Não me recordo de algum brinquedo mais significativo que eu tenha ganho na data porque meu pai sempre gostou de nos presentear fora de datas específicas.
Lembro sim do amor que recebia e de como fui uma criança feliz.
Até mais ou menos uns sete anos fui cercada de atenção pois eu era aparentemente muito frágil: magrinha, falava baixo, de uma forma doce e suave.Gostava do silêncio, de ler, de contemplar figuras e de brincar sozinha.
Minha mãe se preocupava porque eu parecia muitas vezes estar no mundo da Lua.
Inclusive, a artista plástica Ivete Ko, amiga do meu pai, me retratou brincando sozinha, sentada exatamente no solo lunar.
Tem dias em que volto naquele lugar...e encontro a paz que preciso para enfrentar as pedras mais pesadas que aparecem pelo meu caminho.
O mais importante que eu aprendi na infância é que o amor de verdade não escolhe datas.
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