7.2.07

Abro a boca e escuto vindo lá de dentro aquela música que o Lulu Santos canta: Como uma onda no mar...como uma onda no mar...... E é neste mar que encontram-se os pedaços de "smelunkia" que eu comi qdo cheguei em casa. Sim, meu bisa russo chamava melância de "smelunkia"... a pronúncia era mais ou menos essa. Já a grafia, só ele prá dizer.Com o calor que está fazendo por essas bandas, só mesmo um bom pedaço gelado de melância. A maré está tão alta que eu queria começar à devorar meu novo livro, mas acho melhor esperar um pouquinho. Prá variar, estou respirando cinema outra vez.Dos quatro livros que acabaram de chegar começo com: Criando Kane e Outros Ensaios, da crítica americana Pauline Kael. Com a precisão de um legista ela disseca os filmes com toda propriedade. Kael não era assim tão ácida, tão elitista, tão fanática... ela era extremamente verdadeira. Ao escrever sobre Cidadão Kane, tocou nos brios de Orson Welles ao destacar a importância do trabalho do roterista Herman Mankievicz. Neste livro que estou começando à ler, ela critica o que chama de "excessiva intelectualização da crítica especializada". Defende ainda o simples prazer de assistir um filme "pipoca / sessão da tarde/ água com açucar" e a liberdade de "desfrutar o lixo sem fingir que é arte". Ela polemizou um bocado pela forma de escrever. Estou querendo chegar logo ao final para poder concordar ou discordar!
Um exemplo de suas críticas:
"O clima, a marcação e o transe do ritmo são tão puramente divertidos, e Travolta uma presença tão original que o espectador passa por cima da crueza do roteiro." Pauline Kael, sobre Os Embalos de Sábado à Noite com John Travolta.

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