Hoje acordei pensando em Drummond e nas Sem-razões do Amor.
Acordei com um "Eu te amo porque te amo" latejando na cabeça.Enquanto tomava banho a poesia ia se desenrolando:
"Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários."
Tentei fugir de tais pensamentos e me concentrar única e exclusivamente no trabalho, mas lá vinha Drummond outra vez:
"Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo."
Até que em dado momento do dia me lembrei do final:
"Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,(...)"
Parei por aí.
Agora à noite, volto a me deparar com o poeta na net e lá estava escrito:
"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade".
Carlos Drummond de Andrade
E ele continua assim:
"Concordo com você,e é por isto que eu me arrisco tanto.
TE AMO...TE AMO...TE AMO...TE AMO...TE AMO...!!!!!!!!!!"
Chega...depois dessa eu vou dormir e quem sabe acordar amanhã com Neruda, Vinicius ou Pessoa.
27.12.11
26.12.11
Já comecei a contagem para o novo ano.Entre meus pensamentos está o filme do ano que passou, assim como dos anteriores. A retrospectiva é inevitável. Mas ouso dizer que acredito que melhores dias virão. Saio fortalecida de um ano que demorou para terminar. Na verdade os ventos viraram em junho do ano passado e me colocaram dentro da tormenta.Foram meses intermináveis sem poder soltar o leme.Por sorte tive um mês de férias para respirar e pensar melhor.Mas assim que retornei ao barco as águas se agitaram outra vez. Sinto que os céu está clareando.E isto é motivo suficiente para comemorar a chegada de 2012 com muita festa!!!
24.12.11
23.12.11
Preciso de uns minutos de paz para reorganizar todas as minhas emoções. Fomos ao abrigo hoje cedo.Desta vez só eu e o cara metade.Alguns estavam viajando, outros não podiam e alguns preferiram não ir.
Mal o portão se abriu começou a escapar criança para todo lado.Uma menina de 8 anos que está há pouco tempo no abrigo correu para a rua.Foi um tal de cercá-la daqui e dali e ela achando que estávamos brincando.Ufa...a brincadeira durou pouco e logo ela entrou.Enquanto organizávamos os pacotes de um lado da varanda, as crianças iam aparecendo e pedindo colo.Éramos somente quatro braços para tantos pedidos.Todas queriam um abraço, um colo, um afago.Me lembrem da próxima vez de levar mais colos.Eles fizeram falta.
As crianças fizeram uma farra.Os que já sabem ler pegaram seus pacotes e depois distribuíram o restante para os menores.Não tivemos trabalho algum na distribuição, contamos com muitos ajudantes.Depois veio a parte de tirar os brinquedos das caixas.Não sei porquê tantas travas e amarras.Alguns só com tesoura e longe dos bracinhos mais afoitos.Foram bons minutos de muita bagunça e algazarra.Depois de muito brincarem as crianças foram guardar os brinquedos e sapatos novos nos quartos.Cada qual tem sua cama e um espaço no armário.Uns deixam os brinquedos embaixo da cama e outros no armário.
Aproveitei essa hora para vir embora.Quando elas estão lá fora é sempre um drama para sairmos.E só para variar, fechei o portão, entrei no carro e desatei a chorar.O cara metade tentava me consolar, mas eu não estava triste, estava emocionada.Agora é só me deixar um pouco quieta, no meu canto, que logo me reestruturo, afinal a felicidade de ver aqueles olhinhos brilhando é tanta que não me cabe no peito.Uma excelente véspera de Natal para todos vocês!
Mal o portão se abriu começou a escapar criança para todo lado.Uma menina de 8 anos que está há pouco tempo no abrigo correu para a rua.Foi um tal de cercá-la daqui e dali e ela achando que estávamos brincando.Ufa...a brincadeira durou pouco e logo ela entrou.Enquanto organizávamos os pacotes de um lado da varanda, as crianças iam aparecendo e pedindo colo.Éramos somente quatro braços para tantos pedidos.Todas queriam um abraço, um colo, um afago.Me lembrem da próxima vez de levar mais colos.Eles fizeram falta.
