3.8.12

Ontem minha alma chorou ao chegar na filial.Eu sabia que a cena que encontraria lá me partiria o coração ao meio.Nem bem entrei escutei o som da moto serra e me calei.
Olhei para a esquerda e lá no fundo avistei pelo menos uma meia dúzia de árvores tombadas.Ainda recusando aceitar o fim delas, fui ver de perto o estrago das tais "brocas".
Os troncos, por dentro, estavam mesmo apodrecidos, inclusive outro dia, durante uma ventania um pouco mais forte, o galho de uma sibipiruna quase acertou o carro de um cliente.Por fora o aspecto é normal, mas por dentro estão todas doentes.
Como além de jornalista, roteirista, fotógrafa e instrumentadora, fiz também curso de paisagismo, fui chamada para acompanhar o problema das árvores.Não foi falta de aviso, de tanto fazerem podas de qualquer jeito, uma hora isso ia acontecer.
Eu aprendi que após cada poda é bom passar no local a calda bordalesa (de fumo) e cobrir a área com cera/parafina.Alguns jardineiros aplicam cal ou inseticidas.
Estou agora à procura de mudas de jacarandás mimosos, magnólias, eucaliptos vermelhos e cerejeiras ornamentais, para substituir as quase 50 árvores, condenadas, que precisarão ser arrancadas.Doeu, viu?
Na verdade, derramei lágrimas de verdade quando peguei a estrada de volta prá casa.


Já disse para eles que não quero nem saber, mas vão ter que arrumar uma área para eu plantar pelo menos um Eucalipto Arco íris (Eucalyptus deglupta).Sua casca externa cai anualmente em diferentes épocas, deixando aparecer o verde claro da parte interna, que amadurecendo gradualmente, resulta em tons de azul, roxo, laranja e marrom.

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