"Tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas."
Antoine de Saint-Exupèry
E assim sendo, amanhã fui convidada à participar de um debate sobre o filme " A Idade do Ouro" (1930), de Salvador Dalí e Luis Buñuel.
O filme será exibido na íntegra, 60min., e em seguida será aberto um debate com os palestrantes presentes, entre eles, euzinha :o)
Apesar de ser considerado o início do surrealismo no cinema, o meu foco principal é a questão do moralismo imposto pela sociedade em 1930 e seus efeitos. De qualquer forma é um filme impactante. Afinal ele ficou proibido nos EUA e na França por quase 50 anos e a Igreja Católica declarou-o um sacrilégio (a cena final é fantástica).
Dizem que as imagens um tanto carregadas e viscerais provocaram o rompimento entre Dalí e Buñuel.Prefiro acreditar na versão da paixão avassaladora de Dalí por Gala, que não se dava bem com Buñuel. E assim sendo, à partir daí, Dalí dedicou-se somente à pintura, e à Gala...rs....
A trilha sonora do filme é de altíssima qualidade, incluindo nomes como: Chopin, Beethoven, Debussy, e Wagner. Uma interessante mistura do clássico com o profano.
Em 1930, em algumas exibições públicas em Paris, os espectadores revoltados chegaram à quebrar os cinemas.Hoje, diante do mundo em que vivemos, é capaz que as pessoas achem o filme absolutamente normal.Mas algumas seqüencias ainda chocam...
E olha que o tema central da película é um amor não concretizado...simples assim :o)
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