As crianças fizeram uma farra.Os que já sabem ler pegaram seus pacotes e depois distribuíram o restante para os menores.Não tivemos trabalho algum na distribuição, contamos com muitos ajudantes.Depois veio a parte de tirar os brinquedos das caixas.Não sei porquê tantas travas e amarras.Alguns só com tesoura e longe dos bracinhos mais afoitos.Foram bons minutos de muita bagunça e algazarra.Depois de muito brincarem as crianças foram guardar os brinquedos e sapatos novos nos quartos.Cada qual tem sua cama e um espaço no armário.Uns deixam os brinquedos embaixo da cama e outros no armário.
Aproveitei essa hora para vir embora.Quando elas estão lá fora é sempre um drama para sairmos.E só para variar, fechei o portão, entrei no carro e desatei a chorar.O cara metade tentava me consolar, mas eu não estava triste, estava emocionada.Agora é só me deixar um pouco quieta, no meu canto, que logo me reestruturo, afinal a felicidade de ver aqueles olhinhos brilhando é tanta que não me cabe no peito.Uma excelente véspera de Natal para todos vocês!
22.12.11
Há alguns o meu Natal é diferente.É claro que continuo preservando o espírito dele, mas de uma maneira um pouco diferente.Prefiro o sorriso de uma criança que não vai ganhar outro presente além do meu (que na verdade é nosso) nesta data tão festejada (ou tão comercial) do que a cara amarela de um parente ao receber algo que na verdade não era bem aquilo que desejava, porque afinal "aquilo que desejava" custa o equivalente à pelo menos, cinco brinquedos infantis.E o importante é a confraternização, não?
Nos últimos anos mobilizo quem queira me ajudar, arrecadamos uma certa quantia em dinheiro e doações, compramos o que é possível, e depois levamos no abrigo.Hoje tirei o dia para as últimas compras, porque por mais que tudo seja planejado, sempre chega uma criança de última hora.
E na verdade essa coisa de compras também não é minha praia, pois considero que não seja bem a idéia da data, mas por total falta de tempo para me dedicar mais ao real sentimento de fraternidade acabo apelando para a indústria de brinquedos.E a alegria daquelas crianças não tem preço! Amanhã eu conto como foi.
19.12.11
18.12.11
Cena 1 - Sábado - 12:30AM - Porta de entrada da casa
Marido chega em casa depois de dez dias fora e ao abrir a porta de entrada encontra a estante, vazia, do outro lado da parede e todos os livros empilhados no sofá e na mesa de jantar, dividindo espaço com caixas de brinquedos novos e sapatos de todas as cores e tamanhos.
(É impressionante como em algumas situações não é preciso uma única linha de diálogo.)
Mas ele ainda arriscou:
- O que foi dessa vez?
- Não sei se foi a tal da bomba ou o cano, ou ambos.
Marido dá mais uma olhada pela bagunça da sala.
- Ah...esses são os brinquedos das crianças do abrigo?
- Hã...hã...
Marido coloca a mão na parede que dá acesso ao corredor.
- E essa água, vem de onde?
- Não faço idéia.
- Mas tá dando prá tomar banho?
- Ô...e maravilhosamente bem!!!
- Então vou tomar um banho e segunda feira eu resolvo isso.
- Por mim tudo bem, tô super zen.
- Eu também.
Marido entra pelo corredor escuro e vai desaparecendo de cena.
Com o passar dos anos aprendi a não reclamar dos problemas, porque em alguns casos eles podem piorar:
Marido chega em casa depois de dez dias fora e ao abrir a porta de entrada encontra a estante, vazia, do outro lado da parede e todos os livros empilhados no sofá e na mesa de jantar, dividindo espaço com caixas de brinquedos novos e sapatos de todas as cores e tamanhos.
(É impressionante como em algumas situações não é preciso uma única linha de diálogo.)
