frango desfiado.Cozinho o peito de frango, previamente temperado com sal e vinagre, na pressão com salsão, cheiro verde, cebola e cenoura. Faço o arroz com este caldo e reservo.
Numa panela antiaderente passo o frango desfiado na manteiga com sal e em seguida misturo ao arroz já soltinho.Um pouco antes de servir é que eu douro as amêndoas na manteiga e acrescento ao prato, misturando levemente.Sim, é um prato com manteiga à la Julia Child.

Quando meus hormônios andam meio ensandecidos eu me sinto emocionalmente mais frágil, vulnerável, ou talvez mais romântica, embora eu não tenha certeza do que isso significa.Some à isso cara metade viajando.Por conta da bagunça hormonal não terei condições de ir ao almoço de fim de ano do grupo de cinema.Tô rolando de cólicas e até agora a medicação não fez efeito.E olha que não sou de faltar a compromissos por um mal estar qualquer, a coisa tem que estar brava mesmo.O jeito é me conformar e ficar navegando pela net.E foi nessa que descobri um lindo bilhete escrito em papel de pão, um tantinho piegas, mas hoje estou me permitindo essas coisinhas:E no caso eu queria pipoca doce feita em casa, cafuné, um bourbon e Pinetop Perkins:



7.12.11

Achei tão bonitinho:
Saudade é tudo aquilo que os olhos viram e o coração não esqueceu.

Sei bem como é porque sou péssima em esquecer.E em toda e qualquer situação.Tenho uma memória de elefante, além de fotográfica.E tem algumas memórias que ficam martelando na minha cabeça por um longo período. As minhas associações, tanto livres quanto condicionadas, são terríveis. E lá vem meu cérebro trazendo tudo à tona outra vez.
Dizem que com o passar do tempo nossa memória vai ficando mais negligente.Mas aqui não, parece que ela fica cada dia mais ativa.Ou então é o coração.

5.12.11

Saldo do final de semana ou como fazer uma festa inesquecível: um alto astral bárbaro como consequência da convivência com gente muito do bem.Um ego super inflado depois que comeram todo o arroz de amêndoas que eu preparei.Tá certo que também comeram todo o creme de milho da minha mãe.Uma amiga trouxe bem-casados e estes também acabaram rapidinho.Na mesma velocidade que as garrafas de bebida.Fazia muito calor, as crianças foram no refrigerante, os homens na cerveja e as mulheres no Prosecco. Acordei bem, mas com a sensação de que podia ter ficado em somente duas taças.Uma amiga da minha mãe trouxe um salpicão divino que só depois, entre um bate papo e um cafézinho, descobri como é fácil de preparar:
Leva a mesma quantidade de maçã e abacaxi, que você descasca, pica em cubinhos pequenos e deixa escorrendo numa peneira.Enquanto isso pica salsão também em fatias bem fininhas e coloca na geladeira.Depois de bem escorridas as frutas junta o salsão, coloca maionese e creme de leite fresco.No final acrescenta um pouco de nozes picadas.Se precisar, corrige o sal.Aqui em casa comemos com menos sal então eu nem adiciono.
Tudo isto acompanhado por três "Chesters" da Perdigão.Que estavam divinos. Mas acho que a forma de servir interfere.Minha mãe assou os três, depois os cortou em pedaços e voltou ao forno até quase na hora de servir. Se eles tivessem sido colocados inteiros na mesa eu acredito que não teriam sido totalmente consumidos.Foi o melhor aniversário e pré natal dos últimos anos.Tínhamos além dos 35 adultos, 10 crianças.E juro que quase não percebíamos a presença delas que brincaram e rolaram pelo quintal.Subiram nas árvores, deitaram no chão com os cachorros, correram descalços na grama, fizeram fogueira de palito de fósforo e bolinhas de papel crepom molhado (dos bem-casados) e tudo mais que crianças devem fazer.
E o almoço deles saiu antes do nosso.Era macarrão parafuso ao sugo com chicken popcorn também da Perdigão.Os mais politicamente corretos que me perdoem, mas na hora da fome e da correria, afinal eles não podiam perder tempo comendo, essa é uma excelente opção.Coloca no forno por 15 minutos e está pronto.Não sou de fazer propaganda desse ou daquele produto ou marca, mas fiquei bem satisfeita com a qualidade da Perdigão.

