16.10.11

Eu não consideraria isso que estou sentindo hoje como crise da meia idade. Estou me sentindo, e estou mesmo, mais velha.Não vejo problema algum nisso.Me encontro naquele ponto em que não poderia mais fazer o que já fiz, mas que ainda tenho muito para realizar como essa nova pessoa que conheço mais e mais a cada dia.Ontem assisti um filme nacional engraçadinho, sem muitas pretensões, mas que traduz direitinho um período da minha vida pregressa.Me vi muito na personagem da Fernanda Souza.


É aquela fase aonde você já abandonou boa parte das ilusões, como o primeiro namorado e o amor para toda vida.Muita gente retoma isso um pouco adiante, mas já é outra história.
Essa fase do filme precede aquele momento em que sabemos que devemos crescer e adquirir responsabilidade, o que muita gente costuma chamar de liberdade.Tenho lá minhas dúvidas de quando somos realmente livres.
Até pouco tempo atrás eu pensava que podia voltar no tempo.Não é que não dá, é que nunca mais será como foi, porque eu mudei, porque todos mudam.E cá entre nós, deve ser muito chato ficar repetindo-se.
Atualmente me sinto realizada por ter a certeza de que aproveitei bem demais a vida até hoje.As dificuldades, resolvi de maneira bem peculiar, atropelando-as sem dó e nem piedade.Se sobrou alguma coisa é porque não consegui passar por cima.E assim pretendo continuar até o último dia da minha vida.

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