O calor era de 40 graus, os funcionários do transporte público decidiram fazer greve no meio da manhã e depois desfizeram-na no começo da tarde.Voltaram para as ruas todos os ônibus, aparentemente de uma só vez, além dos carros que lá já estavam.O trânsito no centro da cidade parou.E com tudo isto eu queria mesmo é chegar logo em casa para saber o veredito da veterinária.Pelo aspecto eu sabia que aquilo não era coisa boa e ao final da consulta minha cachorra foi diagnosticada com câncer de mama.
Ô doença maldita, tanto em pessoas como em animais.
E é claro que nosso subconsciente faz ligações no campo afetivo.Foi assim que perdi minha tia materna, uma das pessoas que mais amei nessa vida, minha segunda mãe.Até hoje sofro com a falta que ela me faz, principalmente em datas festivas, ela adorava a época do Natal.Foi por ela e depois pela lembrança dela que passei a fazer o arroz de amêndoas todos os anos.
Ela nos deixou nem duas semanas antes do aniversário de 6 anos do meu filho.Eu quis cancelar a festa que faríamos, mas meus primos não deixaram, porque já no hospital ela os fez prometer que não me deixariam cancelar.
E no dia do aniversário, meu filho, logo cedo, me perguntou:
- Mãe, será que se eu pedir para o papai do céu, ele deixa a Vó 3 (era assim que ele a chamava) vir no meu aniversário e depois voltar ?
Nessa hora eu desabei.Eu queria dizer tanta coisa, mas tudo o que eu dissesse seria muito prejudicial à qualquer crença que meu filho estivesse construindo.
Até hoje não vejo muita justiça nisso e toda a teoria sobre sermos seres finitos de carne mas não de espírito não me ameniza a falta dela.
5 comentários:
Turmalina querida
Receba meu abraço apertado.
Beijo
Lucia
Ai nem me fales, é só desgraças mas temos que ter fé que um dia todo este sofrimento há-de acabar. Espero que a tua cachorra não sofra muito. Um beijo!
Obrigada, meninas!!!Ontem foi um dia que custou prá passar...mas hoje já estou bem :o)
Um grande beijinho deste lado
Obrigada, Carlos...acabei ficando um tanto chateada, mas já passou :o) Beijo
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