3.12.11

Acho que estou preferindo trabalhar aos sábados...corri o dia todo para acertar uma e outra coisa para o almoço de aniversário do meu pai. Amanhã virão os sobrinhos e afilhados que moram mais próximo e suas respectivas famílias.Será um tipo de almoço de pré Natal.E eu fui "selecionada" para preparar o arroz com amêndoas e frango desfiado, para mais ou menos umas 30 pessoas.Mas eu gosto, na verdade meu ego gosta.
Hoje à tarde descasquei e parti as amêndoas e fiz o caldo de frango.E não é que quando já estava quase pronto, eu tinha acabado de verbalizar que precisava apagar o fogo, a válvula de segurança da panela explodiu.Voou longe, prá fora da janela e o barulho que ficou, de conteúdo sob pressão, era algo de ensurdecedor.Por fim não aconteceu nada.Ainda bem, porque se o troço explode eu estaria até agora limpando a cozinha.
Logo mais começo a segunda fase culinária de hoje, preparar uns lanchinhos para os "meninos" que vão disputar o regional de tênis de mesa, amanhã também.O torneio começa às 8. Mas eles voltam para a hora do almoço. E o dia promete ser longo uma vez que a família está dividida entre uma maioria palmeirense, alguns corinthianos e uma minoria são paulina.Vão todos ficar para o jogo, que começa às 17h.Família com muitos homens dá nisso.Adoro quando assisto aqueles filmes com gerações de mulheres na casa, todas reunidas cozinhando, costurando ou mesmo tomando chá. Aqui sobramos poucas.Por parte da minha mãe, só eu e ela.
Então me deixem escutar uma música enquanto tenho um tempinho livre:


1.12.11


Com disse meu amigo Dalton Almeida:

"Hoje é dia de jogar luz sobre a questão. Quem tiver jovens próximos ao seu convivio, alerte-os sobre a necessidade de preservativo sempre. Quem não viveu o início da epidemia da Aids não percebe a gravidade da coisa."

A sobrevida dos portadores melhorou, muitos são os estudos em busca da cura, mas na realidade a epidemia não está controlada. É preciso divulgarmos a prevenção, principalmente entre os jovens mais próximos à nos para que eles possam atuar como multiplicadores.

Segundo a Dra Silvia Bellucci - responsável pelo Centro Corsini:

"Nos primeiros três meses deste ano deram entrada em nosso ambulatório multidisciplinar 21 novos pacientes infectados com o vírus da AIDS, ou seja, 2 casos por semana. Uma parte deles já apresenta a doença instalada, o que significa que a contaminação ocorreu há muitos anos e que o diagnóstico foi tardio com perda de tempo precioso para o tratamento e condição ideal para a transmissão a seus parceiros (as) sexuais.
Os outros pacientes, a maioria, demonstra uma contaminação recente, pois se apresentam como portadores do HIV sem danos expressivos de seu sistema imunológico e, portanto sem os sinais e sintomas que caracterizam a doença AIDS.
O que significam essas duas condições diferentes no diagnóstico desses novos pacientes? Em primeiro lugar, que pessoas infectadas com o HIV encontram dificuldades para ter esse diagnóstico, seja de ordem emocional, de acesso aos serviços de saúde ou de despreparo dos serviços de saúde para a realização desse diagnóstico. Em segundo, muito preocupante, é o descaso com a Prevenção, pela crença de que a epidemia está controlada e que os antiretrovirais “dão conta do recado”. Pense nisso." ( 28 de julho de 2011)

E falando em Centro Corsini, aguardo ansiosa a chegada das doações que agora já têm data para serem entregues às crianças do abrigo: 19 de dezembro.

