Me lembro das tantas vezes que escutei Champagne e achava brega prá caramba.
Quando tinha uns 11 anos viajamos num navio de bandeira italiana e toda hora tocava a tal da música. E meu pai sempre cantava pra minha mãe quando brindavam. Acho que na época eu era a única da escola que sabia quem era Peppino di Capri. Alguns anos mais tarde conhecemos Capri, uma ilha encantadora, como que saída de um livro, no golfo de Nápoles.
Os anos se passaram, muitas águas passaram e me peguei, emocionada, escutando o Bocelli interpretando Champagne. Talvez seja a idade, a maturidade, mas hoje consigo compreender a beleza da música.
29.4.19
28.4.19
Uau...ando retomando a vida...
Nunca vou poder dizer que tive uma vida morna e sem graça.
Que bom que chegou o domingo... aos quase 52, preciso de um tempinho para respirar.
Voltei aos exercícios de força e marcha (esse segundo eu detesto), mas enfim...é preciso, é minha garantia.
Semaninha intensa...teve aniversário da mamuska poderosa, despedida de um amigo que mora na Escócia, a casa cheia, moçada do churrasco e etc. E no meio disso tudo eu retomando a vida, o pique e etc.
Experimentei uma batida de caju, que eu amo de paixão, com limão siciliano e rapadura, que me fez corar e elevou meu nível de felicidade ao máximo.
A culinária também tá um espetáculo.
Nunca vi a garotada comer tanta salada..até nisso ando acertando!Acho que é porque, finalmente, aprendi a gostar das folhas.
Em outro âmbito vi justiça sendo feita, me irritei com padrões repetitivos de comportamento e falei verdades como eu costumava fazer antes.
Toda vez que penso em reclamar: sou uma mulher ou um rato?
E aí volta aquele mulherão que eu tanto gosto.
...Save my soul, porque o corpo tá garantido!
Nunca vou poder dizer que tive uma vida morna e sem graça.
Que bom que chegou o domingo... aos quase 52, preciso de um tempinho para respirar.
Voltei aos exercícios de força e marcha (esse segundo eu detesto), mas enfim...é preciso, é minha garantia.
Semaninha intensa...teve aniversário da mamuska poderosa, despedida de um amigo que mora na Escócia, a casa cheia, moçada do churrasco e etc. E no meio disso tudo eu retomando a vida, o pique e etc.
Experimentei uma batida de caju, que eu amo de paixão, com limão siciliano e rapadura, que me fez corar e elevou meu nível de felicidade ao máximo.
A culinária também tá um espetáculo.
Nunca vi a garotada comer tanta salada..até nisso ando acertando!Acho que é porque, finalmente, aprendi a gostar das folhas.
Em outro âmbito vi justiça sendo feita, me irritei com padrões repetitivos de comportamento e falei verdades como eu costumava fazer antes.
Toda vez que penso em reclamar: sou uma mulher ou um rato?
E aí volta aquele mulherão que eu tanto gosto.
...Save my soul, porque o corpo tá garantido!
22.4.19
The Queen
Estando onde quero estar!
!She decides,
she creates
It's her reality
In her world
Of dreams and make believe
She reigns forever
With all her glory.
!She decides,
she creates
It's her reality
In her world
Of dreams and make believe
She reigns forever
With all her glory.
Gosto de todas as estações: verão, outono, inverno e primavera.
Talvez por isso eu tenha muito bem me impressionado com o filme do diretor sul coreano Kim Ki-duk:
Mas o outono possui uma magia diferente, não tem a empolgação do verão, a beleza da primavera e nem o ar austero do inverno. Gosto de ver o chão forrado de folhas num mosaico irregular e perfeito na sua magnificência. É o sinal de que o novo virá e que o velho precisa ir. E ainda tem gente que implica com elas...
Mas de implicância o mundo está mesmo cheio.
Talvez por isso eu tenha muito bem me impressionado com o filme do diretor sul coreano Kim Ki-duk:
Mas o outono possui uma magia diferente, não tem a empolgação do verão, a beleza da primavera e nem o ar austero do inverno. Gosto de ver o chão forrado de folhas num mosaico irregular e perfeito na sua magnificência. É o sinal de que o novo virá e que o velho precisa ir. E ainda tem gente que implica com elas...
