2.8.09

Eu tenho muito mais em comum com o roteirista David Benioff do que eu imaginava. O que me chamou a atenção quando li a resenha sobre o seu livro foi o tema : uma ficção autobiográfica (na verdade ele conta a história do avô) que se passa durante o cerco à Leningrado, na Segunda Guerra Mundial. Até aí tudo bem, eu também sou descendente de russos. Mais tarde descobri que Benioff é também o roteirista de filmes como O caçador de pipas, Tróia e Wolverine.
E assim, sabendo de antemão que leria um livro muito bem escrito, me entreguei à leitura de "Cidade de Ladrões" de corpo e alma.Quatro dias foram mais que suficientes para que eu devorasse suas 290 páginas. É uma escrita intensa e poética, com alguns trechos bem fortes.
É impressionante como o que diz respeito à nossa descendência fica de alguma forma gravado em nosso subconsciente.E em determinadas horas isso vem à tona. Diversas vezes, durante a leitura, tive flashes de diálogos do tempo em que meu avô ainda era vivo. Lembro de passagens e pequenos detalhes que minha mãe contava, o que tornava o livro cada vez mais real. Embora na época em que se passa o cerco à Leningrado, meu avô já morava no Brasil. Ele veio ainda pequeno, com dois anos de idade, mas foi registrado como nascido aqui e desta forma chegou até mesmo a servir o Exército Brasileiro, como tenente da cavalaria. Depois foi vendedor de livros e enciclopédias. Talvez eu tenha gostado muito do livro por causa da minha história ou mesmo da minha genética.De qualquer forma eu recomendo a leitura. Leiam um trecho do livro aqui!

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