26.5.07

O BEIJO

Guardo teu beijo, terno beijo, na memória.
No outono cinza, a despedida, último adeus,
como se foras sem deixar-me uma esperança
de reviver o teu carinho e os lábios teus!


Amargurando o teu partir, restou-me o beijo.
Sonho desfeito, nem as folhas esqueceram,
no farfalhar, de relembrá-lo nas canções,
brincando algures junto às brisas outonais!


As estações se sucederam desde então!
Alma constrita, olhar perdido no horizonte,
dei-me ao letargo dos impulsos lascivosos!


Trago a utopia de uma espera que me aturde!
Cedo o destino e a vida; ao tempo, entrego a morte,
mas na esperança de beijar-te uma outra vez!


Este soneto eu recebi do Antônio Cléber e tem mais no livro: QUARENTA SONETOS SEM PECADOS (Editora Zem - RJ - 2007).
Ele tem tb uma comunidade no Orkut aonde publica regularmente suas poesias : Sonetos de Antonio Kleber.
Gosto qdo ele diz: "Trago a utopia de uma espera que me aturde!"


E falando em o que os outros dizem eu adorei o novo disco do IRA! : Invisível DJ, aliás eu só não gostei muito foi da faixa que dá o título ao CD. O produtor é Rick Bonadio, o mesmo de Charlie Brown Jr e CPM 22. O resultado é bem próximo do velho e bom rock que eu escutava aos 15 anos, nas festas aonde meus amigos tocavam. Aliás eu sempre fui muito crítica e nessa época eu já ia para o estúdio com os meninos "passar o som". Embora eu tenha sido um fracasso ao tentar tocar piano, violão e até mesmo gaita, ao fechar os olhos, conseguia identificar cada tom fora da melodia.Aí eles tinham que começar tudo de novo...rs...

Vão aí alguns trechos das minhas favoritas do novo disco do IRA!


Sem Saber Onde Ir : " como posso andar no escuro
se não sei pra onde vou
sem a luz que iluminava o meu caminho
como posso estar na vida, se não sei pra que estou
não vou suportar a dor". (A batida da bateria de Andre Jung aqui é perfeita, ela ecoa dentro da gente!)

Eu vou tentar: " E mesmo que eu encontre
Um caminho diferente
Que aproxime o eu de mim
E afaste o eu da gente
Eu vou tentar" (Selton Mello fez um clipe bem legal, mas muito diferente da minha idéia da música.Qdo eu a escutei pela primeira vez pensei em algo tb um tanto marginal, mas numa linguagem mais dark, um tanto mais gótica.Acho que mais chuvoso, cinza e um tanto minimalista.)


Não basta o perdão: " é o desafio, meu bem
eis a questão
é preciso o amor não basta o perdão"
( Este refrão ficou sensacional e a batida...só escutando mesmo!)


Culto de amor: "a verdade vem no seu beijo
você nas minhas mãos,
eu juro que não tenho medo "
( Ah...esta é a minha baladinha favorita do disco.Foi escrita pelo Edgar e a Taciana/Gang90. Boa demais de ouvir)


Feito gente: "Feito gente, feito fase
eu te amei como pude
Fui inteiro, fui metade
eu te amei como pude"
(Isso é praticamente Heavy Metal...rs... Perfeita!)


No universo de seus olhos: "No universo dos seus olhos
Existem seres invisíveis
Existem astros e estrelas(...)
No universo dos seus olhos
Crianças brincam de adultos
Adultos brincam que são deuses
Deuses da destruição."
( Ainda na batida forte, pero no mucho, surge esta batida fantástica. Uma viagem que vem de encontro às minhas.Tio, deixa eu fazer este clipe, vai???...rs...)


Tudo de mim: "Quando estás junto a mim
E o silêncio é quebrado pela nossa respiração
Ofegante
Trêmula(...)
Seu olhar se dirige ao meu
Seu sorriso, tímida.
As suas mãos conhecem o meu prazer
E tudo que eu posso fazer é retribuir o seu carinho
Te dando o maior amor que alguém já pôde sentir
Não quero mais isso acabe nunca mais(...)
E o meu coração
Batendo em suas costas
E a vida então surgindo de ti(...)
Te dando o maior amor que alguém já pôde sentir
Deixo tudo de mim..."
( Com certeza, esta a minha balada favorita do disco.Eu faria um clipe com closes intensos desta letra do Gaspa.É uma música de entrega.)

Nossa...acho que não sobrou muito mais para comentar, acho que me empolguei um pouquinho...rs...
Ah, lembrei, a faixa La Luna Llena tem uma curiosidade, foi escrita pelo Edgar dentro do ônibus, assim mesmo, num impulso criativo.Eu adoro este tipo de criação...muitas vezes já esbocei roteiros em guardanapos de papel. Aliás , o lugar aonde me sinto menos à vontade para criar é aqui, na frente do monitor! Pára, chega, já escrevi demais hoje...

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