31.3.11
Alcançamos nossos desejos quando perseveramos na nossa vontade. Eu precisava de ferias, precisava do mar e de muito azul. Confesso que uma parte de mim sente falta de casa e da rotina, mas logo mais estarei de volta. Faz quatro dias que navegamos num imenso azul e os deuses andam nos proporcionando dias maravilhosos com pouco vento e quase nada de chuva, só algumas poucas nuvens durante a noite que insistem em nos molhar delicadamente. Mais uns dias estamos chegando em Portugal, fazendo o caminho inverso dos primeiros colonizadores. Definitivamente estou no meu ambiente.
19.3.11
E dá prá não pensar em nada? Enquanto os japoneses mal se recuperam de uma tsunami seguida de contaminação nuclear e enquanto Obama desembarca na cidade maravilhosa, não, não é Wonderland, os EUA, França e Reino Unido atacam a Líbia.E o líder líbio não me parece um homem que vá só defender o seu terrítório, ele vai sim é partir para a ofensiva à custo da vidas de civis e militares. O mundo está um caos. E cadê o o meu sono que não vem, héin?
Acho que é efeito dessa lua cheia...ou não...
18.3.11
Frase da manhã:
"Deixa o que era inexistente, mas eu pensei que havia"
Eu tento e acho que até demais.Eu sempre acredito no que eu sinto. Sempre acredito no que me repetem.Foram muitos os castelos de areia que desmoronaram já na primeira ou segunda onda.E assim mesmo, quantas vezes eu ainda acreditei.
Ultimamente tenho escutado demais: - Para de teimar!
Minha mãe diz que isso é coisa da idade: - Vamos nos desiludindo aos poucos e num certo dia deixamos de acreditar!
Eu não quero acreditar nisso, porque primeiramente eu sou teimosa e também porque aos 44 anos ainda é muito cedo.Tá certo que ultimamente a barra anda pesada, mas é assim prá muita gente.Será que todos acabam descrentes? Nisso eu não posso acreditar.
Como também não quero seguir iludida.Confio tanto na minha intuição e vejo que estou no caminho certo, mesmo que eu tenha de deixar para trás "o que era inexistente, mas eu pensei que havia".
Um excelente final de semana para todos. Acreditem!
Afinal, o que não me mata, me fortalece, não é?
16.3.11
A sensação de impotência diante do que acontece no Japão, é simplesmente pavorosa.
Cheguei a ter pesadelos na noite passada.Se tem uma coisa na qual eu acredito é que somos seres geradores de energia e que ela não tem fronteiras.E que de alguma forma a minha energia pode ir a todos os lugares.Assim sendo, há dias que fico em silêncio mentalizando que minha energia possa de alguma forma confortar corações e espíritos do outro lado do planeta.Só isso pode diminuir minha aflição, uma vez que tenho grande estima pelo povo japonês.Que todos tirem um minuto do seu dia para enviar sentimentos de amor, conforto e esperança para um povo que eu sei que vai se recuperar, mas que ainda tem um longo caminho pela frente.E aqui não cabe discutirmos a questão econômica e sim somente a humanitária.Afinal fazemos parte de um todo por mais que muitas pessoas pensem que não.
Ainda sobre o aniversário de Oswaldo Montenegro:
15.3.11
Tem dias em que acordamos mais esquisitos.
Porque:
No meu caso acho mais sensível.Talvez seja o céu nublado, as notícias dos últimos dias, meses ou ainda anos.Acordo melancólica e aí acabo meio que automaticamente fazendo retrospectivas. Minha mente viaja entre passado, presente, futuro e tudo meio que se mistura.O pior é que tenho uma memória de elefante que vem em flashes vivos e coloridos, com sons, cheiros e sabores.Aí eu preciso de uma pausa.Preciso me afastar de tudo o que me faz perder o sono, mesmo que isso só seja possível mentalmente.E nessas horas, eu que tenho por hábito o enfrentamento, tranco nas gavetas os meus fantasmas, os bons e os maus. O distanciamento é mais que urgente e agora preciso de espaço para a razão.Preciso deitar a cabeça no travesseiro e dormir.Preciso seguir sozinha, mesmo que acompanhada.Preciso escutar mais Oswaldo Montenegro , que por sinal faz aniversário hoje.
