20.6.11

Tem tanta coisa me incomodando mas não consigo escrever sobre isso. Por outro lado tenho produzido muitos roteiros.O infantil foi finalizado e eu achei que ficou ótimo.No final acabou entrando até o Bob Marley, uma pequena referência para ilustrar que o mundo ainda vê diferença na cor da pele. Isso porque o texto gira em torno de uma na caixa de lápis de cor.
E para acabar o longa falta bem pouco agora e isso porque resolvi incluir umas narrações nele.É uma forma de reduzí-lo, afinal ele já tem mais de 49 páginas e não está fechado ainda. Ele é difícil de escrever porque traduz uma vida muito sofrida.E não quero ser piegas e cair no dramalhão mexicano.Eu quero poesia mesmo na dor.
Tenho pensado demais nele.Ou talvez esteja transportando um pouco da realidade para ele.E não aquela parte mais bonita.Porque acabo de certa forma esbarrando em problemas reais, como fome, miséria, evasão escolar, crianças de pés descalços, alcoolismo, doenças neurológicas e degenerativas, preconceito, exclusão social e etc.Mas isso, mergulhar nesse universo, acaba me ajudando a lidar com meus pequenos problemas do dia a dia.
Na verdade eles diminuem tanto de tamanho que dão espaço para pequenos prazeres como respirar o ar puro da manhã que entra pela janela na forma de um vento frio e suave.Assim como escutar música com o coração, a alma e mais nada.




Vendo as imagens do video acima lembro de uma passagem divertida dessa minha última viagem.Depois de quase 30 dias fora de casa, percorrendo algumas cidades do Brasil, metade de Portugal e metade da Espanha precisei de mais uma mala para a volta. Só os livros já ocupavam metade de uma.Tem quem viaje para trazer eletrônicos, roupas e outras muambas.Eu trouxe livros e com muito prazer.
Mas enfim, vamos à tal da mala. Chamei o taxista, o simpático e extrovertido Sr. Fernando, que havia nos levado para um tour duas semanas antes.Expliquei-lhe o caso e fomos em busca da tal mala.Quando dei por mim eu estava numa espécie de Saara, como no Rio de Janeiro.Uma zona comercial próxima ao que parecia ser um terminal rodoviário com diversas barracas aonde muitos imigrantes trabalhavam.Havia de tudo lá, inclusive malas!


Acabei comprando uma na banca de um indiano e a um preço muito baixo. Duvidei que ela chegasse inteira em casa. O homem até subiu na mala para atestar a sua durabilidade. Me divirto até hoje quando me lembro da insistência dele para que eu subisse na mala.Seria o fim da coitada que resistiu bravamente e chegou inteirinha aqui e inclusive já está prontinha para outra viagem.Está esperando somente um motivo.
Eu também!

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