Mas de implicância o mundo está mesmo cheio.
21.4.19
Hoje vou repetir uma postagem de 2005.
" O dia mais importante não é o dia em que conhecemos uma pessoa e sim quando ela passa a existir dentro de nós. "(Copiado do Blog da Lulu)
Existem tantas pessoas dentro de mim, uma verdadeira multidão, algumas kitnetes, alguns duplex com vista prô mar e algumas casas no campo. Sou também resultado de um mundo de vidas que me transpassam! É claro que sou humana e parcial como todo mundo, mas tento ser justa, ver os dois lados de toda situação e adotar uma postura zen quanto aos conflitos, principalmente dos outros. Mas isto não evita que eu sorria da felicidade, que eu chore com a tristeza, que eu sofra com a aflição e que eu ria da situações engraçadas vividas por todos que me transpassam e acabam ficando. Agradeço a todos que existem dentro de mim!
E especialmente hoje agradeço a todos que resistem em mim :o)
" O dia mais importante não é o dia em que conhecemos uma pessoa e sim quando ela passa a existir dentro de nós. "(Copiado do Blog da Lulu)
Existem tantas pessoas dentro de mim, uma verdadeira multidão, algumas kitnetes, alguns duplex com vista prô mar e algumas casas no campo. Sou também resultado de um mundo de vidas que me transpassam! É claro que sou humana e parcial como todo mundo, mas tento ser justa, ver os dois lados de toda situação e adotar uma postura zen quanto aos conflitos, principalmente dos outros. Mas isto não evita que eu sorria da felicidade, que eu chore com a tristeza, que eu sofra com a aflição e que eu ria da situações engraçadas vividas por todos que me transpassam e acabam ficando. Agradeço a todos que existem dentro de mim!
E especialmente hoje agradeço a todos que resistem em mim :o)
19.4.19
Voltando à programação normal!
Hoje acordei sem dores, fui prá cozinha e produzi horrores.
Foi a bacalhoada, a torta de atum e a salada de Kani.
Juro que fiquei feliz lavando a louça.
Tenho um bloco de notas no celular e já deixei lá um recado: Não esquecer de ir na auto escola na semana que vem.
Preciso perdoar também aqueles que não sabem o que fazem e muito menos o que dizem. Quero agradecer às pessoas do meu dia a dia que me mimam com pequenas delicadezas.
Na semana que passou ganhei, além de abraços e sorrisos, castanhas de caju vindas de Sergipe.
Estavam deliciosas!!!
E falando em deliciosa, a torta funcional de atum, aveia e couve refogada com bacon que preparei ficou maravilhosa.
Nem deu tempo de fotografá-la depois que saiu do forno.
Mas eu compartilho a receita!
Refogue bacon em cubinhos, adicione 1 cebola bem picadinha e em seguida um maço de couve picada e fatiada fininha.Numa vasilha coloque este refogado, 2 latas de atum sem o óleo ou a água, 1 tomate picado em cubinhos, 2 colheres de sopa de parmesão ralado, 3 colheres de sopa de aveia, sal a gosto, 3 ovos, 2 colheres de sopa de polvilho doce, 2 colheres de sopa de farinha de arroz e 1 colher de sobremesa de fermento em pó.Misture bem, coloque numa assadeira untada ou antiaderente, polvilhe parmesão ralado e leve ao forno a 180 graus, entre 25 e 30 minutos, ou até ficar bem dourada.
Depois coloque um som na caixa e relaxe!
Hoje acordei sem dores, fui prá cozinha e produzi horrores.
Foi a bacalhoada, a torta de atum e a salada de Kani.
Juro que fiquei feliz lavando a louça.
Tenho um bloco de notas no celular e já deixei lá um recado: Não esquecer de ir na auto escola na semana que vem.
Preciso perdoar também aqueles que não sabem o que fazem e muito menos o que dizem. Quero agradecer às pessoas do meu dia a dia que me mimam com pequenas delicadezas.
Na semana que passou ganhei, além de abraços e sorrisos, castanhas de caju vindas de Sergipe.
Estavam deliciosas!!!
E falando em deliciosa, a torta funcional de atum, aveia e couve refogada com bacon que preparei ficou maravilhosa.
Nem deu tempo de fotografá-la depois que saiu do forno.
