21.7.07








São cinco os livros que vou postar à convite da Érica, que foi convidada pela Sabrina, que foi convidada por alguém...

Meu primeiro contato real com a literatura, aquele que te faz sair do chão, foi ainda menina com "O VELEIRO DE CRISTAL" de José Mauro de Vasconcelos.Acho que meu perfil literário e sensível às causas humanas já se delineava aí, ao me emocionar com o mundo que o menino Gabriel criou. Eu, então com 10 anos, cheia de vida e saúde praticamente me tranquei no quarto nas frias férias de Julho até terminar o livro.Se minha mãe não fosse também tão viciada em leitura teria achado que eu estava doente.Mas que nada, eu tinha sido capturada pela poesia e beleza do livro do Jose Mauro.

Depois tomei gosto pelas sagas como Pássaros Feridos de Colleen McCullough, Tai-Pan e Shogun de James Clavell, culminando com a melhor delas:
"A CASA DOS ESPÍRITOS" de Isabel Allende. Acho que aí me foi despertado o gosto pelo dito sobrenatural através da intuição de Clara.

Daí para os livros da Marion Zimmer Bradley foi só um pulinho.Despertar para o feminino e mágico abriu um clarão em mim e não teve mais volta.Fui totalmente envolvida por estórias de mulheres fortes, enigmáticas, mágicas e poderosas.Meus favoritos aqui são O incêndio de Tróia e a Dama do Falcão, batidos somente por mais uma saga: "AS BRUMAS DE AVALON", deste dia em diante devorei tudo o que foi escrito sobre o fantástico período de Arthur, os Cavaleiros da Távola Redonda e Excalibur.

Já na faculdade fui tendo um contato maior com poetas e historiadores.Dos poetas, me encantei de cara com Fernando Pessoa e Pablo Neruda. Morei um bom tempo neles.Depois fui me envolvendo em tramas mais políticas ao me deparar em carne, osso e gravador com Fernando Morais, ao entrar no seu apartamento para uma entrevista sobre Assis Chateaubriand, eu tremi.Estar diante do homem que pesquisou tanto sobre a vida de outras pessoas, que me forneceu tanta informação, que eu nem imagina que existissem através de seus livros, me deixou sem chão outra vez.O tempo parou naquela dia.Aliás lembrei-me ontem dele, pois dizem que ele prepara a biografia de ACM( o finado Antonio Carlos Magalhães).Não, mas Olga não é minha obra favorita dele, não. Aqui eu escolho:
"CORAÇÕES SUJOS", um livro que reconstitui de forma minuciosa e espetacular a história das atividades da associação japonesa Shindô Remmei no Brasil.Só mesmo lendo o livro para entender o que aconteceu.

Eu quero terminar a dificíl lista dos cinco com um livro praticamente desconhecido, que eu amei da primeira à última página:
"TUAREG" do escritor espanhol AlbertoVazquez Figueroa, conta a história do guerreiro do deserto Gacel Sayad, que teve toda a sua vida pautada por um código de honra inabalável.Talvez por ter vivido até os dezesseis anos na região do Sahara é que ele consiga retratar tão bem a vida nestas condições aparentemente tão adversas à nós.Eu perdi o fôlego por diversas vezes durante essa leitura. Vale à pena se aprofundar mais na obra de Alberto Figueroa, que é vastíssima.

Ufa!!!
Acho que consegui.Ihhh...faltou tempo para falar do Saramago...fica prá próxima!
Passo agora o convite para quem se sentir à vontade!

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