28.11.11

Hoje faz aniversário o meu melhor pai do mundo.Sei que cada um tem o seu, mas o meu é especial e carrega também o título de melhor avô.Desde pequena o tenho mais que presente, sempre firme, mas sempre doce.Um homem das palavras, tanto escritas como faladas, embora nunca tenha gostado de ler ficções.Acho que nunca leu um romance.E sempre mais coração do que razão.Foi quem também sempre primeiro me apoiou, mesmo que não concordasse.O maior exemplo de amor incondicional que conheço.E que essa data possa ser comemorada por mais muitos e muitos anos.

26.11.11

Somos hoje um conjunto de memórias.Elas possuem cores, sabores, sons e cheiros.Pelo menos as minhas possuem, assim como meus sonhos.Eu já nasci sonhando em technicolor.É uma pena que conforme eu ia crescendo meus sonhos, aqueles de quando dormimos, iam diminuindo.Mas as memórias, essas sim, iam aumentando.
Algumas músicas me trazem mais lembranças que outras.É o caso de Sounds of Silence.Ela me transporta para aquele silêncio aonde é possível escutar a si mesmo.É uma caminhada solitária e tenho aprendido que este caminho rumo ao inaudível pode ser muito providencial. Principalmente se vamos abandonando as lembranças mais desgastadas pela estrada de tijolos amarelos.
Fecho os olhos e vou. Quem quiser que venha comigo, mas de longe que é para não trocarmos nossos mais íntimos pensamentos:


O dia é de sol e calor com previsão de chuva. Amanhã tenho compromisso...daqueles que precisamos comparecer mesmo sem querer.E tenho certeza que vai chover...
Sei que vou entrar muda, falar pouquíssimo sobre amenidades e sair calada.Na verdade eu desejava ser um pouco mais franca com eles, mas a boa educação não aconselha.Pensado bem, nem vale a pena mesmo.O negócio é relaxar...e prá começar uma musiquinha:

25.11.11



"Quando não tiver mais nada
Nem chão, nem escada
Escudo ou espada
O seu coração
Acordará!"

Mundinho cruel esse que nos engole um pouco por dia.

24.11.11

"No seu último aniversário escrevi uma carta bonita.Falava de um tempo passado e de como eram importantes as palavras que trocávamos.Tão carregadas de significados e sentimentos.Era tanto carinho que eu nem sabia o que fazer com ele.Eu falava com saudade daquilo que compartilhamos e principalmente daquilo que ficou por fazer.Daquela carta nunca tive resposta.E da sua parte que vivia em mim fui me despedindo quase que sem perceber.Tenho a impressão de que as palavras foram apagando do papel conforme as memórias desvaneciam com o tempo.Me lembro que você completava uma idade bonita.Mas o restante parece que nem existe.Faço força para lembrar e o máximo que consigo é nos ver numa foto embaçada e amarelada pelos anos.Minhas palavras simplesmente perderam o eco.E no lugar da lembrança que talvez nunca tenha existido ficou somente o vazio." ( Das cartas que nem Freud entende)

23.11.11

Tem dias em que é bom que o café esteja mais forte!



Ou talvez mais doce...



Bom dia!!! E para quem não compartilha do meu gosto musical tem ainda o CD do Berlusconi...rsss....

E da série rir para não chorar :

**"HAURÉLHO ****

Diabetes.....................Dançarinas do diabo

Abismado...................Aquele que caiu num abismo

Pressupor...................Colocar preço em algo

Missão........................Missa prolongada

Democracia................Sistema de governo do inferno

Barracão........ ..........Proibe a entrada de cachorros

Ministério....................Pequeno aparelho de som

Detergente......................Ato de prender humanos

Armarinho.......................Vento que vem do mar

Conversão......................Papo prolongado

Halogênio......................Cumprimento a um gênio

Expedidor.......................Antigo mendigo

Tripulante.......................Especialista em salto triplo

Aspirado........................Carta de baralho maluca

Regime militar..................Dieta feita no exército

Coordenada...................Que não tem cor

Ratificar.........................Tornar-se um rato


22.11.11

Esse é quase um caso de legítima Lei de Murphy.Todo ano eu e duas amigas nos reunimos para coletar doações para fazer mais feliz o Natal das crianças do abrigo que costumo visitar.No ano passado elas ganharam presentes e roupas de todos os lados. Na minha atual correria cotidiana não me dediquei tanto esse ano e consegui, sem o apoio dessas amigas que também estão envolvidas em muita correria, os brinquedos para essas 18 crianças.
No final de semana a enfermeira de lá me procurou pedindo ajuda. Disse que até então ninguém procurou a Instituição pedindo a relação das crianças para os presentes de Natal.Elas precisam mais do que brinquedos, de roupas e sapatos para o próximo ano.E me perguntem se consigo dizer não...claro que NÃO!!! Acabei de arregaçar as mangas e pedir ajuda.Graças ao FB muita gente boa já se envolveu! Esse é o tipo de coisa que recarrega minhas energias e reforça minha fé nas pessoas de bem.Eu sou muito grata :o)

21.11.11

Ontem assisti Mamma Mia para ver se eu melhorava...e esta é umas das cenas que mais gosto.Minha querida Meryl eu diria que não é uma das melhores cantoras que conheço.Mas no contexto essa música cai muito bem e a fotografia deste momento é perfeita.A luz na dose certa e o uso da echarpe vermelha para quebrar a monotonia dos tons é tudo de bom. O contraste do vermelho com o azul do mar é deslumbrante.É um filme de cores vivas e dramáticas!!!



E cá entre nós, Pierce Brosnan dizendo: "Listen to me, it's about us" é de arrasar quarteirão, mesmo que esta não seja uma das suas melhores atuações.

20.11.11

Falta de respeito é algum f.d.p. telefonar à cobrar na sua casa de madrugada e burrice é você atender. É que na hora não raciocinamos, porque nos dias de hoje TODOMUNDO tem celular e a probabilidade de um conhecido em apuros telefonar é quase remota. E é tanta merda que depois você perde o sono.Tô até agora meio mal humorada.


E aproveitando o mal humor lembro que hoje é o Dia Nacional da Consciência Negra!!!
Pois é, vocês viram alguém celebrando por aí? Nem eu...para não ser injusta a Luciana lembrou da data e de forma bem carinhosa.O Jorge Marcio fez um belo texto sobre o racismo e a escola inclusiva.
Depois de ler o texto dele fiquei mais insatisfeita ainda com a escola do meu filho.Que bom que o ano está acabando, pois ando contando os minutos para transferi-lo de lá.Isso porque caí no conto do vigário da escola inclusiva.Inclusiva é o cacete! Quando se é o único negro da classe isso não existe. O Dia da Consciência Negra foi criado também para não esquecermos do movimento de resistência liderado por Zumbi dos Palmares contra a escravidão.Embora, teoricamente e até mesmo legalmente, não exista mais escravidão no Brasil é necessário que o negro resista para estudar e provar sua competência e seu lugar na sociedade.Porque como eu já disse anteriormente, o negro só é aceito em sociedade enquanto não faz sombra para o branco.
Acho melhor parar por aqui, pois como disse lá no começo do texto estou meio mal humorada hoje.
Adendo:
Nas escolas: muita proposta, pouca mudança No início de seu mandato o presidente Lula aprovou a inclusão do Dia Nacional da Consciência Negra no calendário escolar e tornou obrigatório o ensino de história da África nas escolas públicas e particulares do país. Embora a decisão tenha sido comemorada, alguns pesquisadores ressaltam que existem obstáculos a serem ultrapassados para que a proposta se transforme em realidade. “Em geral, a história dada segue o livro didático e ele é insuficiente para dar conta de uma forma mais ampla e crítica de toda a história”, ressalta Vasconcelos. Essa avaliação da historiadora é confirmada pela professora de história Ivanir Maia, da rede estadual paulista. “A maioria dos professores se orienta pelo livro didático para trabalhar os conteúdos em sala de aula. Nos livros de história, por exemplo, o negro aparece basicamente em dois momentos: ao falar de abolição da escravatura e do apartheid”.
“É preciso entender que a desigualdade no Brasil tem cor, nome e história. Esse não é um problema dos negros no Brasil, mas sim um problema do Brasil, que é de negros, brancos e outros mais”, avalia Gomes.
Texto na íntegra: AQUI.

