30.12.13

2013 está enfim acabando.Conto os dias, as horas, os minutos e segundos, embora saiba que na verdade a vida segue adiante, seguindo o tempo, independentemente de um calendário.Mesmo assim fecha-se mais um ciclo e o momento é perfeito para avaliações.Não vou dizer que foi um ano ruim, mas também não foi tão bom assim.O primeiro semestre do ano até que foi bom, fecundo.Já o segundo é melhor nem comentar.Vamos deixar prá lá...
Trabalhei como nunca, aliás até hoje cedo e honestamente não vi vantagem.Não foi algo tão prazeroso assim.Tanto que conto os dias para as minhas próximas férias.Faltam 116 dias! Estou desde já me prometendo não atender celular e nem responder e-mails profissionais neste período.
Quero ser mais imperfeita!
E em 2014 desejo perceber mais o que dizem os olhos alheios.

25.12.13

O Natal aqui acontece de forma um tanto diferente.Não trocamos presentes nem aproveitamos a data para perdoar e coisas do gênero porque creio que isso deva ser feito quando se tem vontade e não numa data específica.
Muitos dizem que devemos aproveitar a data em que Jesus, supostamente, nasceu.
Tenho certeza que o Jesus que conheci não aprovaria os shopping centers lotados e as pessoas contraindo dívidas para presentear todas as pessoas que lhes são importantes.Isso sem contar aquele sentimento de fraternidade que acomete as pessoas somente em alguns dias de dezembro.
Em janeiro uns já estão xingando os outros novamente.Toda esta bondade repentina dura pouco.
Da data, eu só gosto da parte do amor ao próximo, embora isto seja uma constante em minha vida.
Outro dia, depois de me ver chorar mais uma vez por causa de uma injustiça cometida contra um menino do abrigo, meu pai disse que se minha vida tivesse tomado outra direção eu teria sido uma nova Madre Teresa de Calcutá.Mas enfim, nunca tive vocação para religiosa.
A vida mundana tem seus encantos e julgo que muitas atividades consideradas pecados só são erradas quando praticadas em excesso e de forma doentia.
Para comemorar o meu Natal meus pais vieram jantar conosco.
Fiz o arroz com frango e amêndoas que meu pai tanto gosta.Cometemos todos, com muito prazer, o pecado da gula.
E falando em moralismos, religiosos ou não, um encanto é o filme Moonrise Kingdom, do Wes Anderson.Dizem que é um filme de amor.Mas ele vai além naquilo sobre o certo e o errado e a relatividade entre estes dois extremos.Para completar,o filme se passa em uma ilha.
Excelente dica para o Natal e para que as pessoas reflitam se estão fazendo a coisa certa ou não.

22.12.13

Não gosto de telefone celular, tanto que não me permito escravizar pela engenhoca.
Mas esquecer o tal na casa da sogra, lá na capital, aí já é um pouco demais.
Eu é que não vou sentir falta, mas sei que as pessoas que me telefonam diariamente vão, no mínimo, roer as unhas. Com os melhores prognósticos só devo tê-lo de volta lá pelo dia 26 ou 27.
Por mim está tudo bem! Aliás, ótimo, porque sinto uma deliciosa sensação de liberdade.
Voltando à capital, com certeza, não conseguiria voltar a viver lá.
É muito trânsito para um dia de domingo.
Mesmo com tudo de bom que uma metrópole oferece, sinto muito, mas não dá.
Também, a cidade de São Paulo tem aproximadamente 11 milhões de habitantes.Ainda bem que aqui no interior somos somente algo em torno de 1 milhão e 100 mil habitantes. Ou seja, moro fácil em Lisboa, com uma população de quase 600 mil.
Enquanto não atravesso o Atlântico de vez, o jeito é ir me virando com o que tenho.
Juro que não posso reclamar! Morar no mato tem lá seus privilégios.
Alguém já disse que não se pode ter tudo nessa vida, pelo menos, simultaneamente.
E sinceramente eu não tenho pressa!
Tanto que sobra tempo para escutar uma música bonitinha, embora um pouco romântica demais até para mim:

16.12.13

Sou uma saudosista incurável.
Fiquei chateada com a morte de Peter O'Toole e agora de Joan Fontaine, embora eles já estivessem em idade bem avançada.Mas é que morre com eles um pouco de uma época de glamour do cinema.Mesmo ela tendo nascido em 1917 e ele em 1932.



Dentre as entrevistas realizadas em Bristol/UK para o último documentário do qual participei, um rapaz indiano, com uns 20 e poucos, declarou nunca ter assistido a um filme em preto e branco.
Imagino o quanto ele perdeu...

9.12.13

Mais uma ilha à vista:

8.12.13

Josh Groban cantando Smile é um bálsamo para a alma.
Eu posso até reclamar da vida uma vez ou outra, mas continuo sendo grata por tudo o que tenho e até pelo que não tenho.E não há melhor maneira de demonstrar gratidão do que sorrir.
Posso até tolerá-las mas detesto pessoas que vivem eternamente com cara de bunda (não encontrei termo mais apropriado).
Quando menor ainda me dei ao desfrute adolescente de ficar emburrada algumas vezes, mas foi total perda de tempo.
Então sigo sorrindo e estou aqui preparando um listinha com as possíveis ilhas aonde quero passar os últimos anos da minha vida enquanto escuto o Groban:



Ushuaia não é uma ilha, mas não descarto levá-la em consideração.A ilha da Madeira é bem atrativa mas acho que já está povoada demais para o meu gosto.Um pouco menos povoadas são as ilhas Scilly, a 45 km da costa da Cornualha.
Tristão da Cunha, no Reino Unido, me parece bastante atraente, como se pode ver na foto abaixo:



De tirar o fôlego são também as ilhas escocesas.Ou seja, tenho muito ainda o que pesquisar.