Parabéns, meu Menestrel favorito!
Porque:
Deixa o coração falar o que eu calei um dia
Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranqüila
Deixa o que você calou e eu tanto precisava
Deixa tudo o que eu pedia mas pensei que dava
14.3.11
Os protestos contra usinas nucleares são antigos e o assunto continua controverso, embora eu já tenha muito bem definida a minha posição, praticamente desde que eu nasci.
Neste final de semana, após o ocorrido no Japão, alemães foram às ruas pedir mudanças na política nuclear de Angela Merkel, afinal algumas usinas nucleares alemãs encontram-se em locais sujeitos à terremotos.
Lá eles discutem a prorrogação ou não do funcionamento destas usinas e a possível desativação gradual das mesmas até 2022.No ano passado o governo alemão decidiu manter 17 unidades funcionando por mais 12 anos após a data inicialmente prevista.
Os cientistas (a maioria deles) continuam defendendo que esta é a forma de produção de energia mais limpa do planeta, que os acidentes são casos isolados (Three Mile Island, Chernobyl e Fukushima) e que hidrelétricas produzem um estrago ambiental muito maior. Ora bolas, a ciência evoluiu consideravelmente nos últimos 50 anos e deve haver uma outra saída.
Aqui no Brasil já protestamos contra Angra 1, Angra 2 e Angra 3 (em construção). Foram milhares os abaixo-assinados, além de uma centena de protestos e elas estão aí, graças à acordos com a Alemanha e a França.
O planeta conta hoje com aproximadamente 440 reatores nucleares em operação, produzindo 17% da energia elétrica mundial. Cerca de 30 usinas estão sendo construídas em diversos pontos do globo atualmente.
A energia nuclear é considerada segura (?), de baixo custo (isso também é discutível) e limpa (e o armazenamento dos resíduos nucleares?) porque não despeja resíduos tóxicos na natureza. Ao contrário da energia gerada por combustíveis fósseis (petróleo, carvão mineral e gás natural) que emitem poluentes no ar que respiramos.
Mas existem alternativas como a energia eólica, solar e a biomassa.Anda também em estudo e processo de experimentação a tal da fusão nuclear. Essa é outra para qual eu torço o nariz.É claro que não quero que voltemos para a Idade das Trevas, mas penso que seja preciso um pouco mais de cuidado ao manipularmos as energias e forças naturais.Tanto vão fazer que um dia vai tudo pelos ares!
13.3.11
Eu gosto muito desse moço, Richard Rasmussen.
Sempre que acordo bem cedinho aos domingos, às 6 da manhã, assisto a reapresentação do seu programa, que é exibido aos sábados às 21:30h.
Sempre que acordo bem cedinho aos domingos, às 6 da manhã, assisto a reapresentação do seu programa, que é exibido aos sábados às 21:30h.
11.3.11
Nas comemorações do Oshougatsu (Ano Novo Japonês) deste ano, os japoneses não podiam nem sequer desconfiar do que lhes reservava o dia de hoje, 11/03/11.
Nem as tradicionais 108 badaladas que ecoaram dos templos nipônicos na noite de 31 de dezembro de 2010, puderam salvar a população de tão avassaladora tragédia.
Ao brindarem com saquê, todos tinham um único desejo, o de saúde e uma vida longa e próspera:
- Kampai!
A tradição garante ainda que quem comer ozouni e okagamimochi (bolinhos de arroz) nesta data terá a proteção dos deuses por um ano inteiro.
Muitos chefes de família penduraram em suas portas de entrada o heisoku, protegendo suas casas de todo o mal. Enquanto que outros consultaram o I-ching em busca de esperanças renovadas para o próximo ano.
E o que aconteceu, então?
E o que posso dizer agora àqueles que perderam praticamente tudo como o que aconteceu aqui na região serrana do Rio de Janeiro?
Ganbatte Kudasai!
"Oni wa soto! Fuku wa uchi!"
(Que saiam os Onis e entrem as Bençãos!)
