20.5.17

Blue Jay (2016) é um filme que traduz facilmente algumas relações da minha geração.
Uma produção modesta, equipe reduzida, encenada e escrita por Mark Duplass. Praticamente um filme feito em casa que vai agradar exatamente quem entende o que ele está dizendo.Com apenas dois personagens e uma pequena participação de Clu Gulager.
Em alguns momentos parece que estamos revendo aquelas fitas em VHS que guardamos por anos em caixas de papelão já desbotadas pelo tempo.Ou então as fitas K7 guardadas com aquelas cartas que nunca tivemos coragem de jogar fora.
Como roteirista eu cortaria alguns diálogos pela metade, em alguns momentos eles são prolixos.
Gostei de assistí-lo.Ele é um resgate de um amor romântico, na verdade daquele primeiro amor significativo na vida de uma pessoa.Dos planos e dos sonhos que construíram juntos quando na verdade não existiam perspectivas para que eles se concretizassem.Mas o romantismo permitia isto.
Não vejo mais este tipo de relacionamento nos dias de hoje.
Todo o contexto traduz o que vivemos, ou então, que poderíamos ter vivido.
Filme indicado para pessoas que nasceram entre 1950 e 1970 e que em algum momento experimentaram um grande amor que parecia que seria para sempre (e que de alguma forma manteve-se vivo).



Como seria encontrar um grande amor depois de 20 anos?

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