17.2.10

Hoje fiquei no escritório até mais tarde por causa da chuva forte que caiu por aqui.E foi de lá que acompanhei a apuração do desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro.Eu bem que disse que a Unidos da Tijuca estava maravilhosa, não é? Pois ela foi consagrada Campeã de 2010, depois de 73 anos sem ganhar um título.
O trânsito de volta prá casa estava infernal, mas foi amenizado pela voz de Bocelli.Chegando em casa a energia elétrica não havia ainda voltado e a chuva caía fininha, fininha. Internet nem pensar.Fui para cozinha e fiz uma massa divina.Hoje eu não tinha condições de pensar em algo mais saudável ou de dieta.Romântico é jantar à luz de velas e não prepará-lo na penumbra.E nem adiantava sair para comer porque o subdistrito todo estava sem energia. Mas tudo bem que eu estava Zen. Aliás, ultimamente ando assim.
Quando a força voltou tomei um banho prá lá de relaxante.Mas ao contrário das outras pessoas, o banho, mesmo relaxante, me desperta completamente. Aproveitei para reler e lapidar as cenas que filmaremos no sábado e domingo. No começo, confesso que não estava assim tão animada, afinal o filme era do Igor e eu estava somente dando palpites.Mas quando percebi, já estava completamente envolvida e definindo cenas, figurinos, diálogos, planos e contra planos.
Quanto às Thangkás que falávamos nos comentários do post abaixo, esta foto meio torta, tirada no Natal pela fotógrafa que lhes escreve, representa o Buda da Compaixão (Chenrezig, aquele que que vê as necessidades de todos os seres com olhar compassivo ).

Chenrezig "se manifesta de formas infinitas: mestres espirituais, homens e mulheres comuns, animais selvagens, até montanhas, árvores e pontes, o que for necessário para preencher as necessidades dos seres sencientes. Até uma brisa suave em um dia de calor escaldante ou um momento de alívio durante uma dolorosa doença são manifestações da compaixão de Chenrezig", ensinou Dilgo Khyentse Rinponche (Tibete, 1910 - Butão, 1991) Segundo ele, "não há nada no mundo todo que possa realmente assustar e afastar a morte, mas a irradiação aconchegante da compaixão de Chenrezig pode acabar completamente com o terror que uma pessoa sente com a chegada da morte. Isso quer dizer refúgio absoluto".
Bem, Thangká é a arte tibetana de ilustrar, com muita propriedade, deuses, deusas, mandalas e figuras históricas.E o contemplar de uma Thangká vai muito além da simples visualização figurativa.Eu arriscaria dizer que é um encontro, um caminho.Em muitas delas, conceitos como impermanência e compaixão são expressos por mudras (posicionamento das mãos), número de braços, olhos, cabeças, ornamentos, expressões, formato das nuvens, moviment das águas e outras peculiaridades.

Um comentário:

Zoe disse...

parabéns à Unidos da Tijuca,não vi o desfile, estou sem televisão há dois meses e ainda n tenho saudades... ao sacudir uma manta mandei o comando pela janela fora e ainda não activei o novo. mas, também pela televisão os desfiles n têm graça.as cores, as cenografias, a dança, os fatos, tudo tem uma nitidez diferente ao vivo. digo eu.
beijinhos
zoe