Mas eu compartilho a receita!
Refogue bacon em cubinhos, adicione 1 cebola bem picadinha e em seguida um maço de couve picada e fatiada fininha.Numa vasilha coloque este refogado, 2 latas de atum sem o óleo ou a água, 1 tomate picado em cubinhos, 2 colheres de sopa de parmesão ralado, 3 colheres de sopa de aveia, sal a gosto, 3 ovos, 2 colheres de sopa de polvilho doce, 2 colheres de sopa de farinha de arroz e 1 colher de sobremesa de fermento em pó.Misture bem, coloque numa assadeira untada ou antiaderente, polvilhe parmesão ralado e leve ao forno a 180 graus, entre 25 e 30 minutos, ou até ficar bem dourada.
Depois coloque um som na caixa e relaxe!
18.4.19
alívio
substantivo masculino
1. ato ou efeito de aliviar(-se); diminuição de peso ou de carga.
2. diminuição de fadiga, de enfermidade, de sofrimento.
E que ganha proporções gigantescas quando acompanhado de força e coragem, que muitos poderiam chamar de teimosia.
Assim defino estas últimas semanas.
O hospital precisava da autorização do médico responsável pelo meu tratamento para alterar a dosagem, uma vez que a medicação estava em falta.
Eu passei muito mal depois da infusão de imunoglobulina, entre dores e desconfortos tive hemorragia uterina por 21 dias, entrei em estado de anemia e ainda ganhei 3 quilos por conta da retenção de líquido. Só eu, enviei 4 e-mails para o médico, fora os 3 que o hospital enviou.Deixei 3 recados com a secretária da clínica aonde ele atende e 2 mensagens por WhatsApp.
O médico, professor, doutor e o escambau estava muito ocupado, pois ele é muito requisitado e não respondeu nem para mim e muito menos para o hospital.
Diante do cenário de total falta de assistência perdi o sono, passei a madrugada pensando e resolvi me consultar com um neurologista indicado por meu cardiologista.
Foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado!
Sujeito sério, mas extremamente simpático e gentil.
Numa consulta que durou uma hora, na verdade era um encaixe ao meio dia, levei todos os exames e ele me deu uma aula completa de como funciona uma polineuropatia periférica. Existem diversos tipos, a minha é do tipo axonal crônica.Não importando o que a provocou o que eu perdi eu não recupero mais e por ser crônica e num grau muito avançado, é muito difícil que avance.
Ou seja, ligando lé com cré, o médico, professor, doutor e o escambau estava fazendo uma experiência comigo. Na medicina tentativas são válidas, mas tendo que levar em conta os riscos.E só agora descobri que os riscos, e consequentemente os custos, eram altos.
O que provavelmente o motivou a tomar o caminho da imunoterapia é que foram encontrados nos meus exames sinais discretos de uma gamopatia (nome bacana, né?), que é uma condição que pode favorecer o aparecimento de mieloma.Só que em outros exames não foram detectados sinais de mieloma.
A sugestão do novo neurologista é: qualidade de vida.
E só atacar o mieloma se, eventualmente, ele vier a aparecer. Aí sim, justificam-se os riscos elevados.
Saí de lá com a seguinte prescrição: fazer um controle anual, focar na nutrição, nos exercícios fisioterápicos e ser feliz!
Que era o que eu estava fazendo, e muito bem, antes de ir no médico, professor, doutor e o escambau.
A minha sensação hoje é de alívio.
Me sinto leve e tenho dormido maravilhosamente bem.
Agora é só aceitar que vou viver, e muito, caminhando sem sentir o chão abaixo dos meus pés!
Não pode ser tão ruim assim...
14.4.19
Alimentação low carb é cheia de sabores!
Hoje foi dia de churrasquinho com muitos legumes e é claro que eu não podia deixar de preparar uma babaganoush.
Não podia desperdiçar todo aquele carvão, ele estava perfeito para sapecar minhas berinjelas.Só precisei dourar as cebolas no ponto certo, para deixá-las adocicadas e perfumadas.
Ficou um arraso!!!
Tenho uma relação muito estreita, provavelmente ancestral, com alguns alimentos como berinjelas, maçãs e pães.
Sempre que trabalho com eles dá certo.
