23.4.11

Consumo Sustentável

A Revista Superinteressante (ed.286 - dez.2010/Ed.Abril) trouxe uma matéria muito positiva sobre o consumo sustentável. Aliás a revista toda está muito boa. A reportagem da capa é de arrepiar os cabelos e revirar o estômago.

Eu vivo falando aqui sobre a necessidade desse povo tão criativo procurar novas formas de diminuir o lixo que diariamente depositamos na natureza. Porque na verdade até mesmo os chamados recicláveis poluem o meio ambiente, seja durante o próprio processo ou então no descarte final. Por exemplo, uma garrafa pet depois de embalar refrigerante é reaproveitada na confecção de roupas e brinquedos.Só que estes produtos vão acabar no lixo outra vez , só que de outra forma.Sendo assim, o “ganho” é muito pouco. Dois pesquisadores, o americano WillianMcDonaugh e o alemão Michael Braungart, lançaram uma nova proposta no livro Cradle to Cradle - remaking the way we make things (North Point Press-2002). O segredo está em criar um ciclo de vida infinito para tudo o que é produzido ou retirado da natureza. Um prédio seria construído de forma a produzir mais energia do que consome, mantido por placas de energia solar. Os produtos finais de consumo seriam produzidos já pensando em como seriam reabsorvidos pela natureza.Na versão do livro infinito, as páginas seriam feitas de plástico, preenchidas com textos e imagens impressas (ou escritas e desenhadas) com tintas não poluentes, que seriam facilmente removidas por um processo específico não poluente. Eles citam como um bom exemplo dessa teoria a reciclagem de latinhas de alumínio e tecidos biodegradáveis, que ao serem descartados ainda servem como adubo. Quanto aos eletrônicos, eles propõem um tipo de sistema de comodato, como uma licença para utilizar o produto adquirido. Neste caso, o comsumidor compraria o serviço de utilização de um televisor.Quando este apresentasse um defeito ou estivesse muito velho, seria devolvido à indústria (para reutilização de componentes) e o comsumidor receberia um novo. É claro que isso iria alterar o conceito de “posse” que o consumismo criou na sociedade.Mas em prol do meio ambiente acredito que (quase) todos acabariam se adaptando.A matéria vai além, mas este post já ficou bem extenso e acho que deu prá se ter uma idéia das propostas dos autores.E nem são soluções tão radicais assim :o)

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