19.11.11

A Luta pelo Teu Amor"Há um ponto no qual não posso concordar contigo, Marty. Tu dizes que agora somos muito sensatos e o quanto tolos fomos no passado a lidar um com o outro. Eu concordo alegremente que agora somos sensatos o suficiente para acreditar no nosso amor sem quaisquer dúvidas, mas não teríamos chegado a este ponto se não fosse por tudo o que aconteceu entre nós antes. Foi a intensidade do meu desgosto, trazido pela muitas horas de sofrimento que tu me causaste há dois anos, que me convenceu do meu amor por ti. Hoje em dia, com todo o meu trabalho, e a luta por dinheiro, posição, e reputação, que tudo junto mal me dá tempo de sobra para te escrever uma carta afectuosa, já seria quase impossível chegar a essa convicção. Não desprezemos os tempos em que para mim um dia só teria sentido se recebesse uma carta de ti, quando uma decisão tua significava uma decisão entre vida e morte. Eu não sei realmente que mais poderia ter feito nessa altura; foi um período de luta muito difícil, e finalmente, de vitória, e só após disso tudo ter terminado consegui encontrar a paz interior para trabalhar em torno do nosso futuro. Nesses dias eu estava a lutar pelo teu amor como estou agora a lutar pela tua pessoa, e tens que admitir que tive que trabalhar tanto para atingir esse objectivo como estou a trabalhar agora para atingir este outro."

Carta de Sigmund Freud a Martha Bernays, 7 de Janeiro 1885 (excerto)
Gosto muito da forma como Freud fala de amor. Ultimamente tenho tido tempo somente para fragmentos de textos como o acima. Tenho trabalhado mais do que deveria e de livre e espontânea vontade.Me sinto bem viva assim.
Tão viva que entrei numa parceria de um roteiro de peso. Com sete personagens principais e mais um mesmo tanto de secundários.Como só escrevemos até a cena 7 não me familiarizei com todos ainda.Dos principais, dois são meus, três do meu parceiro e os outros dois compartilhados. Eu aceitei o convite porque ele me disse que queria alguma coisa bem ao estilo Almodóvar.E tem que ser escrito, revisado e enviado até 12 de janeiro.No meu caso até 5 de janeiro, porque depois tirarei uma semana de férias.Enquanto estou por aí deixo aqui um pouco do amor de Freud.Um excelente sábado para todos!!!

14.11.11

Meu filho faz 16 anos hoje e eu gostaria tanto de poder alertá-lo sobre tudo o que o futuro poderá trazer.Mas sei que não adianta. Posso ensiná-lo a preparar-se parcialmente, porque cada qual passa pelo que deve passar enquanto escreve sua história mais que particular. A única certeza que posso dar-lhe é a de que meu amor estará sempre presente.Porque embora eu não acredite em verdades absolutas um amor de mãe prá filho não se explica.No meu caso ele existe e ponto final.E amor eu não discuto :o)

13.11.11

O teu riso

Tira-me o pão,
se quiseres, tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera, amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite, do dia, da lua,
ri-te das ruas tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro rapaz que te ama,
mas quando abro os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

