31.5.20

Essa pandemia é bem mais forte do que poderíamos supor.
Ela bate sem dó.Fora matar, ela judia.
A gente tenta manter a moral elevada, mas tem dias em que eu fraquejo, como todos.
Isso porque não assisto mais aos noticiários sobre a Covid 19.
Tento me aquecer com o calor do sol enquanto os pensamentos correm soltos.
De repente, sem aviso algum, bate uma leve tristeza.
E não é estado depressivo e sim uma tristeza pura, genuína. É pensar em quantas pessoas estão sozinhas neste momento.É sentir falta do calor de um abraço, de uma boa conversa enquanto tomamos um expresso. E até mesmo uma cerveja, que eu não bebo, mas entendo bem o clima de confraternização de quem bebe.
Não tomo cerveja, mas aprecio vinhos e destilados e uma mimosa neste exato momento me cairia muito bem.
O mundo parece ter parado, mas estamos vivos.
E assim sigo em frente, como uma montanha russa.
Não dá prá dizer que estou no meu normal!
Aonde mais me pega é que sempre vivi aproveitando todos os momentos da forma mais intensa possível, o tempo está passando normalmente e nós caminhamos em marcha lenta.
Meu pai dizia que eu tinha rodinhas nos pés.
Perdi as rodinhas mas não a vontade de rodar por aí.

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