Tenho pensado muito em mim ultimamente e numa atitude deveras reflexiva.Cheguei num ponto profissionalmente, e na verdade num todo, que não tenho mais como voltar.
Conquistando meu lugar ao sol, num universo que embora não pareça ainda é extremamente machista, endureci. A tomada de decisões, quando o trabalho dos outros e o bom funcionamento de uma empresa depende de você (mesmo que não exclusivamente), é muito dificíl. Não há espaço prá dúvidas e erros de julgamento,embora eu também erre. Aliás foi justamente aí que aprendi o valor maior de se admitir um erro. Assim fui conquistando o respeito alheio.
Também não dá prá ficar pensando muito em assuntos pendentes, as soluções precisam vir no tempo certo, e normalmente ele é muito curto. Me tornei também muito prática e conseqüentemente direta.Tenho que tomar um cuidado enorme para não agir assim socialmente.
Por outro lado, emocionalmente, de uns tempos prá cá, mudei. Fiquei mais doce, mais terna, até mesmo mais etérea.Tenho sentido uma necessidade inigualável de amar e compartilhar.Acho que nunca o amor esteve tão presente no meu dia a dia.Morro de medo que ele vá embora...
E é um amor que contamina.Engraçado que ele sempre esteve presente, mas não tão intensamente assim. Meu olhar sobre todas as coisas e todos os seres mudou.
O contraste da dureza necessária que adquiri com este sentimento de leveza é literalmente chocante.Muitas vezes me perco...Quem sou eu hoje? Ou melhor, quem eu gostaria de ser hoje? Eu gosto deste meu lado profissional, afinal lutei por ele como gente grande. Mas também adoro esta minha parte suave, doce e amorosa.Estou tentando achar o equilíbrio...