Pablo Neruda

O calor ontem estava escaldante e nada de uma única gota de chuva. Penso que os organizadores do SWU devem ter colocado um ovo para Santa Clara no telhado de alguma tenda montada por lá.Por sorte o nosso encontro de 21 anos de formados aconteceu num local com ar condicionado.
Mas era tanto calor humano que nas fotos de grupo, naquele abraço coletivo e fraternal, a maquiagem dos olhos começava a derreter.Ou então era a menopausa se anunciando, afinal já passamos todas dos 44.
E é gratificante constatar que continuamos os mesmos. Foi como se tivéssemos retomado uma conversa que começamos há 21 anos e que por tão diversos motivos foi interrompida, não sabemos nem bem porquê.Cheguei rouca em casa depois de quatro intensas horas de conversação.
No meu dia a dia convivo mais com burocratas, artistas e gente que se acha sem ser.Ontem percebi como faz falta, deixa uma lacuna, o convívio com gente que pensa como você.E o contato físico, o abraço, o sorriso e as gargalhadas fazem um bem danado.Saí de lá com o maxilar dolorido de tanto rir.Isso sem contar as lembranças de jovens universitários que na verdade não sabiam nada da vida que os esperava além dos bancos da faculdade.


Um amigo de classe, com excelente memória, lembrou das roubadas em que nos metemos quando no primeiro ano de faculdade, ainda nas fraldas, resolvemos eu, ele e mais meia dúzia de colegas mais intrépidos, participar de um congresso de comunicação.Só esse capítulo rendeu mais de uma hora de conversa.
Vejo hoje que somos sobreviventes e vencedores de um período de transição na comunicação. Saímos das pesadas máquinas de escrever para um tecnológico mundo novo que avançava sobre nós rapidamente.E nos adaptamos muito bem ao novo.


(Fonte da primeira imagem: Carlos Luz)

12.11.11

Hoje a promessa é de chuva, mas até agora nem sinal dela...está um lindo dia lá fora:



O que é ótimo, porque vou lá encontrar uns (e umas) notáveis jornalistas que não vejo há mais de vinte anos e depois volto!
Este mês, gente que amo de paixão faz aniversário.Tem também aqueles(as) por quem não sou tão apaixonada assim, mas enfim nem tudo é perfeito nessa vida.
E falando sobre esse tipo bem marcante do zodíaco um amigo escreveu:

Escorpião é um signo de água, regido por Plutão, o deus dos infernos e das profundezas. É fácil conhecer um escorpiano, eles normalmente possuem um olhar fixo, quase desconcertante. São seres misteriosos, enigmáticos e movidos pela paixão. Tire a paixão da vida de um escorpiano e ele se matará com seu veneno, ou, pior, matará você ou quem estiver ao seu lado. É o signo da profundidade. São pessoas extremamente sentimentais, sensíveis, vingativas, emocionais, desconfiadas e buscam uma união profunda com pessoas que possam responder a tamanha profundidade. Eles não são solitários como todos dizem, ao contrário, estão sempre em busca de união íntima.
Nossos amigos escorpianos são os mais desconfiados do zodíaco, ganham de longe de cancerianos e capricornianos. Isso porque sua sensibilidade capta todo sentimento humano, e muitas vezes a sombra humana, que existe em todos nós, se mostra sem nenhum pudor para esse nosso amigo. Ele percebe tudo, nada lhe escapa. Como pode nosso amigo ser um romântico ao mesmo tempo em que percebe toda sujeira do mundo? O escorpiano é intolerante, mas compassivo, arrogante, mas sensível e um eterno apaixonado.
Complicadinho esse nosso amigo, não? Você nunca encontrará um escorpiano enfraquecido diante das dificuldades da vida.Fraqueza é o tipo de sentimento que ele não tolera. Acredita sempre que todo mundo pode sair de qualquer situação, por pior que ela seja. O problema é que acredita que os outros são como ele, que vão até o fundo do inferno, chegam à beira da morte até conseguirem o que desejam, pois é dotado de uma impiedosa força de vontade e disciplina.
Nosso amigo é um controlador, controla a si mesmo e a tudo e todos que estiverem ao seu lado. Nunca relaxa e exige demais de si e do resto da humanidade. É introspectivo, pensador, sensível, orgulhoso, determinado, obstinado e lógico. Com tudo isso, não poderia ser uma pessoa relaxada. Tormento seria a palavra mais adequada para definir seus sentimentos. Escorpião é também o mais independente dos signos, precisa e luta pelo poder, principalmente sobre a sua própria vida, custe o que custar.

