16.2.12

Meu tempo andava apertado demais até mesmo para ir ao cinema ou a locadora.O repouso forçado me trouxe a chance de assistir alguns filmes que ainda estavam pendentes na minha interminável lista.
Dos últimos filmes em voga, da "safra" passada, para ser bem honesta, só gostei muito mesmo de "O Discurso do Rei". Gosto é gosto.
E depois de algum tempo me encantei outra vez com o último do Allen: "Meia Noite em Paris". Não só porque o cenário já é naturalmente inspirador e nem tanto pela trama, mas sim pela reflexão a qual ela nos leva delicadamente pela mão.Os encontros do protagonista são deliciosos e alguns diálogos divertidíssimos.É um universo que me encanta e acho que desde criancinha, afinal eu ia para escola com cadernos com capas de Toulouse Lautrec e Alphonse Mucha.Sempre soube quem foi Cole Porter, afinal o que minha mãe escutava de mais "novo" em casa era Chico Buarque.Tínhamos até um gramofone para apreciar algumas "raridades". Isso sem falar em quase todos os museus que percorremos antes mesmo que eu completasse 15 anos de idade.Absorvi tudo, quase que por osmose, de forma natural e nada pedante.O filme me trouxe excelentes lembranças de referências que tive na infância. O elenco é outra boa surpresa.Adrien Brody está qualquer coisa de surreal nas suas expressões.Paris está longe de ser a minha cidade favorita, mas no contexto do filme está perfeita.


Talvez eu não ame Paris, mas é possível que eu ame o que ela representa.

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