Mas ele ainda arriscou:
- O que foi dessa vez?
- Não sei se foi a tal da bomba ou o cano, ou ambos.
Marido dá mais uma olhada pela bagunça da sala.
- Ah...esses são os brinquedos das crianças do abrigo?
- Hã...hã...
Marido coloca a mão na parede que dá acesso ao corredor.
- E essa água, vem de onde?
- Não faço idéia.
- Mas tá dando prá tomar banho?
- Ô...e maravilhosamente bem!!!
- Então vou tomar um banho e segunda feira eu resolvo isso.
- Por mim tudo bem, tô super zen.
- Eu também.
Marido entra pelo corredor escuro e vai desaparecendo de cena.
Com o passar dos anos aprendi a não reclamar dos problemas, porque em alguns casos eles podem piorar:
17.12.11
Aonde foi parar a sua boa educação, Maria Helena?
Tirem as crianças da sala que agora vamos fala de sexo.E a conversa não vai ser nada fácil...
E quem puxou a conversa foi o Antônio Eça de Queiroz.Depois passem no "Escrever é Triste" para ver o que eles andam aprontando por lá.
E quem puxou a conversa foi o Antônio Eça de Queiroz.Depois passem no "Escrever é Triste" para ver o que eles andam aprontando por lá.
15.12.11
Sei que muitos dos meus leitores são absolutamente céticos.Gaia? O que ou Quem é Gaia? Mas ainda existe quem pense como eu.Também não penso integralmente como Leonardo Boff, mas presto atenção em algumas coisas que ele escreve.
É possível alimentar 7 bilhões de pessoas?
"Já somos 7 bilhões de habitantes. Haverá alimentos suficientes para todos? Há várias respostas. Escolhemos uma do grupo Agrimonde (veja Développement et civilizations, setembro 2011), de base francesa, que estudou a situação alimentar de seis regiões críticas do planeta. O grupo de cientistas é otimista, mesmo para quando seremos 9 bilhões de habitantes em 2050, propõe o aprofundamento da conhecida revolução verde dos anos 60 do século passado e a assim chamada dupla revolução verde.
Um dos caminhos para salvar o planeta é instalar a Dupla Revolução Verde
A revolução verde teve o mérito de refutar a tese de Malthus, segundo o qual ocorreria um descompasso entre o crescimento populacional, de proporções geométricas e o crescimento alimentar de proporções aritméticas, produzindo um colapso na humanidade. Comprovou que com as novas tecnologias e uma melhor utilização das áreas agricultáveis e maciça aplicação de tóxicos, antes destinados à guerra e agora à agricultura, se podia produzir muito mais do que a população demandava.
Tal previsão se mostrou acertada pois houve um salto significativo na oferta de alimentos. Mas por causa da falta de equidade do sistema neoliberal e capitalista, milhões e milhões continuam em situação de fome crônica e na miséria. Vale observar que esse crescimento alimentar cobrou um custo ecológico extremamente alto: envenenaram-se os solos, contaminaram-se as águas, empobreceu-se a biodiversidade além de provocar erosão e desertificação em muitas regiões do mundo, especialmente na África.
Tudo se agravou quando os alimentos se tornaram mercadoria como outra qualquer e não como meios de vida que, por sua natureza, jamais deveriam estar sujeitos à especulação dos mercados. A mesa está posta com suficiente comida para todos; mas, os pobres não têm acesso a ela pela falta de recursos monetários. Continuaram famintos e em número crescente.
O sistema neoliberal imperante aposta ainda neste modelo, pois não precisa mudar de lógica, tolerando conviver, cinicamente, com milhões de famintos, considerados irrelevantes para a acumulação sem limites.
Esta solução é míope senão falsa, além de ser cruel e sem piedade. Os que ainda a defendem não tomam a sério o fato de que a Terra está, inegavelmente, à deriva e que o aquecimento global produz grande erosão de solos, destruição de safras e milhões de emigrados climáticos. Para eles, a Terra não passa de mero meio de produção e não a Casa Comum, Gaia, que deve ser cuidada.
