31.5.15

Porque o domingo pode ter uma trilha assim:


Nota 10 para o cachorro, que é comportadíssimo...

E tem mais:

Sempre gostei de estar do lado de cá da câmera.
Não que agora eu goste do lado de lá, só estou mais acostumada. Quanto mais me exponho mais as pessoas querem falar comigo.Isto ainda me assusta um pouco...
Mas é claro que tem suas compensações.Parece que todos gostam do que eu falo, gostam de se aproximar, de tocar, de abraçar.Deve ser meu ar maternal.Sei lá...
E assim vou levando, compartilhando minhas dúvidas e certezas com gente que gosta de cinema, filosofia, psicologia e de mim, ou daquilo que represento!
Na próxima quinta, feriado, temos mais um dia de gravação.
É um texto pesado, com forte carga dramática, estou animada para ver o resultado.
Fala Comigo Doce Como a Chuva - Tennessee Williams


Imagem do filme A felicidade não se compra (1946)

30.5.15

Nem acredito!!!! Dois dias inteirinhos em casa...
Vai dar prá praticar culinária e até fazer crochê.
Que sonho!
Porque ser mulher moderna não tá fácil.
Eu podia até começar a ler uns livros novos mas acho melhor deixar para a semana que vem.Nestes últimos dias li muito por conta de umas filmagens que estamos realizando: Winnicott, Freud, Kakfa e Tennessee Williams , entre outros.


Imagem: "Lydia Fazendo Crochê no Jardim em Marly" - Mary Cassatt

26.5.15

Acordei com o alarme da casa do vizinho tocando às 6:30h.
Saí, fui trabalhar, peguei estrada, voltei e às 18:30h o alarme continuava tocando.
Que tipo de pessoa não tem um vizinho, amigo ou conhecido que possa avisá-lo que seu alarme tocou ininterruptamente por doze horas?
Resolvi ligar na portaria e avisar o segurança.Afinal minha mente criou até a possibilidade de haver alguém em casa.Ninguém percebeu que o alarme tocou o dia todo? Também, o vizinho coloca o alarme no fundo da casa, virado prá minha janela...
Mas, por fim, às 19:00h o alarme parou!!!!
Não sei o que aconteceu e nem sei se quero saber...tô cansada demais, passei o dia ensinando as meninas da filial à fazer contas.Justo eu que aprendi somente a matemática venusiana uma vez que nunca estava presente em espírito nas aulas de matemática, lá só ficava o corpo.Minha mente sempre estava em outro lugar, inclusive em Vênus.E hoje virei referência...parece até brincadeira.
Eu sou uma pessoas das letras e artes.Humana demais...
Gosto de palavras assim:

25.5.15

Gosto da palavra celestial, acho que é um contraponto perfeito à palavra bestial.
Minha mente super criativa fica fazendo conexões estranhas mesmo.
Vou dizer que conviver comigo, no dia a dia, no tête-à-tête, não é fácil.Precisa ter bons ouvidos para tanta informação, algumas vezes sem muito sentido porque falo enquanto penso e vice versa. Isso quando não faço círculos no ar já imaginando a cena toda.
E pensar que na vida real, fora do meu fantástico universo mental, eu racionalizo demais.
Mas hoje, celestial mesmo foi chegar em casa e encontrar sobre a mesa da cozinha, alí materializado um maravilhoso pedaço de queijo parmesão uruguaio tendo ao lado reluzentes fatias de presunto ibérico. Para completar eu tinha também uvas verdes geladinhas.
Deixei de lado aquela idéia celeste de pureza, elevação espiritual e retidão, por conta daqueles fofos anjinhos renascentistas e pratiquei, sem medo de ser feliz, o pecado da gula.Me entreguei ao prazer de saborear tão perfeita combinação de sabores.
A vida é muito mais que alguns aborrecimentos, é uma coletânea de agradáveis surpresas.
Em momentos como o de hoje, sou eu comigo mesma. Penso muito nos outros e acabo me comprometendo tanto aqui e alí, sempre dando uma mãozinha a quem precisa, que muitas vezes esqueço de usufruir de pequenos prazeres.
Estão servidos?

