Quando escuto esta música tenho a certeza que a felicidade mora em mim.
Me encanto com meu próprio deslumbramento diante das coisas novas que descubro a cada viagem.Ontem à noite, revendo algumas fotografias, pude percorrer os caminhos por onde andei e constatei que os que mais gosto são aqueles que atravessei sozinha.No meu raro silêncio, afinal falo pelos cotovelos, pude apreciar e incorporar-me aos lugares.
E foi no silêncio que chorei a perda de quem eu tanto amava, como também não contive a alegria de ter meu filho em meus braços pela primeira vez.Isso sem falar que meu coração quase explodiu de emoção depois daquele beijo.E teve também o prazer de dirigir numa estrada, sozinha, tentando administrar a sensação de independência.Algo parecido com o que senti quando voei sozinha.Ao meu lado somente uma velhinha que se entupiu de comprimidos e dormiu o voo todo. O primeiro castelo que conheci na vida foi em Toledo, na Espanha. Me deslumbrei, principalmente, com aquelas pontes e portas.E fiz questão de tocar tudo o que podia ser tocado e nestes preciosos momentos lá estavam eu e a história, unidos de uma forma muito peculiar.Meu silêncio é rico de experiências fantásticas!
Não digo que não preciso dos outros porque na verdade amo ter companhia, seria muito sem graça viver sozinha.A vida me deu um profundo entendimento sobre a alma humana e suas variáveis.Gosto de vê-las indo e vindo, perdidas em suas próprias histórias, muitas delas tão mal resolvidas.Percebo que nem preciso que caiam as máscaras, afinal já conto com a presença constante delas.
Tento dizer que a felicidade reside em nós e não no outro, mas em vão.
Vejo o quanto aprendi tentando aqui e alí.
Destas muitas lições criei minha força interior e sou imensamente grata!
E talvez, por essas e outras, é que as pessoas que convivem comigo se sintam tão bem ao meu lado, quando eu não disparo a tagarelar sem parar...
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