8.11.14

Eu bem que queria um dia frio, um bom lugar para ler um livro e o pensamento lá em você....pára tudo, melhor ficarmos só com o livro.Quando penso na fragilidade que é muito peculiar a alma feminina, vejo o quanto crescemos, nem tanto na dor, mas principalmente na saudade.
É nela que, primorosamente, se encaixa a falta.
Desde bem criança, nos meus piores momentos, lá estava eu e eu mesma.Nunca tive alguém que me segurasse na mão e atravessasse a tempestade comigo.Nos pesadelos o conforto só aparecia depois, ao acordar.Quando precisei ser operada, na sala fria de cirurgia eram médicos e estranhos que me faziam companhia.No acidente que sofri não havia viva alma ao redor.Meio tonta e com um corte na testa peguei minhas coisas e saí caminhando por quase um quilômetro até poder pedir ajuda.Nas minhas angústias, nos meus medos, estou sempre sozinha.
E acredito que seja assim com todo mundo!
Aquela sua queixa mais escondida ninguém conhece, aí você apela para o recurso da saudade, na ilusão de que determinada pessoa efetivamente faria alguma diferença.
(Precisarei nascer de novo para acredita nisso.)
O resto é ficção, romance, novela, roteiros escritos por quem deseja esta proximidade utópica.
Mas continuo amando um bom romance ou uma saudade bem cantada...e algumas vezes até me iludindo...

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