5.11.08

"Nenhum recém-nascido deveria ser declarado humano enquanto não houver passado com êxito certos testes relativos a seu patrimônio genético e, em caso de fracasso frente a tais controles, deveria ser privado do direito de viver”. Francis H. Crick (premio Nobel em 1962 pela descoberta do DNA)

As notícias do mundo hoje merecem uns minutos de atenção. Eu pensei que fosse morrer sem ver um afro descendente como presidente dos Estados Unidos, considerada a maior potência do planeta.Se aqui a perseguição racial se faz presente, lá então nem se fala. Por questões prá lá de pessoais, mesmo sem conhecer todos os atributos positivos de Obama, só o fato dele ser negro já valeria meu voto.
Sua vitória é um sinal de mudança, principalmente comportamental, num mundo um tanto desacreditado, aonde a cor da pele é tão determinante.Parece que finalmente poderemos calar os que afirmam que os afro descendentes são menos favorecidos intelectualmente.Nessas horas me pergunto como tem quem defenda a Eugenia, aqui mesmo no Brasil.

"O Brasil foi o primeiro país da América do sul a ter um movimento eugênico organizado. A sociedade eugênica de São Paulo foi criada em 1918. Muitos autores eugenistas usavam como exemplo a população brasileira, para provar que a liberdade racial iria encher o mundo de mestiços, levando o mundo a promiscuidade, sendo esses cruzamentos nada mais do que a prova viva da degeneração da raça pura.
E quando se fala em raça pura trazer benefícios genéticos, a primeira pessoa que deveria ser citada no Brasil é Machado de Assis, provavelmente o maior escritor da literatura brasileira, que era “mulato”. Ele nunca foi visto como uma mistura de genes puros com impuros. Machado era uma exceção, um fenômeno diferente, uma aberração positiva da natureza.Mesmo tendo Machado do Assis como prova de que a mistura entre raças não era uma idéia tão terrível, o Brasil continuou sendo citado entre os meios racistas e os sócio-darwinistas da Europa, como exemplo de sociedade degenerada pela miscigenação racial, uma maneira muito educada de nos chamar de promíscuos.
A esterilização, principalmente de indivíduos negros que fossem considerados suspeitos de qualquer anomalia ou crime, reduziria de maneira poderosa a reprodução de degenerados.Alguns intelectuais consideravam esse problema de origem vital. Monteiro Lobato afirmava que o fator que dominava a sociedade brasileira não era biológico, e para ele e seu grupo a solução para os problemas da nossa pátria seria a eugenia.
Muitas pessoas internacionalmente reconhecidas foram eugenistas, como por exemplo: Rockefeller, Kellog, Mellon, Ford, Carnegie, Agnelli, Mac Cormick e inclusive nosso tão amado Monteiro Lobato que chegou até a publicar um livro, patrocinado pela Sociedade Eugênica Brasileira, chamado “O Problema Vital”. ( Adriana Zimbarg )

Um comentário:

Giane disse...

Turmalina...

Perdoa a ignorância dessa tua Amiga aqui, mas o que é "eugenia" exatamente?

E gostei muito da referência ao poema de Michael Cretu que você fez.
Ficou lindo e como o poema dele, o seu me tocou bastante.
Agradeço amorosamente.

Beijos mil!!!