25.5.15

Gosto da palavra celestial, acho que é um contraponto perfeito à palavra bestial.
Minha mente super criativa fica fazendo conexões estranhas mesmo.
Vou dizer que conviver comigo, no dia a dia, no tête-à-tête, não é fácil.Precisa ter bons ouvidos para tanta informação, algumas vezes sem muito sentido porque falo enquanto penso e vice versa. Isso quando não faço círculos no ar já imaginando a cena toda.
E pensar que na vida real, fora do meu fantástico universo mental, eu racionalizo demais.
Mas hoje, celestial mesmo foi chegar em casa e encontrar sobre a mesa da cozinha, alí materializado um maravilhoso pedaço de queijo parmesão uruguaio tendo ao lado reluzentes fatias de presunto ibérico. Para completar eu tinha também uvas verdes geladinhas.
Deixei de lado aquela idéia celeste de pureza, elevação espiritual e retidão, por conta daqueles fofos anjinhos renascentistas e pratiquei, sem medo de ser feliz, o pecado da gula.Me entreguei ao prazer de saborear tão perfeita combinação de sabores.
A vida é muito mais que alguns aborrecimentos, é uma coletânea de agradáveis surpresas.
Em momentos como o de hoje, sou eu comigo mesma. Penso muito nos outros e acabo me comprometendo tanto aqui e alí, sempre dando uma mãozinha a quem precisa, que muitas vezes esqueço de usufruir de pequenos prazeres.
Estão servidos?

  

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