8.2.10

Atum ou salmão?

“Podemos perder um navio, mas a perda de um navio é preferível à perda do atum como uma espécie”, disse o Capitão Paul Watson. “Os navios são dispensáveis, as espécies não são.”
O ano mal começou e a Sea Shepherd Conservation Society já teve um barco afundado e outro bem danificado por baleeeiros japoneses que praticam pesca predatória na Antártica. Só que eles não param por aí. Os navios da ONG rumarão direto do mar Antártico para o Mediterrâneo, com o objetivo de interceptar operações predatórias de pesca do atum-azul. E por que?
Porque o atum-azul já é, na prática, uma espécie em extinção.
"A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção (CITES) se reúne em março para debater a proibição do comércio de atum. Ainda em preparação para a reunião, a União Europeia deixou o atum-azul fora da agenda, de modo a não ofender os pescadores da França, Malta, Itália e Grécia.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, tentou proibir a pesca do azul no país, mas foi impedido pelos próprios pescadores. Ele agora está tentando proibir a exportação de atum-azul para o Japão, e isso já ajudaria muito na preservação da espécie, mas os pescadores franceses têm ameaçado o bloqueio dos portos caso isso aconteça."(Do site do Sea Shepherd)

No final do ano passado o New York Times trouxe uma reportagem sobre um pequeno vilarejo japonês que vivia basicamente da pesca do atum. Hoje, devido à pesca predatória feita por grandes barcos japoneses o vilarejo pode desaparecer. O que os mantêm ironicamente é a vantagem econômica da venda do atum. Com a escassez do peixe, os preços subiram ao ponto de empresários japoneses pagaram US$ 220 mil por um peixe de 200 quilos.
A solução não é, definitivamente, que deixemos de comer atum. É sensato diminuir o consumo. E efetivamente começarem à criar atuns em confinamento como é feito hoje com o salmão.

2 comentários:

Zoe disse...

Oh amiga, tanto por fazer!

Anônimo disse...

Sempre que tomo conhecimento de casos destes, lembro-me de um livro do Luís Sepúlveda sobre a pesca à baleia e, claro... os inevitáveis japoneses.