8.5.20

Ando cansada de radicalismos de todos os lados.
E quem já era chato, ficou mais chato ainda. As pessoas precisam parar um pouco de pegar no pé de outros, olhem para seus próprios rabos de vez em quando.
Aí me atiro no crochê e na cozinha de corpo e alma.
No trabalho anda tudo relativamente controlado, embora hoje uma boa parte tenha desanimado ao saber que a quarentena, no Estado no São Paulo, vai até 31 de maio. As pessoas sentem falta da rotina, mesmo trabalhando em turnos de 3 a 4 dias por semana.Cansa ter que explicar porque é que tem que ser assim.Dá vontade de jogar tudo para o alto e cada um faz o que bem entender, mas aí o meu senso de responsabilidade não deixa.
Estou farta dos noticiários: o número abaixa, o número aumenta, fecha isso, abre aquilo e agora fecha aquilo e abre isso.
Da mesma forma que não confiamos nos números divulgados pelo governo chinês, também não confio nos nossos números oficiais.
Certamente existe uma margem de erro, para cima ou para baixo.
No interior anda não vemos hospitais lotados e número significativo de óbitos por Covid 19 e nem por outro tipo de causa mortis.
Maio, com a chegada do frio, costuma ser um mês que registra mais óbitos que nos demais meses.Por enquanto os índices são semelhantes aos dos anos anteriores.
Aqui somente cerca de 40% da população está respeitando a quarentena.Mas pelo menos vemos muitas pessoas nas ruas usando máscaras e muito álcool gel nos estabelecimentos sendo disponibilizado para os clientes.
Ainda encontramos por aí, famílias inteiras no mercado, na fila do banco, na padaria, na farmácia e até na porta dos cemitérios, aonde a entrada tem sido limitada a 10 pessoas por vez.
No começo eu me perguntava o que essas crianças estavam fazendo na rua. Depois enxerguei uma possível resposta: sem escolas e avós, com quem é que elas vão ficar?
Os grandes mercados continuam cheios, mas agora as pessoas usam máscaras.
Este ano será como um filme em slow motion, aonde os dias e os meses parecerão mais longos, aonde o tempo parecerá não passar, enquanto o nosso cérebro vai captando tudo à sua volta, sem parar.
Que no ano que vem possamos extravazar tudo o que tivemos que conter neste semestre de 2019!

Nenhum comentário: