25.3.09

Está aí um poetinha que me fala ao coração :

Soneto do Amor Total
Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade.
Amo-te como amigo e como amante.
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Depois vieram os cineastas e transformaram na tela o sentido das palavras do poeta.
Em tantos filmes podemos ver a essência do amor total de Vinicius de Moraes.Ralph Fiennes é mestre em transpor para as telas tal sentimento como em O Paciente Inglês, Fim de Caso e O Morro dos Ventos Uivantes. Meryl Streep interpretou muitas vezes fragmentos desse amor como em Entre Dois Amores e Sob as Pontes de Madison County.
As duas últimas frases desse soneto sempre me emocionam, tamanha a beleza e força.
Imaginem só que de repente, assim como que muito distraidamente, o homem amado há de morrer no teu corpo. Não é um lugar qualquer, mas no teu corpo como num templo.E de amar mais do que pode, num amor urgente.

Nenhum comentário: