Putz....
A Fal publicou o texto do Gigio, que eu tomei a liberdade de reproduzir só um trecho aí abaixo. Mas é que o rapaz traduz sentimentos, mesmo!!!E ele ainda escreve, com propriedade, sobre cinema... Confiram:
"Existe ternura, saiba. Eu só percebi no meio do trânsito que persistir ou insistir ou ainda decidir a nossa vida não se trata apenas de mim. Quando uma das partes, por motivos infinitos, diz não, algo maior do que o orgulho, algo maior que a dor da recusa, algo maior que bater os pés no chão e mais uma vez tentar, algo maior que eu não sei o nome, precisa nos conduzir além da estrada. O que eu quero te dizer é que eu não havia compreendido que eu te amo sozinho e sem conjugação. Na minha ilusão romântica, você sempre me pareceu alguém que correspondia da sua maneira particular, o meu particular querer. Na minha inexplicável sede do um mais outro, eu criei rios insaciáveis que não refletiam mais do que o desejo no singular. E eu ainda me encontro entre o estático e o quase triste, feito um emo ou qualquer estereótipo similar. Sem saber agir para nenhuma direção. Sem refletir. Sem conseguir dar nome aos nomes do sentir. Sem saber se bomba ou calmaria, explosão ou estilhaços. Existe doçura e existe amor também, esse mínimo óbvio. Mas ando entre a inércia e o não agir. E não há aflição mais aguda que o não saber.(...)
(...) Eu te dizia tudo isso sem dizer.
E você não me disse que.
E eu te disse.
E você não me.
Mas eu.
E você.
Chega desse xarope amargo"
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