4.10.15

Ah...o amor....

"O amor não é tão complexo quanto a física quântica nem tão abstrato como a maioria dos quadros do Jackson Pollock, agora eu sei.
O amor, acredite se quiser, está bem mais para feijão com arroz feito no capricho do que para o complexo prato de bistrô que comemos somente em datas comemorativas, cujo nome nós não conseguimos nem pronunciar.
O amor, apesar de exigir de nós constantes contorcionismos, tem muito mais a ver com um papai-e-mamãe cheio de entrega do que com elaboradas posições do Kama Sutra realizadas apenas a pedido do ego que, vez ou outra, coloca em xeque o próprio desempenho.
Engana-se quem pensa que o amor é apenas aquilo que rola em datas especiais, nas quais vestimos trajes de gala e trocamos presentes à luz de velas. Engana-se, redondamente, porque amor é, principalmente, a carícia verdadeira que acontece numa terça-feira comum; é o beijo na testa que antecede uma segunda-feira cheia de e-mails na caixa de entrada.(...)
Amar é aprender a dizer “Tá” em vez de “VÁ SE FERRAR!”; é arranjar forças para fazer silêncio quando houver vontade de berrar as tripas.(...)
Amar é entender que em uma relação normal há muito mais calcinhas beges e confortáveis do que fios dentais de oncinha.
Amar é ajudar o outro a lidar com o tanto que o mundo vive a cobrar, em vez de se tornar mais um cobrador. Não entendeu? Se a sociedade tem mania de exigir rostos sempre maquiados e peles sem imperfeições, incentive-a a sair de cara limpa e a se amar, perdidamente, sem rímel, base e batom.(...) Amar não é preparar duas surpresas mirabolantes por ano e passar 363 dias sem tocá-la direto na alma."
Copiado do texto - O Amor é um sopro diário - do Ricardo Coiro.


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