E também porque os violinos conversam comigo:
Hoje foi dia de churrasquinho com muitos legumes e é claro que eu não podia deixar de preparar uma babaganoush.
Não podia desperdiçar todo aquele carvão, ele estava perfeito para sapecar minhas berinjelas.Só precisei dourar as cebolas no ponto certo, para deixá-las adocicadas e perfumadas.
Ficou um arraso!!!
Tenho uma relação muito estreita, provavelmente ancestral, com alguns alimentos como berinjelas, maçãs e pães.
Sempre que trabalho com eles dá certo.
E também porque os violinos conversam comigo:
13.4.19
O que me motiva nesta vida são as viagens que eu ainda quero fazer.
O critério de escolha dos lugares não segue a lógica normal dos simples mortais.
Então eu havia decidido que queria conhecer a região dos lagos no Chile e tomar um whisky com gelo da geleira. Mas entre falar inglês ou espanhol, ou castelhano, sou mil vezes mais falar inglês. Tenho muita dificuldade com a língua espanhola e a francesa.Fora que custo benefício, prefiro atravessar o Atlântico.
Depois pensei em ir pra a antiga Bessarábia, terra dos meus antepassados maternos, hoje dividida entre Moldávia e Ucrânia.Iria especificamente para Chisinau, chamada pelos russos de Kishnev. Meus antepassados, os que sobraram, mudaram-se para Kiev ainda durante o Império Czarista, fugindo da perseguição imposta aos judeus:
"O censo de 1856 registrou a presença de 78 mil e 700 judeus, oito por cento do total da população da Bessarábia, que tinha cerca de 900 mil habitantes. O número de judeus foi crescendo em ritmo acelerado, notadamente na cidade de Kishinev onde, no início do século 20, viviam 50 mil judeus, correspondendo a 46 por cento do total. A primeira e grande tragédia dos judeus bessarabianos aconteceu no dia 16 de fevereiro de 1903, em Kishinev, onde havia uma florescente comunidade, com 110 mil almas.
Suas atividades sociais e culturais eram intensas e ali se contavam 16 escolas judaicas e um bom hospital, além da publicação de periódicos no idioma iídiche.
Naquele dia, um menino cristão foi encontrado assassinado a 12 quilômetros ao norte da cidade, às margens do rio Dniester. As autoridades locais afirmaram que o garoto tinha sido vítima de um ritual judaico destinado a extrair seu sangue para a fabricação de matzot (pães ázimos consumidos na festa do Pessach, a celebração do Êxodo). Os governantes sabiam que o menino havia sido morto por um parente, conforme este mesmo logo confessou.
No entanto, apegaram-se à mentira do ritual judaico, incitando e levando à histeria a população não-judaica da cidade, sobretudo por causa dos virulentos textos contidos em um jornal local de conhecida postura anti-semita, publicado em idioma russo. Começou, então, um pogrom (assassinato de judeus), que durou três dias, porque o ministro do interior, Viacheslav Plehve, nada fez para impedir a matança. As notícias referentes ao pogrom desencadearam protestos de governos ocidentais, porém a tragédia já estava consumada: 49 mortos, 500 feridos e 700 casas destruídas ou incendiadas.
Vladimir Korolenko (1853-1921), escritor e jornalista russo não-judeu, esteve em Kishinev dois meses depois do massacre, quando, conforme escreveu, "seus ecos ainda reverberavam". Seu relato é impressionante. Ele narra que percorreu as ruas da cidade e conversou com dezenas de judeus e não-judeus "pelo menos para entender o que havia acontecido".
Acentuou que não encontrou nenhum motivo para aquela explosão de bestialidade e indagou-se como era possível que pessoas em princípio decentes pudessem de súbito se transformar em verdadeiros animais selvagens.
Em seguida escreveu: "Desejo que os leitores possam refletir sobre o sentimento de horror que de mim se apossou durante minha permanência em Kishinev. Espero que a justiça encontre uma resposta, mas dificilmente isto vai acontecer".
Em 1905, quando ocorreu a primeira revolução russa, os pogroms se repetiram em toda a Bessarábia e, mais uma vez, uma das localidades mais visadas foi Kishinev. Desta vez, porém, embora os judeus tivessem organizado um sistema de defesa, 19 morreram e 56 ficaram feridos. Este segundo massacre deu origem ao célebre poema, Be-ir Ha-Haregá (A Cidade da Matança), escrito em hebraico pelo grande poeta Chaim Nachman Bialik, que assim termina: Por causa da sucessão de trágicas mortes e violências, milhares de judeus da Bessarábia emigraram para a antiga Palestina, Estados Unidos, Europa Ocidental e diferentes países da América do Sul.
Após a vitoriosa revolução russa de 1917, a Bessarábia foi incorporada ao domínio soviético. Os novos governantes aboliram muitas das restrições aplicadas aos judeus, porém sua tranqüilidade pouco durou. No ano seguinte, os bolcheviques perderam a Bessarábia para a Romênia, que a possuiu de 1918 a 1940." (Zevi Ghivelder)
Ao ler sobre a matança de judeus em Kishinev, desisti de visitar o lugar, bad Karma.
Quando vieram para o Brasil em 1917, mais uma vez fugindo de perseguições, afinal meu bisavó foi capitão da guarda do Czar, tanto minha bisavó como meu bisavó entraram como romenos e meu avó como russo.Ou seja, decidi riscar do mapa esses dois lugares.
Depois de tudo isto, acho que escolhi minha próxima parada: a Islândia, vou ver a aurora boreal.
O critério de escolha dos lugares não segue a lógica normal dos simples mortais.
Então eu havia decidido que queria conhecer a região dos lagos no Chile e tomar um whisky com gelo da geleira. Mas entre falar inglês ou espanhol, ou castelhano, sou mil vezes mais falar inglês. Tenho muita dificuldade com a língua espanhola e a francesa.Fora que custo benefício, prefiro atravessar o Atlântico.
Depois pensei em ir pra a antiga Bessarábia, terra dos meus antepassados maternos, hoje dividida entre Moldávia e Ucrânia.Iria especificamente para Chisinau, chamada pelos russos de Kishnev. Meus antepassados, os que sobraram, mudaram-se para Kiev ainda durante o Império Czarista, fugindo da perseguição imposta aos judeus:
"O censo de 1856 registrou a presença de 78 mil e 700 judeus, oito por cento do total da população da Bessarábia, que tinha cerca de 900 mil habitantes. O número de judeus foi crescendo em ritmo acelerado, notadamente na cidade de Kishinev onde, no início do século 20, viviam 50 mil judeus, correspondendo a 46 por cento do total. A primeira e grande tragédia dos judeus bessarabianos aconteceu no dia 16 de fevereiro de 1903, em Kishinev, onde havia uma florescente comunidade, com 110 mil almas.
Suas atividades sociais e culturais eram intensas e ali se contavam 16 escolas judaicas e um bom hospital, além da publicação de periódicos no idioma iídiche.
Naquele dia, um menino cristão foi encontrado assassinado a 12 quilômetros ao norte da cidade, às margens do rio Dniester. As autoridades locais afirmaram que o garoto tinha sido vítima de um ritual judaico destinado a extrair seu sangue para a fabricação de matzot (pães ázimos consumidos na festa do Pessach, a celebração do Êxodo). Os governantes sabiam que o menino havia sido morto por um parente, conforme este mesmo logo confessou.
No entanto, apegaram-se à mentira do ritual judaico, incitando e levando à histeria a população não-judaica da cidade, sobretudo por causa dos virulentos textos contidos em um jornal local de conhecida postura anti-semita, publicado em idioma russo. Começou, então, um pogrom (assassinato de judeus), que durou três dias, porque o ministro do interior, Viacheslav Plehve, nada fez para impedir a matança. As notícias referentes ao pogrom desencadearam protestos de governos ocidentais, porém a tragédia já estava consumada: 49 mortos, 500 feridos e 700 casas destruídas ou incendiadas.
Vladimir Korolenko (1853-1921), escritor e jornalista russo não-judeu, esteve em Kishinev dois meses depois do massacre, quando, conforme escreveu, "seus ecos ainda reverberavam". Seu relato é impressionante. Ele narra que percorreu as ruas da cidade e conversou com dezenas de judeus e não-judeus "pelo menos para entender o que havia acontecido".
Acentuou que não encontrou nenhum motivo para aquela explosão de bestialidade e indagou-se como era possível que pessoas em princípio decentes pudessem de súbito se transformar em verdadeiros animais selvagens.
Em seguida escreveu: "Desejo que os leitores possam refletir sobre o sentimento de horror que de mim se apossou durante minha permanência em Kishinev. Espero que a justiça encontre uma resposta, mas dificilmente isto vai acontecer".
Em 1905, quando ocorreu a primeira revolução russa, os pogroms se repetiram em toda a Bessarábia e, mais uma vez, uma das localidades mais visadas foi Kishinev. Desta vez, porém, embora os judeus tivessem organizado um sistema de defesa, 19 morreram e 56 ficaram feridos. Este segundo massacre deu origem ao célebre poema, Be-ir Ha-Haregá (A Cidade da Matança), escrito em hebraico pelo grande poeta Chaim Nachman Bialik, que assim termina: Por causa da sucessão de trágicas mortes e violências, milhares de judeus da Bessarábia emigraram para a antiga Palestina, Estados Unidos, Europa Ocidental e diferentes países da América do Sul.
Após a vitoriosa revolução russa de 1917, a Bessarábia foi incorporada ao domínio soviético. Os novos governantes aboliram muitas das restrições aplicadas aos judeus, porém sua tranqüilidade pouco durou. No ano seguinte, os bolcheviques perderam a Bessarábia para a Romênia, que a possuiu de 1918 a 1940." (Zevi Ghivelder)
Ao ler sobre a matança de judeus em Kishinev, desisti de visitar o lugar, bad Karma.
Quando vieram para o Brasil em 1917, mais uma vez fugindo de perseguições, afinal meu bisavó foi capitão da guarda do Czar, tanto minha bisavó como meu bisavó entraram como romenos e meu avó como russo.Ou seja, decidi riscar do mapa esses dois lugares.
Depois de tudo isto, acho que escolhi minha próxima parada: a Islândia, vou ver a aurora boreal.
12.4.19
Semaninha pesada...as dores diminuíram mas ainda incomodam um pouco. E para completar, no final da tarde de hoje, sexta feira, o hospital mandou mensagem pedindo os contatos do médico porque só conseguiram comprar metade da medicação para a próxima semana, porque a imunoglobulina humana está em falta em alguns laboratórios.
Querem saber se posso receber a metade da quantidade pedida, só para não interromper a sequência do tratamento (que não deve ser interrompido) ou se é melhor esperar chegar os outros 20 frascos, ainda sem previsão de entrega.
É sempre com emoção!
Por isso a gente relaxa escutando música:
Querem saber se posso receber a metade da quantidade pedida, só para não interromper a sequência do tratamento (que não deve ser interrompido) ou se é melhor esperar chegar os outros 20 frascos, ainda sem previsão de entrega.
É sempre com emoção!
Por isso a gente relaxa escutando música:
8.4.19
Há uns anos atrás eu diria que era impossível ficar satisfeita com uma salada!
E não é que hoje, sem cirurgia de redução, nem remédios milagrosos...e muita, mas muita, reeducação alimentar...consigo sentir-me plena com um saladão (alface, tomate seco, abobrinha grelhada, palmito e parmesão de boa qualidade) e para arrematar, meio abacate com limão e xilitol.
A verdade é que o processo da reeducação é longo e eu ainda estou no começo desta caminhada.
Nos dias de maior cansaço, ou dor, fica difícil dizer à sua consciência que só uma salada e uma fruta bastam para alimentar o seu corpo (a proteína eu comi no almoço e o carboidrato no final da tarde).
Desde que saí dos 5 dias de internação andei meio relapsa, talvez inconscientemente com dó de mim e me permitindo certos mimos alimentares dia sim e outros também.Ou talvez porque a comida do hospital é 85% composta de carboidratos.
Ontem cheguei até a tomar refrigerante, diet, que nem sei se é pior ainda do que o normal.Acho que isso foi a gota d'água, inadmissível para alguém que busca se alimentar da forma mais saudável possível.
Mas neste sábado completou dois anos que meu pai foi levado, sim, porque por vontade própria ele não teria nos deixado.E ontem, fez dois anos do seu enterro.
Talvez por isso eu tenha tomado refrigerante, que eu considero um tipo de suicídio a longo prazo.
Pronto, agora chega!
Simbora deixar os venenos de lado outra vez.