  

24.5.15

Por que é que determinada lenda ou conto se perpetua?
O que a difere de tantas outras escritas ao longo dos anos e séculos?
Eu mesma não explico minha atração por temas relacionados à Avalon, Camelot ou Bretanha.
E é de lá, daquele rico universo, que destaco o poema que deu origem à lenda da Senhora de Shalott, escrito por Lord Tennyson e publicado em 1842, que se passa durante o período de Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda.
A senhora está presa em um pequeno castelo por uma feiticeira que lhe diz que se ela lançar seu olhar sobre Camelot, uma maldição cairá sobre ela, só que não revela qual a maldição.
Na torre do castelo Lady Shalott contenta-se em observar Camelot através de um espelho.Enquanto isto tece o que vê.
Um dia a senhora vê o cavaleiro Lancelot através do espelho e se apaixona perdidamente.
Decide então deixar Shalott e encontrar seu amor. Ao sair do castelo, o espelho se despedaça e ela sabe que a maldição caiu sobre ela.
Corre para a água, para um pequeno barco, e segue para Camelot. Infelizmente morre pouco antes de alcançá-la. Seu corpo é encontrado inerte no barco que flutua na costa de Camelot, com seu nome escrito na proa.
Talvez a lenda permaneça viva porque podemos associar alguns amores à maldições, ou ainda porque apaixonar-se perdidamente é perigoso. Ou ainda porque o espelho é algo extremamente atraente e encontramos nele nossos mais profundos desejos...
Os motivos podem ser tantos que é melhor deixar prá lá.


Faixa bônus:

23.5.15

Acho que todo mundo tem aquele dia em que as coisas andam pesadas, mas tão pesadas, que a gente já acorda com vontade de chorar.Sou uma pessoa ligada em tudo, simplesmente não consigo desligar.E fico constantemente procurando solução para todos os tipos de problema.Os meus, os seus e os nossos.Como sei também que, por ter um temperamento dócil, pessoas mais próximas acabam descontando em mim seus problemas e frustrações, pois sabem que eu não vou retrucar, que eu vou deixar prá lá. O que elas não sabem é quanto isto me dói.Uma palavra torta ou mesmo um ataque de surdez momentânea me deixam chateada pacas.Só que não falo nada porque sei que em momentos difíceis as pessoas costumam falar coisas das quais, certamente, vão se arrepender.Aprendi por experiência própria.
Nesses dias parece que o mundo conspira contra você.Você queima as torradas, erra o ponto do café, quebra a unha do dedinho da mão lavando louça e ainda descobre que seu pen drive favorito, com tudo dentro, sumiu de dentro de sua bolsa.Minha bolsa é grande mas não é o triângulo das bermudas.
Mas ainda bem que ainda existe gente que consegue deixar meu dia um pouquinho mais feliz!!!
Só por isso, vamos ouvir mais música antes de preparar o almoço.
Quem sabe agora dê tudo certo!

22.5.15

Tem dias em que uma musiquinha assim cai muito bem!!!!

17.5.15

Toda a irritabilidade e as risadas que tiveram lugar na minha manhã de domingo foram extremamente positivas.
Até saí para comprar pimentão para fazer uma "frangada".
Lendo o nome assim até parece uma coisa meio sem graça.Mas não quando você sabe como fazer!
Alguns segredos: Começar com uma dose de whisky, com bastante gelo, para a cozinheira.De preferência um gold label, que eu gosto bastante.
Colocar os pedaços de frango (sem pele) na panela com um pouco de óleo, ir virando uma vez ou outra e deixar lá até que fiquem BEM moreninhos.Na sequência adicione cebola picada, depois pimentão, cheiro verde, tomates e duas colheres de sopa de extrato de tomate.Não sejam comedidos nas quantidades de cebola e pimentão.Quando encontro aspargos frescos também coloco.
Cobrir com água, acertar o sal e adicionar o arroz.Vai faltar água para o cozimento do arroz, mas não complete neste momento.Vá adicionando aos poucos, conforme a necessidade, para o arroz não empapar, afinal o prato é uma frangada e não um risoto.
Enquanto piloto o fogão, com muito prazer, deixo aqui uma história relacionada com um outro prato que gosto de preparar, o Borscht:


