Quantas vezes já vimos, inclusive à nós mesmo, perdidamente apaixonados. E então, acabou! Principalmente quando somos jovens nos apaixonamos quase que à toa. O tempo vai passando e sobram dois tipos de pessoas, as que acreditam no amor eterno e aquelas que não acreditam em amor algum.E isso me faz pensar em Eros e na tal da atração universal que permeia a vida de todos os seres.
Sempre fui um pessoa apaixonada e hoje questiono o que é paixão. Fatalmente algo pernicioso.Quando mais nova, acreditava no amor eterno e hoje luto contra a idéia do nenhum amor. O que, então, ocupa o lado esquerdo do peito das pessoas? É a carência, é a saudade, é o desejo ou é mesmo o amor? Quão fundo na alma vai o sentimento que costuma unir as pessoas?
Bandeira escreveu algo à respeito:
"Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo,
porque corpos se entendem; as almas, nem sempre"
Daí que o que marca o fim de um envolvimento amoroso? A falta de entendimento dos corpos ou das almas? Ou simplesmente a força das circunstâncias?
E o que morre, é o amor ou aquela parte da alma que o anima?
Na última reunião do pessoal do cinema, que hoje já quase uma cooperativa, escutei de um colega que meu texto é definitivamente o mais romântico. Que sou uma pessoa extremamente apaixonada e algumas vezes bem ácida (ou crítica) também.Recebi isso como um elogio!
No começo da semana enviei-lhe o último roteiro finalizado.Ele respondeu dizendo que adorou o texto e que surpreendeu-se com o rumo que a trama tomou.Acho que é porque não fui assim tão romântica como também não pendi para a total falta de romantismo.Acho que coloquei é os dois pés bem fincados no chão.Só não sei até quando...
Mesmo assim, apesar de todos os pesares, das dores e das alegrias, prefiro não compreender o amor como absoluto e sim como relativo.
E eu continuo amando muito...