15.5.08

E uma grande fada, ao som da adorável Katie Melua, transcreveu em seu blog a poesia ADEUS, de Eugenio de Andrade, que por pouco não me fez chorar. Fica aqui o trechinho final dela:

E, no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos nada que dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.

Um comentário:

1/4 de Fada disse...

Obrigada pelo elogio, minha amiga. É um poema que também me toca muito. Li-o pela 1ª vez logo a seguir ao meu divórcio - estive casada 19 anos e depois separei-me pacificamente, sem grandes problemas, cada um de nós tinha crescido para caminhos separados e já não tinhamos nada a ver um com o outro. No entanto, ficou um sentimento de grande vazio, como calcula. O poema tem tudo com isso.
Beijos.