30.7.12

Pensei muito na vida neste final de semana.Alguns momentos de silêncio foram suficientes para que eu formulasse um tanto quase que infinito de perguntas, na sua maioria sem respostas.Comecei pela batidíssima "Porque estou aqui?", sem antes não deixar de passar pela famosa "Qual o sentido da vida?".
Vejo vidas entrelaçadas de tantas maneiras e de uma forma tão intensa que nada poderá desatar os nós que as mantém unidas. Mas por quê? Se em sua maioria são histórias sem final.Quantas vezes escutamos que tal situação esteve mal resolvida durante anos? E tem tanta coisa, que por mais que eu queira nunca estará resolvido.E por que simplesmente não me esqueço delas? Deveríamos ter um botão aonde fosse possível deletar para sempre tudo o que não nos faz feliz.
Não estou reclamando de sofrer, acredito que até faça parte do nosso crescimento.Só queria ser menos sensível ao mundo que me rodeia.Mas não consigo. Da mesma forma que sinto a brisa que me toca a pele e o vento que me desmancha os cabelos, sinto o que não é dito.Sei ler os sentimentos alheios.Aliás, mais do que ler, sei sentir.E para quê, se eu não posso mudar o que acontece aos outros?
Sei exatamente quando alguém está indo contra a sua natureza, como sei também quando esta pessoa vai cair em si e sei até mesmo o quanto vai sofrer.E como eu sei? Não sei, porque é algo que acontece muito mais no mundo das percepções do que no real. E como eu ajo em momentos assim? Eu tento falar, mas quando a pessoa não quer escutar, eu me afasto, mas continuo conectada.
Mais uma vez me pergunto "O que estou fazendo aqui?", quando cada pessoa deveria ser independente do outro. Qual o sentido do eterno religare se tudo parece se acabar de repente? Se não existe o depois como é o hoje, por que estamos sempre ligados, de um modo ou de outro? E quanto mais eu procuro mais me aparecem situações para reforçar estas ligações.Vou continuar sem respostas e conectada.
Pois assim parece ser a vida, a minha, a sua, a de todos nós!

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