27.1.13

Acordei disposta para falar sobre a volta às aulas.Quando criança eu gostava do primeiro dia de aula, ao contrário da maioria das crianças de hoje em dia.Afinal há tanta interação, tanta vida, mesmo que cibernética, fora da sala de aula que nem dá vontade de ir à escola.
Aí caiu uma bomba sobre o meu tema.O efeito devastador dela foi ouvido por quarteirões, bairros distantes, cidades inteiras e até mesmo países longínquos. Saiu em todos os jornais o incêndio que matou mais de 200 jovens numa boate em Santa Maria/RS.
O fato por si só, isolado, já é uma tragédia sem fim.Mas penso nos próximos dias.Indo um pouco mais além penso no primeiro dia de aula dos cursos aonde estes jovens iam começar a vida acadêmica.Pior ainda, penso nos seus pais. Nós educamos, criamos, orientamos e amamos nossos filhos para um dia vê-los vencendo por méritos próprios.Para grande parte dos filhos, esta vitória começa com a entrada na faculdade. Não há pai, mãe, avô, avó, tio, tia, padrinho, madrinha e agregado que não se orgulhe de ver o nome do seu objeto de afeto estampado lá na lista dos aprovados, nem que seja naquela desconhecida faculdade de Tombuctu, a Universidade de Sankore.
Se eu pensar que Deus opera diretamente em nossas vidas, não consigo compreender a lógica destas mortes.Prefiro pensar que ele opera no global e que, como no caso de hoje, alguém já o tenha avisado de tal tragédia.E que consciente do acontecido comece sim a operar seus milagres, principalmente sobre a dor e o vazio que dilaceram os corações dos familiares destas mais de 200 vítimas.
Enquanto Deus opera por lá, tentemos operar por aqui.



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