Eu me divirto com esta coisa do subconsciente.
Que assimilamos informações como paixões, mágoas, carências, dúvidas, alegrias e frustrações, não tenho dúvidas.
Ontem tive de ir à São Paulo e não pude comparecer ao bate papo referente ao trabalho que andamos desenvolvendo à respeito de cinema e filosofia.
À noite, aproveitei para escrever uma parte que me cabe do episódio Ficção x Realidade. Escolhi como referência o filme "Brilho eterno de uma mente sem lembranças".



Fui dormir tarde, bem depois da meia noite e acabei sonhando com uma pessoa que mora em São Paulo.
Até aí tudo bem, eu entendo.
O pior é que no sonho ela implicava comigo o tempo todo, como que tentando me tirar do sério.
Eu me irritava e ela achava graça.
Acabei acordando...e irritada!
Depois que percebi que foi somente um sonho eu ri também!

16.5.15

Perdoe o avançado da hora, querido B.B. King, mas só agora terminei meus trabalhos de escrita.
Quero continuar escrevendo com a mesma paixão que você tocava e cantava.
Bom descanso!


12.5.15

Uma imagem tem a capacidade de nos transportar.
E as músicas são imagens transformadas em acordes, que juntos, formarão outras imagens, carregadas de significados, para quem as escuta.
É aí que tudo foge ao controle e abre-se um leque interminável de possibilidades.

11.5.15

Gosto imensamente do meu canto, do meu sossego, de escutar músicas, ler, escrever, assistir filmes, devanear, meditar e etc, desde a infância.
Me lembrem de não reunir três compromissos no mesmo final de semana, ok?
Amei cada um deles, mas hoje acordei cansada física e mentalmente.
Foi tudo ótimo!!!
Conheci gente nova, revi antigos colegas, trocamos risadas, dividi o microfone com gente culta e inteligente, abracei pessoas muito queridas, me emocionei e ao final destes dias caí na cama feito pedra.Uma pedra prá lá de feliz, verdadeiramente realizada!
Agora preciso de uns momentos só meus:



10.5.15

Ontem fiz uma pequena degustação do que passei a acreditar que deva ser o tal do Inferno.
Fui ao shopping center às vésperas do Dia das Mães.
Não para fazer compras, mas sim para participar de um bate papo informal sobre o lançamento de uma webserie sobre Cinema, numa livraria cult e renomada.
A muvuca começou antes de entrarmos no estacionamento, estava tudo congestionado.
Estacionamento este que não tinha vagas.Já imaginando isto, o cara metade me levou e depois foi me buscar.Mas acham que mesmo assim foi fácil? Nani nani não.
Não havia vagas e nem uma forma de alcançar uma das entradas para eu poder desembarcar.
Era um tal de segurança correndo prá cá e prá lá, gente irritada, o povo esbravejando, as cancelas automáticas enguiçando. O verdadeiro caos.
O cara metade parou por uns instantes e eu literalmente saltei do carro para a rua.


