16.8.11

Conheci Quintana na faculdade e tornei-me fã desse amor simples e exagerado:

"Amar: Fechei os olhos para não te ver e a minha boca para não dizer... E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei, e da minha boca fechada nasceram sussurros e palavras mudas que te dediquei....O amor é quando a gente mora um no outro."

E ele também me mostrou que em qualquer canto do nosso cotidiano pode surgir a inspiração:

Escrevo diante da janela
aberta.
Minha caneta é cor das
venezianas:
Verde!... E que leves, lindas
filigranas
Desenha o sol na página
deserta!

Não sei que paisagista
doidivanas
Mistura os tons... acerta...
desacerta...
Sempre em busca de nova
descoberta,
Vai colorindo as horas
quotidianas...

Jogos da luz dançando na
folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem...

Vago, solúvel no ar, fico
sonhando...
E me transmuto... iriso-me... estremeço...
Nos leves dedos que me vão
pintando!

Tô inspirada, apaixonada (as always) e bem cansada. E a umidade relativa do ar atingiu hoje, no centro da cidade, o indecente índice de 13%.

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