Na verdade, quem entende de alimentos são os agricultores. Eles produzem 70% de tudo o que a humanidade consome. Por isso, devem ser ouvidos e inseridos em qualquer solução que se tomar pelo poder público, pelas corporações e pela sociedade; pois, se trata da sobrevivência de todos.
Dada superpopulação humana, cada pedaço de solo deve ser aproveitado mas dentro do alcance e dos limites de seu ecossistema; devem-se utilizar ou reciclar, economizar ao máximo energia, desenvolvendo as alternativas, favorecer a agricultura familiar, as pequenas e médias cooperativas. Por fim, tender a uma democracia alimentar na qual produtores e consumidores tomam consciência das respectivas responsabilidades, com conhecimentos e informações acerca da real situação da suportabilidade do planeta, consumindo de forma diferente, solidária, frugal e sem desperdício.
Tomando em conta tais dados, a Agrimonde propõe uma dupla revolução verde no seguinte sentido: aceita prolongar a primeira revolução verde com suas contradições ecológicas mas simultaneamente propõe uma segunda tentativa. Esta supõe que os consumidores incorporem hábitos cotidianos diferentes dos atuais, mais conscientes dos impactos ambientais e abertos à solidariedade internacional para que o alimento seja de fato um direito acessível a todos.
Sendo otimistas, podemos dizer que esta última proposta é razoavelmente sustentável. Está sendo implementada, seminalmente, em todas as partes do mundo, através da agricultura orgânica, familiar, de pequenas e médias empresas, pela agroecologia, pelas ecovilas e outras formas mais respeitadoras da natureza. Ela é viável e talvez tenha que ser o caminho obrigatório para a humanidade futura."
Leonardo Boff
(Fonte: correriodobrasil.com.br)
É possível alimentar 7 bilhões de pessoas?
"Já somos 7 bilhões de habitantes. Haverá alimentos suficientes para todos? Há várias respostas. Escolhemos uma do grupo Agrimonde (veja Développement et civilizations, setembro 2011), de base francesa, que estudou a situação alimentar de seis regiões críticas do planeta. O grupo de cientistas é otimista, mesmo para quando seremos 9 bilhões de habitantes em 2050, propõe o aprofundamento da conhecida revolução verde dos anos 60 do século passado e a assim chamada dupla revolução verde.
Um dos caminhos para salvar o planeta é instalar a Dupla Revolução Verde
A revolução verde teve o mérito de refutar a tese de Malthus, segundo o qual ocorreria um descompasso entre o crescimento populacional, de proporções geométricas e o crescimento alimentar de proporções aritméticas, produzindo um colapso na humanidade. Comprovou que com as novas tecnologias e uma melhor utilização das áreas agricultáveis e maciça aplicação de tóxicos, antes destinados à guerra e agora à agricultura, se podia produzir muito mais do que a população demandava.
Tal previsão se mostrou acertada pois houve um salto significativo na oferta de alimentos. Mas por causa da falta de equidade do sistema neoliberal e capitalista, milhões e milhões continuam em situação de fome crônica e na miséria. Vale observar que esse crescimento alimentar cobrou um custo ecológico extremamente alto: envenenaram-se os solos, contaminaram-se as águas, empobreceu-se a biodiversidade além de provocar erosão e desertificação em muitas regiões do mundo, especialmente na África.
Tudo se agravou quando os alimentos se tornaram mercadoria como outra qualquer e não como meios de vida que, por sua natureza, jamais deveriam estar sujeitos à especulação dos mercados. A mesa está posta com suficiente comida para todos; mas, os pobres não têm acesso a ela pela falta de recursos monetários. Continuaram famintos e em número crescente.
O sistema neoliberal imperante aposta ainda neste modelo, pois não precisa mudar de lógica, tolerando conviver, cinicamente, com milhões de famintos, considerados irrelevantes para a acumulação sem limites.
