Bem antes da consciência ecológica figurar na minha família, tínhamos em casa alguns pássaros em gaiola.Acho que talvez fosse um costume que foi diminuindo depois dos anos 80.
Mas em plenos anos 70, quase todas as casas que eu conhecia tinham uma gaiola.E eu sempre associei a gaiola com a estória infantil "O Rouxinol do Imperador", de Hans Christian Andersen.
E desde cedo já pensava que o pássaro tinha o direito de ir e vir. Fui crescendo e discursando dentro de casa. Minha mãe tinha um casal de canários e um viveiro de periquitos.Conforme os pássaros foram morrendo, não iam sendo substituídos.As gaiolas vazias acabavam enferrujando e indo para o lixo.
Mesmo assim ainda passaram pela minha casa uma coruja, que eu convenci meu pai à devolver à natureza.Um pássaro preto que vivia numa gaiola aberta e sempre que eu chegava em casa gritava para que eu fosse lhe fazer um cafuné. E também um papagaio que veio prá cá quando o antigo dono faleceu. Ele também não vivia em gaiola.
E hoje, finalmente, pássaros por aqui, só nas árvores.
Um comentário:
Para mim, pássaros só mesmo soltos. Nunca tive, mas o meu irmão mais velho teve uma grande colecção de piriquitos. Acho que com o tempo ele percebeu que os pássaros pertencem mesmo à liberdade da natureza :)
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