10.3.11
Lendo um texto da Joana, falando sobre o Museu de Cera Madame Tussaud de Londres e o fascínio que as pessoas possuem por artistas, fiquei pensando em alguma atriz com a qual eu me identificasse.
Nunca achei que me identificasse com alguém por ser uma pessoa esteticamente diferente da grande maioria e de estar longe dos padrões estéticos atuais.E como já disse anteriormente não acho que isso seja motivo para sentir-me menos alguma coisa, pelo contrário.É na forma como lido com minhas singularidades que aprendo e cresço como pessoa.Também não sei se pudesse voltar no tempo se gostaria que fosse tudo exatamente assim outra vez. E me acho verdadeiramente bonita nas minhas formas exageradas. Acho graça que as pessoas mais próximas à mim me chamem pelo meu nome no diminutivo. É uma divertida incongruência.
Mas enfim, descobri uma atriz que sempre me chamou a atenção, talvez por sermos tão opostas. Talvez exista algo de mim nela, ou então, nos papéis que interpretou.
Mas enfim, descobri uma atriz que sempre me chamou a atenção, talvez por sermos tão opostas. Talvez exista algo de mim nela, ou então, nos papéis que interpretou.
E em bonequinha de Luxo as diferenças não só são físicas.Em comum com Holly Golightly eu tenho somente os óculos!
7.3.11
Uma dia cinza, enquanto espaireço bordando, vou pensando em amanhã, que é quando celebra-se o Dia Internacional da Mulher. Mesmo sendo da opinião de que o dia da mulher deve ser todo dia, vou cedendo à movimentação dos meios de comunicação e me pego pensando nas grandes mulheres que conheço.
Já faz um tempinho que freqüento como voluntária e colaboradora uma Casa de Apoio (antigo orfanato) para crianças portadoras do HIV e outras questões que necessitem de uma atenção especial. A unidade é assistida pelo Centro Corsini e administrada com muito carinho, profissionalismo e competência pela Dra. Silvia Bellucci, médica infectologista de quem sou fã incondicional.Não tenho vergonha em afirmar que aonde ela for eu vou. Na entrevista que pode ser lida clicando-se no nome da Dra. Silvia logo acima, ela diz:
- A UAI (Unidade de Apoio Infantil) é o setor do Corsini que arrebenta nosso coração!
E é lá que vive um pedacinho do meu. Por mais corrida que seja a minha vida, por mais problemas que eu possa estar vivenciando, um pedaço de mim está sempre lá. O abrigo tem capacidade para 20 crianças e já chegou a contar com 23.
5.3.11
Podemos simplesmente gostar ou desgostar de uma música, uma pessoa, um filme ou etc.Hoje conheci através do Carlos, lá do Crônicas, o grupo Poets of the Fall, num post sobre o Carnaval. Gostei e resolvi trazê-los para cá. É uma banda finlandesa com muita personalidade. Já ganharam diversos prêmios e ao contrário de outros artistas disponibilizam suas músicas na internet.Escutei mais de quinze músicas e foi difícil escolher qual postar. Eles começaram com essa:
Com essa outra também fizeram bastante sucesso:
Romântica, gostei muito dessa:
E como uma coisa puxa a outra, (aliás eu tenho um roteiro baseado nesse quadro de Van Gogh que é bem interessante, aonde esta árvore que aparece em primeiro plano faz parte de um bosque de oliveiras que começam a se contorcer conforme estrelas caem do céu. )
Mas voltando ao que me veio à mente quando escutei as músicas do Poets of the Fall é que, por mais que tentemos, tudo o que escrevemos de forma criativa, e livre, sofre uma influência subconsciente que acaba originando uma marca pessoal.
Estive pensando nos filmes que Eastwood dirigiu.Ele veio, como ator, de uma série de filmes característicamente violentos. E como diretor/produtor seus filmes sempre começam ou principalmente acabam girando em torno de um segredo interno ou externo do personagem principal. E o mais interessante de tudo é que são segredos (de cartas à desejos não confessados) que poderiam ter mudado o futuro da trama.
E fiquei pensando qual a marca dos meus textos...e percebi que meus personagens principais sempre estabelecem um diálogo/questionamento com si mesmos.São dados à reflexões...acho que Freud explica :o)
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