E não é que hoje, sem cirurgia de redução, nem remédios milagrosos...e muita, mas muita, reeducação alimentar...consigo sentir-me plena com um saladão (alface, tomate seco, abobrinha grelhada, palmito e parmesão de boa qualidade) e para arrematar, meio abacate com limão e xilitol.
A verdade é que o processo da reeducação é longo e eu ainda estou no começo desta caminhada.
Nos dias de maior cansaço, ou dor, fica difícil dizer à sua consciência que só uma salada e uma fruta bastam para alimentar o seu corpo (a proteína eu comi no almoço e o carboidrato no final da tarde).
Desde que saí dos 5 dias de internação andei meio relapsa, talvez inconscientemente com dó de mim e me permitindo certos mimos alimentares dia sim e outros também.Ou talvez porque a comida do hospital é 85% composta de carboidratos.
Ontem cheguei até a tomar refrigerante, diet, que nem sei se é pior ainda do que o normal.Acho que isso foi a gota d'água, inadmissível para alguém que busca se alimentar da forma mais saudável possível.
Mas neste sábado completou dois anos que meu pai foi levado, sim, porque por vontade própria ele não teria nos deixado.E ontem, fez dois anos do seu enterro.
Talvez por isso eu tenha tomado refrigerante, que eu considero um tipo de suicídio a longo prazo.
Pronto, agora chega!
Simbora deixar os venenos de lado outra vez.
7.4.19
Uma amiga da adolescência ligou dizendo que queria me ver e marcamos dela vir em casa hoje.
Ela ficou viúva há cinco anos e eu não conhecia seu namorado atual, com quem está há mais de dois anos.Eles queriam sair para almoçar para que eu não tivesse trabalho.
Imagina, esse é o tipo de trabalho que eu gosto! Optamos por um churrasco, que é comum no interior.Eu preparei 3 tipos de salada e uma farofa com bacon e ovos.Ou seja, fiz quase nada.
Foi um dia delicioso, eles saíram agora aqui de casa.Seu namorado é muito legal e a faz realmente feliz e trata as filhas dela como se fossem dele.Quando seu marido morreu as meninas tinham 6 e 7 anos de idade.Sim, o mundo pode ser mesmo cruel.
Mas a vida dá voltas e hoje ela está extremamente feliz.
Em meio a tantas alegrias, eu não reclamo para não ser chata, mas faz uns dias que tenho tido umas dores chatinhas na base da coluna. A princípio achei que fossem os rins, depois me lembrei que o médico disse que talvez eu sentisse algumas dores, e é uma dor que vai e volta, não é constante e nem tão aguda assim.
Durante o almoço, fui me virar e fiz uma careta de dor.Essa minha amiga me perguntou o que estava doendo e eu levei a mão ao quadril, na linha da cintura, próximo à coluna.Foi quando ela me tranquilizou: sua mãe teve leucemia e fez infusão de imunoglobulina. Me contou que as dores são normais, que é uma reação até esperada, pois é o sinal que a medula está produzindo novos anticorpos.
Ou seja, fiquei feliz com as minhas visitas e com as minhas novas dores!!!
Células: continuem trabalhando, ok?
E deixo aqui uma música para elas trabalharem mais felizes:
Ela ficou viúva há cinco anos e eu não conhecia seu namorado atual, com quem está há mais de dois anos.Eles queriam sair para almoçar para que eu não tivesse trabalho.
Imagina, esse é o tipo de trabalho que eu gosto! Optamos por um churrasco, que é comum no interior.Eu preparei 3 tipos de salada e uma farofa com bacon e ovos.Ou seja, fiz quase nada.
Foi um dia delicioso, eles saíram agora aqui de casa.Seu namorado é muito legal e a faz realmente feliz e trata as filhas dela como se fossem dele.Quando seu marido morreu as meninas tinham 6 e 7 anos de idade.Sim, o mundo pode ser mesmo cruel.
Mas a vida dá voltas e hoje ela está extremamente feliz.
Em meio a tantas alegrias, eu não reclamo para não ser chata, mas faz uns dias que tenho tido umas dores chatinhas na base da coluna. A princípio achei que fossem os rins, depois me lembrei que o médico disse que talvez eu sentisse algumas dores, e é uma dor que vai e volta, não é constante e nem tão aguda assim.