Parabéns para todos!!!

11.11.11

Final de ano, época de provas, volto a estudar aqui em casa.E as disciplinas são sempre as mesmas, História e Filosofia.Assim como um pouco de interpretação de texto, porque a gramática é tranqüila.Talvez melhor que a minha, mais atualizada e dentro do novo código ortográfico.
Penso que a disciplina Filosofia não deveria julgar o conhecimento do aluno através do seu entendimento e sim pelos seus questionamentos.Agora estão estudando o "amor" em todas as suas formas.Se numa vida inteira não somos capazes de defini-lo, imagine então, aos 15 anos ter de colocar no papel os significados de tão complicado sentimento.E considero a "correção" dos conceitos em prova um tanto quanto arbitrária.
Quanto a História, hoje cedo li uma frase que se encaixa perfeitamente para o meu filho: o que os olhos não veem a mente imagina de um jeito três vezes pior.A História que ele "aprende" na escola é muito fracionada e nada visual. Aí eu pego toda a América Latina, enfio tudo num saco e vou traçando os paralelos entre a economia e política dos países.
Porque tirando algumas características bem específicas como o nome de alguns governantes e ditadores, muita coisa é comum à eles.Coloco formas e cores que meu filho conhece e dá certo.Pior foi ele achando que além do Raul , o Che Guevara também era irmão do Fidel. E que Pancho Villa era espanhol, ele e o Zorro, né? E também não contaram que Isabel Allende, que ele também não sabia quem era, era sobrinha de Salvador! E nas apostilas, Getúlio Vargas cometeu suicídio e ponto.
Para terminar o dia ele comentou que achou o Alienista, de Machado de Assis, totalmente sem sentido. Decidi reler o conto para tentar explicar-lhe a importância da obra.Ele entende que aquilo só se passou porque existe uma relação de poder que transcende a lógica.Mais complicado ainda quando se tem uma mãe que acha que ninguém é normal e ainda bem!
O que ele não compreende é como as coisas eram resolvidas na época em que o texto foi escrito.É muito distante dos dias de hoje.E lá fui eu "desenhar" outra vez.
De Alienista para Alienado é um pulinho...por sorte esse tem mãe. E os outros?
É nesses dias que me pergunto como anda a educação no Brasil.E eu ainda tenho de pagar por ela...

9.11.11

Como anunciei logo cedo, acordei virada do avesso. Mas tem dias em que isso cai-me muito bem. Quando estou assim falo bem menos e penso bem mais, muito mais.E consigo, inclusive, enxergar as coisas sob uma outra ótica.Meu campo de visão fica mais abrangente e encontro mais e melhores soluções.Estou com tudo pronto para amanhã, depois de amanhã e também os dias depois do depois de amanhã.É quando sinto a necessidade de sair da redoma.
Para o final do dia vai uma mais levinha do Ozzy.



