28.5.17

Dearest belly button...achei bem mais sonoro do que : Querido umbigo.
Estou ansiosa, contando os dias para minha consulta com a acupunturista. Faltam 16 dias para iniciar um novo processo na tentativa de voltar a dirigir e andar sem auxílio.
Ou melhor, primeiro voltar a andar como todo mundo e depois dirigir, que é algo que eu sinto muita, mas muita falta mesmo.
Hoje amanheceu um dia lindo, ensolarado, radiante!
Eu queria poder pegar o carro e seguir alguns quilômetros pela estrada, com os cabelos ao vento (eu costumava secá-los assim), escutando minhas músicas favoritas.Com outra pessoa no volante não é a mesma coisa.Sempre vi o carro como uma extensão das minhas pernas, me levando aonde eu dificilmente iria chegar sozinha em tão pouco tempo.Já se passaram quase dois anos...


Mas enfim, uma luz no fim do túnel se manifesta, embora ainda muito discretamente.
E otimismo é uma das minhas melhores qualidades!!!

21.5.17

A chuva nos deixa mais melancólicos e para completar desde ontem eu só escuto o Ivan Lins com a Orquestra de Câmara da ULBRA:



Esta versão de Bilhete é de transbordar o balde:

20.5.17

Blue Jay (2016) é um filme que traduz facilmente algumas relações da minha geração.
Uma produção modesta, equipe reduzida, encenada e escrita por Mark Duplass. Praticamente um filme feito em casa que vai agradar exatamente quem entende o que ele está dizendo.Com apenas dois personagens e uma pequena participação de Clu Gulager.
Em alguns momentos parece que estamos revendo aquelas fitas em VHS que guardamos por anos em caixas de papelão já desbotadas pelo tempo.Ou então as fitas K7 guardadas com aquelas cartas que nunca tivemos coragem de jogar fora.
Como roteirista eu cortaria alguns diálogos pela metade, em alguns momentos eles são prolixos.
Gostei de assistí-lo.Ele é um resgate de um amor romântico, na verdade daquele primeiro amor significativo na vida de uma pessoa.Dos planos e dos sonhos que construíram juntos quando na verdade não existiam perspectivas para que eles se concretizassem.Mas o romantismo permitia isto.
Não vejo mais este tipo de relacionamento nos dias de hoje.
Todo o contexto traduz o que vivemos, ou então, que poderíamos ter vivido.
Filme indicado para pessoas que nasceram entre 1950 e 1970 e que em algum momento experimentaram um grande amor que parecia que seria para sempre (e que de alguma forma manteve-se vivo).



Como seria encontrar um grande amor depois de 20 anos?

15.5.17

De março prá cá sei que parei no tempo.
Muitas pessoas tiram o ano sábatico, eu estou num tipo de semestre pós traumático.
Perder um pai assim tão presente é uma porrada forte.
A saudade dói pacas.
O trabalho está no piloto automático e o meu momento pessoal é bem introspectivo.
- Atenção senhores passageiros, por favor afivelem os cintos e mantenham a calma.Sobreviveremos todos!!!
Nem é uma fase tão ruim assim, tenho tido tempo para refletir sobre meus últimos anos e estou criando coragem, e ganhando forças, para mudar aquilo que precisa ser melhorado em mim.
Estou relendo velhos livros que ganhavam pó nas prateleiras.
Marquei uma médica acupunturista para o próximo mês.Gosto muito da medicina oriental e andava um tanto afastada dela.
Ando até dizendo alguns "nãos" necessários.
E ando pensando que a vida deve ser muito mais bem aproveitada, pois ela sempre é curta!


11.5.17

É muita calmaria para o meu gosto!
O país está parado.Os índices de inflação apontam uma leve queda, mas é claro, ninguém está comprando nada.Os que estão empregados levantam as mãos para os céus agradecendo e os que não estão continuam rezando.Por mais que eu queira um Estado laico, só por Deus mesmo.
Não combino muito bem com compasso de espera, sou uma pessoa de urgências.
E também não gosto muito de ver o que meu país se tornou.
Quanto mais eu penso menos soluções encontro.
Busco a calma em alguns lugares e conceitos, como no budismo.Até meditar é difícil demais quando meu cérebro anda dando tratos a bolas para sair da estagnação.
Música e os filmes também me distraem um pouco, melhor ainda se estiverem relacionados.



Se não, não tem problema também.
Preciso mesmo é dar descanso à minha parte pensante.

6.5.17

Eu tenho um problema...perco o sono, como muitas outras pessoas, aí tomo café, lavo louça e me distraio jogando no computador enquanto escuto Rita Lee.
Depois, motivada pela publicação de um amigo e pelo programa de ontem à noite sobre a Sicília, assisto novamente, acho que pela terceira ou quarta vez, "Stromboli", do Roberto Rossellini.
Filmão, com uma fotografia que marca presença.
Talvez perder o sono não seja um problema.
E ao final da manhã acabo mesmo é ouvindo repetidamente o Bocelli :

1.5.17

Darjeeling não é somente o nome de um dos tipos de chá que mais aprecio.
É também o nome de uma cidade cheia de modestos encantos e muita espiritualidade. Talvez um pouco tranquila demais para a pequena Vivien Leigh, que aos seis anos de idade foi enviada para uma escola católica na Inglaterra.
Visitar Darjeeling ficará certamente para uma próxima encarnação.Enquanto isto contento-me com uma boa xícara de chá!

  Foto: Justin Guariglia