12.2.11

Posso afirmar, sem errar, que fui forjada a ferro e fogo.E minha mãe não era daquelas que não nos permitia chorar, longe disso.Ela sempre respeitou a dor alheia. Mas nos ensinou que depois do choro é hora de levantarmos a cabeça e enfrentarmos a situação.E fugir jamais, porque depois de todas as tentativas, sempre nos resta o diálogo. Mistura-se a isso a minha impulsividade natural alimentada por um espírito contestador. Acho incrível que ainda sobre espaço para a doçura.
Por outro lado, meu pai (e mais meio mundo) sempre me mimou.O que me ajudou e muito a enfrentar situações que me pareciam bem maiores do que eram. Afinal, se são todos por mim, quem há de estar contra? Ninguém tão importante assim, não é? Acho graça quando me olho de fora.
Eu até reclamo, faço charme, mas no fundo estou bem e pronta prá luta. Afinal esse é o único caminho que aprendi.E luta, como me ensinaram os monges budistas e outros tantos mestres que li à exaustão quando ainda uma adolescente, não significa guerra :o)
E não digo isso me referindo somente ao que aconteceu ontem, mas também pelo que tem acontecido nos últimos meses e ainda pelo que virá nos próximos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Turmalina:
Aqui fica a letra da música. O som é mau, mas não encontrei melhor.
Gosto muito e você?

Tenho à janela
Uma velha cornucópia
Cheia de alfazema
E orquídeas da Etiópia

Tenho um transistor ao pé da cama
Com sons de harpas e oboés
E cantigas de outras terras
Que percorri de lés-a-lés

Tenho uma lamparina
Que trouxe das arábias
Para te amar à luz do azeite
Num kama-sutra de noites sábias

Tenho junto ao psyché
Um grande cachimbo d'água
Que sentados no canapé
Fumamos ao cair da mágoa

Tenho um astrolábio
Que me deram beduínos
Para medir no firmamento
Os teus olhos astralinos

Vem vem à minha casa
Rebolar na cama e no jardim
Acender a ignomínia
E a má língua do código pasquim

Que nos condena numa alínea
A ter sexo de querubim

Beijinhos

Carlota e a Turmalina disse...

Carlos...eu não conhecia e adorei!!! Acho que são letras assim que mantém a chama do romance acesa.
Obrigada :o)