15.12.17

“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores, matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”
( Eduardo Alves da Costa )

E assim nossos temores vão nos imobilizando.
De repente, surge um ponto de virada em nossas vidas e só aí nos damos conta que precisamos emergir.
Como é lindo quando alcançamos a superfície!
Não há sensação melhor do que o ar renovando nossos pulmões.



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