Esta solução é míope senão falsa, além de ser cruel e sem piedade. Os que ainda a defendem não tomam a sério o fato de que a Terra está, inegavelmente, à deriva e que o aquecimento global produz grande erosão de solos, destruição de safras e milhões de emigrados climáticos. Para eles, a Terra não passa de mero meio de produção e não a Casa Comum, Gaia, que deve ser cuidada.
Na verdade, quem entende de alimentos são os agricultores. Eles produzem 70% de tudo o que a humanidade consome. Por isso, devem ser ouvidos e inseridos em qualquer solução que se tomar pelo poder público, pelas corporações e pela sociedade; pois, se trata da sobrevivência de todos.
Dada superpopulação humana, cada pedaço de solo deve ser aproveitado mas dentro do alcance e dos limites de seu ecossistema; devem-se utilizar ou reciclar, economizar ao máximo energia, desenvolvendo as alternativas, favorecer a agricultura familiar, as pequenas e médias cooperativas. Por fim, tender a uma democracia alimentar na qual produtores e consumidores tomam consciência das respectivas responsabilidades, com conhecimentos e informações acerca da real situação da suportabilidade do planeta, consumindo de forma diferente, solidária, frugal e sem desperdício.
Tomando em conta tais dados, a Agrimonde propõe uma dupla revolução verde no seguinte sentido: aceita prolongar a primeira revolução verde com suas contradições ecológicas mas simultaneamente propõe uma segunda tentativa. Esta supõe que os consumidores incorporem hábitos cotidianos diferentes dos atuais, mais conscientes dos impactos ambientais e abertos à solidariedade internacional para que o alimento seja de fato um direito acessível a todos.
Sendo otimistas, podemos dizer que esta última proposta é razoavelmente sustentável. Está sendo implementada, seminalmente, em todas as partes do mundo, através da agricultura orgânica, familiar, de pequenas e médias empresas, pela agroecologia, pelas ecovilas e outras formas mais respeitadoras da natureza. Ela é viável e talvez tenha que ser o caminho obrigatório para a humanidade futura."
Leonardo Boff
(Fonte: correriodobrasil.com.br)
14.12.11
Os médicos avisam: é preciso ter uma alimentação equilibrada e beber muita água, principalmente nos dias mais quentes. Conforme a idade vai avançando mais cuidados temos de ter e me parece que mais descuidados ficamos.
No finalzinho da tarde de ontem minha mãe telefona dizendo que meu pai não estava bem.A pressão abaixou, ele teve uma crise de taquicardia e sudorese.Claro...do jeito que ele anda se cuidando.Ele acorda e toma café, umas torradinhas e géleia.PULA o almoço, às vezes come uma fruta, ou um café com leite, no final da tarde e à noite toma uma sopa ou faz uma refeição leve. Agua ele simplesmente esquece de tomar.Longas horas sem comer muito provavelmente vão resultar numa crise hipoglicêmica.Quando estamos lá, ele come que é uma beleza, mas basta virarmos as costas que ele se descuida.Ainda por cima, é teimoso.Eu fico doida com isso.
13.12.11
Eu andava meio farta do disco que tocava no carro....também teve gente que ficou de me gravar um Cd (e fiquei esperando), o que importa é que cansei e resolvi tirar do baú alguns discos. A versão da música do video abaixo é do Cd duplo que escutei hoje na estrada, 200km só de Djavan:
E sozinha eu canto:
Acho bonito amor assim!
Ah...esta última não tem no disco, mas encontrei no youtube e gostei dessa roupa, ficou bem bonitinha:
12.12.11
O calor era de 40 graus, os funcionários do transporte público decidiram fazer greve no meio da manhã e depois desfizeram-na no começo da tarde.Voltaram para as ruas todos os ônibus, aparentemente de uma só vez, além dos carros que lá já estavam.O trânsito no centro da cidade parou.E com tudo isto eu queria mesmo é chegar logo em casa para saber o veredito da veterinária.Pelo aspecto eu sabia que aquilo não era coisa boa e ao final da consulta minha cachorra foi diagnosticada com câncer de mama.
