26.2.12

O passado precisa ficar no passado e vir à tona só quando realmente precisarmos.Eu, por exemplo, tenho mania de transitar entre presente, passado e futuro.Honestamente gosto um bocado de visitar o passado e muitas vezes isso acontece de forma automática, seja através de uma música, um cheiro, um som, uma imagem e tantos outros elementos que compõem nossa memória. Estes meus intermináveis dias de quase clausura estão servindo para uma faxina.Consegui deixar tanta coisa para trás que estou impressionada com todo esse meu desprendimento.E é engraçado que quando retiramos algumas coisas do nosso passado a nossa memória ganha novas cores para outras.Ainda estou me entendendo com isso.Antigamente acreditava cegamente no amor eterno.Já hoje desconfio que sejam muito poucas as relações sustentadas por amor verdadeiro.
Temos muitas vezes a sensação do amor, mas ela não é real, seja lá o que real signifique.A realidade não pode ser absolutamente concreta, nem abstrata.E acredito que cada qual construa a sua. Ao morrer, eu bem que gostaria de rever muitas pessoas, mas conforme envelheço, vejo que meu caminho além da vida será bem mais solitário, afinal acho difícil que tão divergentes realidades consigam converger para um único lugar.Se aqui estamos todos tão ocupados com nossas vidas, me pergunto por que haveria, depois, de ser diferente. Ontem assisti pela milésima vez, Amor além da vida e percebi que nossa compreensão sobre o filme vai mudando conforme os anos vão passando.

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