28.7.11

E cadê essa chuva que não volta? Mais um pouco estarei cuspindo tijolinhos.É só o tempo ficar seco e poeirento que eu fico rouca. A seca de Guimarães Rosa é muito mais poética e nós do Sudeste não estamos tão familiarizados à ela assim, eu nasci na Terra da Garoa.
E o tom opressor da narrativa de Guimarães é muito pouco, suave até, se comparado ao tom de algumas questões do dia a dia .
A fome castiga, mas as cobranças dessa nossa vida urbana, cosmopolita e moderna, também.Daí que aprendemos a superar dificuldades, sublimar aquelas perturbações que nos tiram o sono, assim como nos acostumamos com essa fome que judia da alma.
É tanta falta de respeito, entendimento e boa vontade que me perco em devaneios de como seria uma situação ideal.E ela é tão utópica que não consigo fechar um único raciocínio concreto.
Simbora escrever os roteiros ficcionais, que se pelo menos não ganho mais, fico mais feliz :o)

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