Ô doença maldita, tanto em pessoas como em animais.
E é claro que nosso subconsciente faz ligações no campo afetivo.Foi assim que perdi minha tia materna, uma das pessoas que mais amei nessa vida, minha segunda mãe.Até hoje sofro com a falta que ela me faz, principalmente em datas festivas, ela adorava a época do Natal.Foi por ela e depois pela lembrança dela que passei a fazer o arroz de amêndoas todos os anos.
Ela nos deixou nem duas semanas antes do aniversário de 6 anos do meu filho.Eu quis cancelar a festa que faríamos, mas meus primos não deixaram, porque já no hospital ela os fez prometer que não me deixariam cancelar.
E no dia do aniversário, meu filho, logo cedo, me perguntou:
- Mãe, será que se eu pedir para o papai do céu, ele deixa a Vó 3 (era assim que ele a chamava) vir no meu aniversário e depois voltar ?
Nessa hora eu desabei.Eu queria dizer tanta coisa, mas tudo o que eu dissesse seria muito prejudicial à qualquer crença que meu filho estivesse construindo.
Até hoje não vejo muita justiça nisso e toda a teoria sobre sermos seres finitos de carne mas não de espírito não me ameniza a falta dela.
11.12.11
O Sol veio e ficou o dia todo.É bom para amenizar a visão do branco pálido.Deixei a preguiça de lado e fui prá fora, respirar ar puro e desfrutar da natureza.E caminhar um pouco faz bem para os músculos e não mata. Eu sei que reclamo um demais do sol forte e do calor intenso, mas é que detesto trabalhar dentro dessas condições meteorológicas.Confesso que quando é para ficar em contato direto com ele, sem pensar em nada, eu adoro aquela energia toda!
PS. E ele retribui com um bronzeado rosa pink maravilha, apesar do bloqueador f.p.s 30.
PS. E ele retribui com um bronzeado rosa pink maravilha, apesar do bloqueador f.p.s 30.
10.12.11
Esse verão está prá lá de esquisito.Chuva logo de manhã e após uma noite intensa de raios e trovões é novidade.Estava acostumada com as chuvas tropicais de final de tarde.E tudo isso me lembrou uma música da Enya:
Que me lembra outra, que me leva ao final de uma terceira, Amarantine, aonde ela canta:
You know when love's shining in your eyes
it may be the stars fallen from above.
And you know love is with you when you rise,
for night and day belong to love.
com ou sem chuva, certo?
8.12.11
Para Luma:
O Arroz de Amêndoas não tem segredo.
No dia anterior eu descasco as amêndoas colocando-as por alguns segundos em água fervente.Assim a casca sai facilmente, sem traumas.Parto-as ao meio e deixo-as bonitinhas lá na geladeira até quase a hora de servir, que é quando passo-as na manteiga, de boa qualidade e adiciono ao arroz. Aí existe a pegadinha: faça a operação em fogo baixo e mexendo sempre, porque as amêndoas ficarão murchas se mal torradas e também torram demais muito facilmente.O ponto é quando estiverem morenas,num tom levemente marrom, por inteiro.Apaguem o fogo e tirem a panela da boca do fogão para interromper o processo, senão elas passam do ponto.
Para o arroz é preciso caldo feito com frango e de peito de frango desfiado.Cozinho o peito de frango, previamente temperado com sal e vinagre, na pressão com salsão, cheiro verde, cebola e cenoura. Faço o arroz com este caldo e reservo.
Numa panela antiaderente passo o frango desfiado na manteiga com sal e em seguida misturo ao arroz já soltinho.Um pouco antes de servir é que eu douro as amêndoas na manteiga e acrescento ao prato, misturando levemente.Sim, é um prato com manteiga à la Julia Child.