7.12.13

Minha mãe apostou que nestes dez dias eu não iria cozinhar para mim mesma.
Ela errou, pois não só estou cozinhando como estou adorando!!!
Pode ser que logo me canse, mas por enquanto estou achando ótimo.Não sei o que é morar, ou viver, sozinha desde os dezoito anos.Sim, naquela época eu não tinha paciência para cozinhar para uma pessoa só.
Mas hoje, depois de cozinhar sempre para mais gente, estou achando, principalmente, muito fácil e rápido.
Ontem fui ao açougue e chegando em casa tratei logo de separar todas as carnes em porções de aproximadamente 200gr.Em menos de meia hora estava tudo pré preparado em bifes, cubos e tirinhas e devidamente acondicionados na geladeira e no congelador.
Eu tinha de ir hoje cedo ao verdureiro mas me deu preguiça.Quando deu fome, olhei na geladeira e não vi tomates , mas sim um vidro de pepinos em conserva.Olhei pela janela da cozinha e vi na horta um pequeno pé de alface roxa sorrindo para mim.
Em menos de 15 minutos eu tinha diante de mim um prato gigante de salada, um bife grelhado com mostarda dijon ao lado e uma fatia de pão integral torrado com manteiga.

Minha preguiça matinal me rendeu dois filmes:


Eu gosto das produções da BBC e de adaptações literárias. É um bom suspense psicológico, escrito numa época em que havia muita repressão moral e sexual.
Em seguida arrisquei um filme que se passa numa ilha escocesa.Eu AMO ilhas e filmes que se passam nelas.
Não me importaria de passar meus últimos dias em uma, mas não naquelas desertas e sim nas que tem poucos habitantes e uma vida bem tranquila.

6.12.13

Eu cresci escutando e lendo contos de fadas, magos e bruxas.
Acabei adquirindo um gosto especial por adaptações cinematográficas alternativas, ou seja, que Branca de Neve que nada.O primeiro desenho da Disney que assisti no cinema foi Bambi, logo de cara já fiquei revoltada, por que é que tinham que matar a mãe do bichinho? Contrariada e já geniosa desde pequena resolvi insistir e assisti Dumbo.Nem preciso dizer que a coisa só piorou.Acho que fui a única criança que detestou o desenho.
Minha primeira experiência positiva neste campo foi o filme A Flauta Mágica, baseado numa série televisiva com o mesmo nome.



Mais tarde, uma outra forte referência foi Labirinto:



Crescendo assim não dá para pensar e agir como a grande maioria.
Hoje, mais civilizada, e tentando viver em paz dentro de uma sociedade fútil, superficial e hipócrita, ainda tenho problemas de adaptação.
Muitas vezes prefiro me ausentar a participar.
E posso afirmar que esse sossego é a garantia da minha felicidade.

5.12.13

4.12.13

O dia foi de cão, na filial passamos ontem e hoje contabilizando os prejuizos causados por um vendaval seguido por uma enorme tromba de água que caiu por lá na segunda feira à noite.
Nosso vizinho, proprietário de uma usina de açucar, que possui um lago que fornece água para toda a propriedade, nos enviou um caminhão com uma mangueira de pressão para ajudar a tirar o barro acumulado.
Só na nossa área caíram três árvores, nas ruas adjacentes foram mais de seis. Foram poucos minutos que fizeram uma grande sujeira.Ficamos quase 24 horas sem energia elétrica e foram tiradas 3 caçambas do trator de folhas e galhos.
Ao final da tarde de hoje todos os serviços haviam voltado ao normal e pude pegar a estrada para casa mais tranquila, com a sensação de missão cumprida, embora eu mesma não tenha feito muito, só fiquei administrando a logística dos serviços alheios. Mas deu certo!
Melhor ainda foi chegar em casa e assistir ao documentário do qual participei, totalmente finalizado.E o resultado ficou, no mínimo, perfeito!
E mais ainda foi ter encontrado este video, dica da Fal, que escutei até o final:

1.12.13

Não escondo minha queda pelos romances do Shakespeare.
Que ficam melhores ainda quando traduzidos desta forma:



Tenham uma linda noite de sonhos de verão!

Dia nublado não precisa de protetor solar, né?
Depois a pessoa, além de ficar parecendo a rena do nariz vermelho, não consegue dormir porque as costas ardem.
Teimosinha, vou novamente para o sol, que está encoberto, mas desta vez com protetor solar.
Na verdade eu preciso ir para a água, faça chuva ou sol, porque atualmente é a única coisa que anda me relaxando.Sou, definitivamente, um ser de água.Quanto mais fundo eu vou, mais longe da superfície, melhor eu me sinto.


E volto nova em folha para preparar o almoço: Torta de batata com carne moída.
Foto: http://imagestockphoto.ru