Porque todos podem e devem protestar, de uma ou outra maneira, mas sempre respeitando o próximo.Esqueçamos aqui a questão dos morcegos.Ozzy agora é um velhinho bem bacana.E assim espero tornar-me também.
Afinal: I'm just a dreamer.
E como gostaria que outros embarcassem comigo em alguns sonhos.Penso que eu vou morrer, você vai morrer, Ozzy vai morrer um dia.Vamos todos!!!
E o que foi feito de nossas vidas? Um ir e vir sustentado por um sistema burocrático e pseudo democrático falido? O quanto você foi feliz? O quanto compartilhamos da nossa felicidade? Se a resposta é muito pouco, estamos todos errados.
Penso em quanto, pessoa querida, eu gostaria de lhe contar numa tarde qualquer dessas.Acredito que tenha muito para escutar também.Sei que você vai me fazer rir e chorar.Mas isso é a vida, um turbilhão de emoções e acontecimentos. Está nos faltando exatamente isso!
Vou começar, desde já, a marcar mais cafés, chás da tarde e happy hours na minha vida, antes que seja tarde.
A hora que essa vontade toda passar eu aviso!
Bom Dia!!!
Acordei pilhada e renovada, praticamente pintada prá guerra.Acho que foi a sessão de Pilates de ontem.Apesar do sumiço do Júpiter, essa semana pude comemorar algumas pequenas conquistas.



Quando estamos numa sequência de tropeços, uma pequena conquista nos dá força para manter o passo firme. Vejo luzes no fim do túnel e não é o trem.
Falando em luzes, a autora e psicóloga Maria Salete Abrão publica um livro que vem lançar muitas no desconhecido caminho editorial da adoção no Brasil: Construindo Vínculos entre pais e filhos adotivos.

TRECHOS DO LIVRO
O ANTES

Página 25
(…) “Em seus primeiros 15 dias de vida, Clara tem uma experiência inicial da qual seus pais adotivos pouco sabem. Ela não tem referências de tradução dessa história, que está registrada, mas encontra entraves para ser retranscrita. Essa vivência não traduzida refere-se a fatos vividos com outros que cuidaram dela antes dos pais adotivos. Há uma ruptura na continuidade desse processo e há também uma dificuldade em criar uma tradução capaz de interligar esse momento inicial à história atual vivida com os pais adotivos. Torna-se impossível resgatar a própria história, o que torna traumática essa quebra de continuidade.”


O MEIO

Página 51
(…) “Essa filha tem uma vida cheia de batalhas como ocorre nas narrativas dos mitos de heróis. O que identifica a menina é que ela briga, briga, briga o tempo inteiro – mas não por um ideal. Ela tenta, literalmente na “pancada”, encontrar algo que dê contorno a esse desconhecido assustador que habita nela mesma. Nessa saga, a garota encontra pessoas assustadas olhando para a sua fúria. Não encontra paz. Encontra cada vez mais desamparo e medo. Fantasia que tudo aquilo que habita dentro dela e que a define e a identifica deve ser tão terrível que só pode despertar pavor. Assustada, esperneia mais e mais, e assusta-se mais e mais.”

O DEPOIS tem uma resposta muito positiva quando as relações são baseados em muito amor e verdade.

Construindo vínculo entre pais e filhos adotivos mostra que a história da adoção traz sempre fraturas, interrupções e rupturas. A autora defende que para legitimar essa filiação, os pais não podem ficar presos ao factual. (…) “Não se corrige a fratura, a ruptura produzida pela transferência de cuidados da mãe biológica para outra mãe. É preciso integrá-la, considerá-la, absorvê-la e, sobretudo, falar sobre ela. ”É necessário aprender que pais adotivos não são iguais aos pais biológicos – não são melhores nem piores; são diferentes. A obra alerta que para a adoção transcorrer bem é imprescindível poder lidar com a diferença. (…) “Em uma sociedade marcada pela estética da igualdade e da semelhança, os pais adotivos precisam escapar dessa igualdade. O filho adotivo deve ser reconhecido como o outro que é originado geneticamente por outros.”

Defendo a adoção desde que as pessoas tenham conhecimento e consciência do que isto significa.É um processo que envolve diversas vidas e muitos fantasmas, mas que apesar de tudo é riquíssimo. Uma verdadeira lição de crescimento, compreensão e muito amor.