Para o arroz é preciso caldo feito com frango e de peito de frango desfiado.Cozinho o peito de frango, previamente temperado com sal e vinagre, na pressão com salsão, cheiro verde, cebola e cenoura. Faço o arroz com este caldo e reservo.
Numa panela antiaderente passo o frango desfiado na manteiga com sal e em seguida misturo ao arroz já soltinho.Um pouco antes de servir é que eu douro as amêndoas na manteiga e acrescento ao prato, misturando levemente.Sim, é um prato com manteiga à la Julia Child.
Quando meus hormônios andam meio ensandecidos eu me sinto emocionalmente mais frágil, vulnerável, ou talvez mais romântica, embora eu não tenha certeza do que isso significa.Some à isso cara metade viajando.Por conta da bagunça hormonal não terei condições de ir ao almoço de fim de ano do grupo de cinema.Tô rolando de cólicas e até agora a medicação não fez efeito.E olha que não sou de faltar a compromissos por um mal estar qualquer, a coisa tem que estar brava mesmo.O jeito é me conformar e ficar navegando pela net.E foi nessa que descobri um lindo bilhete escrito em papel de pão, um tantinho piegas, mas hoje estou me permitindo essas coisinhas:E no caso eu queria pipoca doce feita em casa, cafuné, um bourbon e Pinetop Perkins:
7.12.11
Achei tão bonitinho:
Saudade é tudo aquilo que os olhos viram e o coração não esqueceu.
Sei bem como é porque sou péssima em esquecer.E em toda e qualquer situação.Tenho uma memória de elefante, além de fotográfica.E tem algumas memórias que ficam martelando na minha cabeça por um longo período. As minhas associações, tanto livres quanto condicionadas, são terríveis. E lá vem meu cérebro trazendo tudo à tona outra vez.
Dizem que com o passar do tempo nossa memória vai ficando mais negligente.Mas aqui não, parece que ela fica cada dia mais ativa.Ou então é o coração.
5.12.11
Saldo do final de semana ou como fazer uma festa inesquecível: um alto astral bárbaro como consequência da convivência com gente muito do bem.Um ego super inflado depois que comeram todo o arroz de amêndoas que eu preparei.Tá certo que também comeram todo o creme de milho da minha mãe.Uma amiga trouxe bem-casados e estes também acabaram rapidinho.Na mesma velocidade que as garrafas de bebida.Fazia muito calor, as crianças foram no refrigerante, os homens na cerveja e as mulheres no Prosecco. Acordei bem, mas com a sensação de que podia ter ficado em somente duas taças.Uma amiga da minha mãe trouxe um salpicão divino que só depois, entre um bate papo e um cafézinho, descobri como é fácil de preparar:
Leva a mesma quantidade de maçã e abacaxi, que você descasca, pica em cubinhos pequenos e deixa escorrendo numa peneira.Enquanto isso pica salsão também em fatias bem fininhas e coloca na geladeira.Depois de bem escorridas as frutas junta o salsão, coloca maionese e creme de leite fresco.No final acrescenta um pouco de nozes picadas.Se precisar, corrige o sal.Aqui em casa comemos com menos sal então eu nem adiciono.
Tudo isto acompanhado por três "Chesters" da Perdigão.Que estavam divinos. Mas acho que a forma de servir interfere.Minha mãe assou os três, depois os cortou em pedaços e voltou ao forno até quase na hora de servir. Se eles tivessem sido colocados inteiros na mesa eu acredito que não teriam sido totalmente consumidos.Foi o melhor aniversário e pré natal dos últimos anos.Tínhamos além dos 35 adultos, 10 crianças.E juro que quase não percebíamos a presença delas que brincaram e rolaram pelo quintal.Subiram nas árvores, deitaram no chão com os cachorros, correram descalços na grama, fizeram fogueira de palito de fósforo e bolinhas de papel crepom molhado (dos bem-casados) e tudo mais que crianças devem fazer.