Depois de alguns metros de caminhada, as portas do templo do consumo moderno abriram-se automaticamente.
Eu tinha que atravessar somente um trecho de uns 10 metros, no máximo, até as portas da livraria.Sabem aquela fila na frente do estádio, um pouco antes da abertura dos portões, numa decisão de campeonato de futebol? Era quase isso.Tomei duas cotoveladas, três encontrões e uma pisada no pé.
Sobrevivi e cheguei aos céus, na verdade o auditório da livraria.
Ambiente acústico, luz controlada, tudo muito acolhedor, mesmo com o foco de luz dirigido na minha cara que uma vez ou outra me fazia lacrimejar.Aquela era a verdadeira representação do caminho da iluminação.Por duas horas falamos sobre cinema e filosofia.Até o inferno foi citado, impossível deixá-lo de fora.
O que me fez lembrar que eu teria que atravessá-lo novamente para ir embora.
Terminado a bate papo e depois de uma longa despedida de colegas e participantes, me enchi de coragem e coloquei o pé na pista para percorrer o caminho de volta.
Como havia muito trânsito o cara metade enviou uma mensagem avisando que iria demorar.No meio do caminho havia um banco e lá sentei-me. Aproveitei para apreciar a paisagem.
Nos quase 20 minutos de espera contei 16 carrinhos de bebê.Não aqueles em que as crianças, já maiores, vão sentadas, estou falando de bebês com meses de idade.
Minha modesta racionalidade não me permite compreender o que leva casais a levarem seus bebês ao shopping, principalmente num dia desses. Hellooo, existe vida, e muito mais saudável, fora do planeta shopping!!!
Jovens com os olhos grudados em seus smartphones, sacolas e mais sacolas de todos os tipos, cores e tamanhos, selfies tendo de fundo flores falsas, passadas quase que automáticas, expressões vazias como zumbis e pressa.Muita pressa, como se o mundo fosse acabar naquele momento.
Nem preciso dizer que o início do evento atrasou porque as pessoas não conseguiam chegar ao local por conta do trânsito e falta de vagas.
Para finalizar eu digo só uma coisa: mãe não precisa de presente no Dia das Mães.
Mãe precisa de presença, carinho e muito amor!!!
De preferência, todos os dias...
( Imagem: Correio Braziliense)

2.5.15

Ficção da vida real

"Há cada quinze dias ele me visita...algumas vezes chega a vir dois dias seguidos.Quando passam-se mais de vinte dias fico na dúvida se ele ainda está vivo.Não telefono, não mando mensagem e muito menos leio as notícias com medo que minha incerteza se concretize.
Mas algo lá no fundo me diz que saberei o dia que ele se for para sempre.Se bem que "nunca mais" é uma expressão que não cabe entre nós. Me acostumei tanto com sua presença que ela já faz parte de mim.
Muitas vezes, durante o dia, sinto sua mão sobre a minha.Me pego rindo das bobagens que dizemos um para o outro.Nos enganamos sempre que desviamos o assunto para não encararmos a realidade.Ele diz que racionalizo demais.
Campainha à esta hora? Um minuto que vou atender a porta.
O que era? Um telegrama.
Não vou lê-lo."



"Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
A outra metade é silêncio."

1.5.15

Estou amando feriados!!!
Hoje fui prá cozinha cuidar da saúde no meu filho atleta.Agora anda com idéias de fazer Engenharia Civil...
Sua alimentação é extremamente balanceada e natural pacas.Ele faz tudo o que eu sempre falei, mas pouco fiz.
Ele é o sujeito que toma de café da manhã, leite com granola e que leva para a faculdade e para o treino, frutas, barrinhas de cereais e lanches naturais, feitos em casa.
Acabei de preparar cookies de aveia, banana passa e chocolate, sem açucar na massa. E são feitos com manteiga sem sal, nada de margarina.O resultado não é ruim, mas quando pensamos em cookies logo vem à mente aqueles lindos e brilhantes de tanto açucar e gordura, duas coisas que consumimos pouco aqui em casa.
Da minha parte o que não pode faltar é café!
Não que eu seja viciada, só não sei sair de casa sem antes ter tomado um xícara.
E para uma pausa no meio do dia não há companhia melhor...