Durante o almoço, fui me virar e fiz uma careta de dor.Essa minha amiga me perguntou o que estava doendo e eu levei a mão ao quadril, na linha da cintura, próximo à coluna.Foi quando ela me tranquilizou: sua mãe teve leucemia e fez infusão de imunoglobulina. Me contou que as dores são normais, que é uma reação até esperada, pois é o sinal que a medula está produzindo novos anticorpos.
Ou seja, fiquei feliz com as minhas visitas e com as minhas novas dores!!!
Células: continuem trabalhando, ok?
E deixo aqui uma música para elas trabalharem mais felizes:
4.4.19
Estressei logo cedo porque uma das minhas gatas não apareceu em casa desde ontem à noite.
Quando voltei do escritório ela veio miando feito uma desesperada e faminta.Comeu um montão e depois tomou um tanto de água e agora está dormindo.
Desconfio que alguém deva ter tentado prendê-la porque ela não apresenta nem um arranhão.
E ela estava bem assustada...
A pessoa que faz isso não pensa que ela tem uma casa.
Aí só mesmo um pouco de flores para desestressar:
E logo mais vou preparar uma torta de espinafre com bacon para relaxar!!!
Ah...e eu pintei as unhas de rosa cintilante porque essa cor me remete às cerejeiras...
Quando voltei do escritório ela veio miando feito uma desesperada e faminta.Comeu um montão e depois tomou um tanto de água e agora está dormindo.
Desconfio que alguém deva ter tentado prendê-la porque ela não apresenta nem um arranhão.
E ela estava bem assustada...
A pessoa que faz isso não pensa que ela tem uma casa.
Aí só mesmo um pouco de flores para desestressar:
E logo mais vou preparar uma torta de espinafre com bacon para relaxar!!!
Ah...e eu pintei as unhas de rosa cintilante porque essa cor me remete às cerejeiras...
3.4.19
Não sei se é efeito da infusão, da idade ou sei lá do quê, mas agora que retornei ao trabalho tenho chegado muito cansada em casa.
Aí me dou uma pausa, às vezes até cochilo e depois vou para cozinha aonde relaxo preparando o jantar.
Para muitas pessoas cozinhar é um fardo, mas é justamente na cozinha que eu consigo me livrar da tensão do dia a dia, porque vou contar uma coisa: ser mulher, e principalmente numa posição de comando, e trabalhando com aproximadamente 15 homens, não é fácil não.
É inegável que homens e mulheres pensem, ou raciocinem de forma diferente, é fisiológico, e aí em determinadas horas você tem que pensar como eles pensariam.
Acho que é este exercício mental, para conseguir ser compreendida, integralmente, que cansa.
Mas não acho ruim não.Foram anos de prática para chegar aonde estou e é gostoso ver o respeito que as pessoas que tem por você.
Eles escutam o que eu digo, mesmo que não entendam direito, porque a lógica (masculina) deles não compreende.
Mas eu sou uma pessoa, de verdade, que tem paciência para explicar, pausadamente, umas 3 ou 4 vezes.
Mas enfim, espero que esse cansaço de final de tarde passe...ou se não passar, que eu me acostume com ele!
Aí me dou uma pausa, às vezes até cochilo e depois vou para cozinha aonde relaxo preparando o jantar.
Para muitas pessoas cozinhar é um fardo, mas é justamente na cozinha que eu consigo me livrar da tensão do dia a dia, porque vou contar uma coisa: ser mulher, e principalmente numa posição de comando, e trabalhando com aproximadamente 15 homens, não é fácil não.
É inegável que homens e mulheres pensem, ou raciocinem de forma diferente, é fisiológico, e aí em determinadas horas você tem que pensar como eles pensariam.
Acho que é este exercício mental, para conseguir ser compreendida, integralmente, que cansa.
Mas não acho ruim não.Foram anos de prática para chegar aonde estou e é gostoso ver o respeito que as pessoas que tem por você.
Eles escutam o que eu digo, mesmo que não entendam direito, porque a lógica (masculina) deles não compreende.
Mas eu sou uma pessoa, de verdade, que tem paciência para explicar, pausadamente, umas 3 ou 4 vezes.
Mas enfim, espero que esse cansaço de final de tarde passe...ou se não passar, que eu me acostume com ele!
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