Por que eu ainda não tenho candidato para as próximas eleições?
Tem quem pense que sou apolítica, mas na verdade sou mesmo é apartidária.
Simplesmente porque não acredito em partidos como não acredito em igrejas, o que não quer dizer que não acredito em Deus ou em qualquer outra força com qualquer outro nome.
Não acredito na personificação das coisas e no endeusamento de pessoas.
Acredito nos exemplos, nas ações e nos conceitos, principalmente de igualdade, liberdade e fraternidade.E em alguns outros tantos também.
Os candidatos a nossos representantes políticos estão muito longe daquilo que considero melhor para mim, para os meus e para todos.
Estamos num jogo de xadrez aonde o rei e a rainha, que teoricamente nos representam, são praticamente inatingíveis, entretanto os peões são os primeiros a morrer. Não sou peão, tenho uma vida, produzo, tenho consciência e minhas atitudes podem influenciar o próximo.
Antes de votarem façam uma reflexão pessoal.
Quais os exemplos você anda compartilhando por aí? Você se considera uma pessoa justa ou pelo menos gentil? Você é capaz de perceber quando a necessidade do outro é maior do que a sua?
Não se limitem a ler apenas a bíblia ou Marx, leiam também Rousseau, Maquiavel, Locke, Kant, Montesquieu, Santo Agostinho, Voltaire ou Kierkegaard. Escutem as ruas, os ditados populares e mais histórias de vida.
Desafiem suas consciências.
Desconfiem dos discursos esteriotipados.
Não serão eles, nossos supostos representantes, mas nós que modificaremos o mundo.
Parece utopia, mas não é.
Exercitem, comecem com exemplos em casa, entre os amigos e depois ampliem para toda e qualquer pessoa que vocês encontrem pelo caminho.
Defendam aquilo no que acreditam.
Sejam livre e deixem que os outros sejam também, defendam os direitos de ir e vir de todo cidadão de bem.Vocês não são melhores ou piores do que os outros por causa de uma cor de pele ou de uma posição econômica, cultural ou social.
Sejam fraternos, o que não quer dizer que devem amar a todos indiscriminadamente, tem muita gente por aí que é melhor deixar prá lá.E mesmo assim ainda sobra um montão que vale a pena.
Ou seja, não acredito que uma eleição possa mudar o mundo que eu não reconheço como, pelo menos, próximo do ideal.
Mas a minha atitude, como a sua e a de todos os outros pode fazer diferença.
Mais do que escolher um candidato, o importante é escolher como queremos viver.
Pronto, desabafei!
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