O filme, baseado na vida real de Ramon Sampedro, é uma descrição poética da tentativa do protagonista de poder morrer em paz e por vontade própria.Mas todos os seus pedidos, na Justiça, para a prática da eutanásia, foram negados.E também mostra, mais uma vez, o Estado se curvando à Igreja, respeitando seus preceitos "morais".
30.8.11
O filme, baseado na vida real de Ramon Sampedro, é uma descrição poética da tentativa do protagonista de poder morrer em paz e por vontade própria.Mas todos os seus pedidos, na Justiça, para a prática da eutanásia, foram negados.E também mostra, mais uma vez, o Estado se curvando à Igreja, respeitando seus preceitos "morais".
28.8.11
Se os olhares se cruzarem e, neste momento, houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor."
27.8.11
Diogo no "Espelho"
25.8.11
24.8.11
Voltando a Jorge Luis Borges. Ele faria hoje 112 anos.
Não conheço nem dez por cento da sua obra.Mas do pouco que sei, gosto muito.E depois de conhecê-lo, costumo ver Borges em tudo. Sua Biblioteca de Babel costuma estar presente em diversos filmes, naqueles em que os personagens estão numa busca aparentemente sem respostas, principalmente ficções científicas.
"A distribuição das galerias é invariável. Vinte estantes, em cinco prateleiras por lado, cobrem todos os lados menos dois; sua altura, que é a dos andares, excede apenas a de um bibliotecário normal."
“... cada exemplar é único, insubstituível, mas (como a Biblioteca é total) há sempre várias centenas de milhares de fac-símiles imperfeitos: de obras que apenas diferem por uma letra ou por uma vírgula.”
O espelho de que tanto gosto e que muito se faz presente em meus roteriros também está na Biblioteca de Borges:
"No saguão há um espelho, que duplica as aparências fielmente. Os homens costumam inferir desse espelho que a Biblioteca não é infinita (se o fosse realmente, para que essa duplicação ilusória?); prefiro imaginar que as superfícies polidas representam e prometem o infinito..."
Mas saindo da Biblioteca viajo com Borges por um mundo desconhecido e surreal que muito me encanta:
Hino
Esta manhã
há no ar a incrível fragrância
das rosas do Paraíso.
Nas margens do Eufrates
Adão descobre a frescura da água.
Uma chuva de ouro cai do céu;
é o amor de Zeus.
Salta do mar um peixe
e um homem de Arigento lembrará
ter sido esse peixe.
Na gruta cujo nome será Altamira
dedos sem rosto traçam a curva
de um lombo de bisonte.
A lenta mão de Virgílio acarinha
a seda trazida
do reino do Imperador Amarelo
por naus e caravanas.
O primeiro rouxinol canta na Hungria.
Jesus vê na moeda o perfil de César.
Pitágoras revela aos seus gregos
que a forma do tempo é a do círculo.
Numa ilha do Oceano
os lebréus de prata perseguem os veados de ouro.
Numa bigorna forjam a espada
que será fiel a Sigurd.
Whitman canta em Manhattan.
Homero nasce em sete cidades.
Uma donzela acaba de caçar
o unicórnio branco.
Todo o passado volta, é uma onda,
e essas antigas coisas recorrem
porque uma mulher te beijou.
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives.
Tem mais para se ler no Scribed
E aqui para ver e ouvir:
22.8.11
para tua liberdade bastam minhas asas.
Desde minha boca chegará até o céu
o que estava dormindo sobre tua alma.
E em ti a ilusão de cada dia.
Chegas como o sereno às corolas.
Escavas o horizonte com tua ausência
Eternamente em fuga como a onda.
Eu disse que cantavas no vento
como os pinheiros e como os hastes.
Como eles és alta e taciturna.
e intristeces prontamente, como uma viagem.
Acolhedora como um velho caminho.
Te povoa ecos e vozes nostálgicas.
eu despertei e as vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam em tua alma.
Pablo Neruda
21.8.11
E falando em Chico:
19.8.11
A fotografia é o fotógrafo
Hoje é o Dia Mundial da Fotografia...dizem...porque o dia do fotógrafo é 8 de janeiro. Mas como um não existe sem o outro quero deixar aqui registrada a minha admiração pela mais brasileira fotógrafa inglesa: Sheila Maureen Bisilliat .
Segundo Maureen, "o Brasil foi uma procura de raízes, que eu não tive quando criança. Nasci na Inglaterra, sim, mas vivi em muitos lugares. Meu pai era diplomata, o que me obrigou a uma vida meio camaleônica. O destino me amarrou ao Brasil. Foi um ficar querendo." .
Por mais de 20 anos, viajou pelo Brasil com seu segundo marido, o francês Jacques Bisilliat, em busca de trabalhos de artistas populares. Em 2003, sua obra fotográfica completa, com mais de 16.000 imagens, incluindo fotografias, negativos preto e branco e cromos coloridos, foi incorporada ao acervo fotográfico do Instituto Moreira Salles.
Publicou vários livros de fotografia inspirados em obras de grandes escritores brasileiros:
A João Guimarães Rosa. São Paulo: Gráficos Brunner, 1969.
A Visita, 1977, inspirado no poema homônimo de Carlos Drummond de Andrade
Sertões, Luz e Trevas. São Paulo: co-edição Editora Raízes e Rhodia, 1982, inspirado no clássico de Euclides da Cunha
O Cão sem Plumas. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1983 , inspirado no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto;
Chorinho Doce, 1995, com poemas de Adélia Prado
Bahia Amada Amado. São Paulo: Empresa das Artes, 1996, com textos de Jorge Amado
E ainda:
Xingu: Detalhes de uma Cultura (São Paulo: Editora Raízes, 1978),
Xingu: Território Tribal (Londres, William Collins & Sons, 1979)
Terras do Rio São Francisco (São Paulo: co-edição Editora Raízes e BEMGE, 1985).
Em 1985 expôs numa sala especial na 18ª Bienal Internacional de São Paulo,um ensaio fotográfico inspirado no livro O Turista Aprendiz, de Mário de Andrade.
“Quando li Grande Sertão: Veredas, entrei nele como um peixe n´água. A questão de compreender envolve outros raciocínios, que não somente os lingüísticos. Depois de ler, me perguntei o quanto era realidade e o quanto era invenção, e como se uniram. Aí fui ver o escritor, que me sugeriu que fosse testemunhar esse mundo – ele me disse que eu entenderia muito bem o sertão, pois eu tinha raízes irlandesas; a Irlanda e o sertão têm populações que se ligam muito ricamente com a palavra. Uma vez que você está na trilha, você está resolvido. passa a ter uma identidade. “
Maureen Bisilliat hoje:
"Hoje não gosto de estar atrás da lente de uma máquina fotográfica.
Faço vídeo, não mais fotos – há já uns 15 anos. Ficou repetitivo. Cansei.
Gosto de ligar a imagem ao texto – o vídeo favorece isso. Faço muito vídeo, inclusive videofotografia, que é tirar instantes do vídeo e reproduzir em fotos. Há uns quatro anos me dedico a um trabalho de resgate de memória do Carandiru. É um projeto que faço com minha filha, que iniciou um trabalho no presídio nos anos 80. Fizemos um livro e agora queremos ter um espaço de memória num dos pavilhões. Acho que a memória é muito importante. Não preservá-la de maneira morta, mas tê-la para apreciação. São fotos, vídeos, testemunhos, entrevistas. É como se eu fotografasse, de fato, porque estou sempre lidando com a imagem."
18.8.11
A pesquisa, realizada com 2.000 adultos e encomendado pela Warner Home Video para marcar o lançamento do DVD da comédia romântica ‘Going the Distance’, mostrou que 20% dos entrevistados escolheram a frase: “seja do que for que nossas almas são feitas, a dele e a minha são iguais”.
E lá também tem informações sobre o novo Heathcliff.
Ele regerá no mesmo palco a Sinfônica de Heliópolis e a Orquestra Jovem da Filarmônica de Israel.O regente indiano é conhecido por defender projetos de inclusão de jovens na sociedade através da música. Mehta, que é o patrono da Sinfônica de Heliópolis, é o principal responsável pelo envio de alunos da orquestra de Heliópolis para estudar e tocar em Israel.
O programa, que começará com a execução dos hinos do Brasil e de Israel, é composto por:
"Les Préludes" de Lizst com a Orquestra Jovem da Filarmônica de Israel
"Romeu e Julieta", de Tchaikovsky com a Sinfônica de Heliópolis
e "Sinfonia Fantástica", Op. 14, de Berlioz com as duas orquestras tocando em conjunto.
Participam hoje do concerto, tocando na Filarmônica de Israel, os brasileiros:
Abner Landin(violino) José Batista Júnior (viola), Emerson Nazário (violoncelo), Marcos Ramos (contrabaixo), Simone Elenciuc (violino), Welintom Gabriel (trompa) e Alberto Fernandes (contrabaixo).
17.8.11
16.8.11
Conheci Quintana na faculdade e tornei-me fã desse amor simples e exagerado:
"Amar: Fechei os olhos para não te ver e a minha boca para não dizer... E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei, e da minha boca fechada nasceram sussurros e palavras mudas que te dediquei....O amor é quando a gente mora um no outro."Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!... E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!
Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons... acerta... desacerta...
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas quotidianas...
Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem...
Vago, solúvel no ar, fico sonhando...
E me transmuto... iriso-me... estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando!
Tô inspirada, apaixonada (as always) e bem cansada. E a umidade relativa do ar atingiu hoje, no centro da cidade, o indecente índice de 13%.
15.8.11
RÉQUIEM para um filho amado
pela janela pequena dos meus olhos tristes...
Voando
Te procurei entre as nuvens, última esperanca
de vê-lo voando no tapete branco das nuvens
Mas não se distiguem os anjos das nuvens !
Não se pode ver o branco sobre o branco,
onde não há diferenças ou nuances
Nem mesmo com a dor-vontade de vê-lo agora
FILHO MEU ! filho que partiu como um devir entre as nuvens
Tuas diferenças e teu cândido olhar falante,
para além de todas as falas e palavras ditas,
me ensinou, e ensina ainda, a buscar além das nuvens
a sonhar com um mundo-céu-azul
onde as criancas de todas as cores, como você
e todas as outras tão diferentes, tão diversas,
nos ensinam que
só há um vôo a realizar,
APRENDER E ENSINAR A AMAR TODAS DIFERENÇAS.
PARA YURI, o `TERNO` COM TODA TERNURA E AMOR DO SEU PAI Jorge Márcio Pereira de Andrade.
"O poema acima foi escrito hoje (16/04/2000) ao voltar de viagem,num avião, onde sómente a escrita pode dar conta da minha dor e paixão pela perda de meu filho, Yuri, com 13 anos,e uma pessoa muito especial, para além de ser paralisado cerebral ou pessoa com DEF - Distúrbio de Eficência Física" (www.defnet.org.br abril de 2000)
14.8.11
E hoje tive vontade de poder enriquecer cenas da vida real da mesma maneira. O dia poderia ter sido bem melhor se meu pai não tivesse passado mal logo cedo. Mas chegamos lá e ele melhorou.Tudo bem porque ele tem consulta marcada para a próxima quarta feira. E desta vez vou com ele.Só prá ter certeza que está tudo bem!!!
13.8.11
A trilha de hoje já foi outra, porque o mundo não pode parar prá eu pensar melhor.E assim o trabalho, aquele pelo qual não nutro grandes paixões, vem e me atropela.Me senti como massa de asfalto, esticada no chão, esperando passar o rolo compressor:
11.8.11
Estou querendo este livro!!!
Gostei dessa também, que tem letra de Otávio Toledo e J.S. Costa Netto:
10.8.11
9.8.11
Art Garfunkel (fazendo referência ao significado de Sounds of Silence)
7.8.11
6.8.11
E por que falei de Vittorio Storaro logo cedo e acabei com vontade de escutar Ryuichi Sakamoto à noite?
Fotografia no cinema
A grande maioria das pessoas assiste à um filme sem saber que por trás daquela imagem existe o trabalho primoroso de diversos profissionais cujos nomes são totalmente desconhecidos do grande público.E sem eles, parte da magia se perderia, mesmo com o trabalho de excelentes atores e diretores.Eles estão distribuídos em equipes como as de Arte, Som e Fotografia, entre outras.
Os diretores de fotografia são os que mais chamam a minha atenção, seguidos pelos de Som. São eles que imprimem na minha retina imagens que não esqueço jamais e que uma vez ou outra voltam em flashes na minha mente.Gosto especialmente do trabalho de um italiano, que tem como inspiração o estilo do pintor Caravaggio, e que é conhecido como o “Mago da Luz”: Vittorio Storaro.
Segundo ele, criar a fotografia de um filme para o cinema é como “scrivere com la luce” (escrever com a luz) .Seu trabalho mais “famoso” foi em Apocalypse Now, ao lado de Coppola. Também filmou com Bertolucci em “O último tango em Paris”, “O último Imperador” , “ O Céu que nos protege” e “1900”.Seu trabalho esteve presente também em “Lady Hawk” , do Richard Donner e no “Flamenco” e no “Tango” de Carlos Saura. Este último eu considero uma das melhores lições de fotografia, luz e sombra do cinema contemporâneo.
5.8.11
Pensei que fosse ficar doidinha com tanta coisa para administrar simultaneamente.
Roteiros, casa, comida, roupa lavada, dor no joelho esquerdo, trabalho aqui, trabalho na filial, inflação, aumento de acordos, reclamações, reunião com departamento jurídico, departamento financeiro, filho na escola em semana de provas, festivais de cinema, editais, direitos autorais, turma da faculdade, lembranças, saudade e etc.