E o almoço deles saiu antes do nosso.Era macarrão parafuso ao sugo com chicken popcorn também da Perdigão.Os mais politicamente corretos que me perdoem, mas na hora da fome e da correria, afinal eles não podiam perder tempo comendo, essa é uma excelente opção.Coloca no forno por 15 minutos e está pronto.Não sou de fazer propaganda desse ou daquele produto ou marca, mas fiquei bem satisfeita com a qualidade da Perdigão.
3.12.11
Acho que estou preferindo trabalhar aos sábados...corri o dia todo para acertar uma e outra coisa para o almoço de aniversário do meu pai. Amanhã virão os sobrinhos e afilhados que moram mais próximo e suas respectivas famílias.Será um tipo de almoço de pré Natal.E eu fui "selecionada" para preparar o arroz com amêndoas e frango desfiado, para mais ou menos umas 30 pessoas.Mas eu gosto, na verdade meu ego gosta.
Hoje à tarde descasquei e parti as amêndoas e fiz o caldo de frango.E não é que quando já estava quase pronto, eu tinha acabado de verbalizar que precisava apagar o fogo, a válvula de segurança da panela explodiu.Voou longe, prá fora da janela e o barulho que ficou, de conteúdo sob pressão, era algo de ensurdecedor.Por fim não aconteceu nada.Ainda bem, porque se o troço explode eu estaria até agora limpando a cozinha.
Logo mais começo a segunda fase culinária de hoje, preparar uns lanchinhos para os "meninos" que vão disputar o regional de tênis de mesa, amanhã também.O torneio começa às 8. Mas eles voltam para a hora do almoço. E o dia promete ser longo uma vez que a família está dividida entre uma maioria palmeirense, alguns corinthianos e uma minoria são paulina.Vão todos ficar para o jogo, que começa às 17h.Família com muitos homens dá nisso.Adoro quando assisto aqueles filmes com gerações de mulheres na casa, todas reunidas cozinhando, costurando ou mesmo tomando chá. Aqui sobramos poucas.Por parte da minha mãe, só eu e ela.
Então me deixem escutar uma música enquanto tenho um tempinho livre:
1.12.11
Com disse meu amigo Dalton Almeida:
"Hoje é dia de jogar luz sobre a questão. Quem tiver jovens próximos ao seu convivio, alerte-os sobre a necessidade de preservativo sempre. Quem não viveu o início da epidemia da Aids não percebe a gravidade da coisa."
A sobrevida dos portadores melhorou, muitos são os estudos em busca da cura, mas na realidade a epidemia não está controlada. É preciso divulgarmos a prevenção, principalmente entre os jovens mais próximos à nos para que eles possam atuar como multiplicadores.
Segundo a Dra Silvia Bellucci - responsável pelo Centro Corsini:
"Nos primeiros três meses deste ano deram entrada em nosso ambulatório multidisciplinar 21 novos pacientes infectados com o vírus da AIDS, ou seja, 2 casos por semana. Uma parte deles já apresenta a doença instalada, o que significa que a contaminação ocorreu há muitos anos e que o diagnóstico foi tardio com perda de tempo precioso para o tratamento e condição ideal para a transmissão a seus parceiros (as) sexuais.
Os outros pacientes, a maioria, demonstra uma contaminação recente, pois se apresentam como portadores do HIV sem danos expressivos de seu sistema imunológico e, portanto sem os sinais e sintomas que caracterizam a doença AIDS.
O que significam essas duas condições diferentes no diagnóstico desses novos pacientes? Em primeiro lugar, que pessoas infectadas com o HIV encontram dificuldades para ter esse diagnóstico, seja de ordem emocional, de acesso aos serviços de saúde ou de despreparo dos serviços de saúde para a realização desse diagnóstico. Em segundo, muito preocupante, é o descaso com a Prevenção, pela crença de que a epidemia está controlada e que os antiretrovirais “dão conta do recado”. Pense nisso." ( 28 de julho de 2011)
E falando em Centro Corsini, aguardo ansiosa a chegada das doações que agora já têm data para serem entregues às crianças do abrigo: 19 de dezembro.
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