10.1.10

"Solidão não é a falta de gente para conversar,
namorar, passear ou fazer sexo...
Isto é carência!
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência
de entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade!
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe,
às vezes para realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio!
Solidão não é o claustro involuntário que o destino
nos impõe compulsoriamente...
Isto é um princípio da natureza!
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância!
Solidão é muito mais do que isto...
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos
e procuramos em vão pela nossa alma." Chico Buarque


No video, quem interpreta a canção Solitude é a cantora portuguesa Ana Vieira.

Li no Blue Moon a seguinte frase:
"Existimos enquanto alguém nos recorda."
Carlos Ruiz Zafón, A Sombra do Vento

Eu recordo muita gente, mas tenho a estranha maneira de me refugiar no passado quando o presente está real demais.Talvez por ser canceriana sou assim tão saudosista, os astros devem ter lá uma explicação. Aí me pergunto quem será que me recorda.Eu espero que muita gente...
E quanto às palavras do Chico, tenho meus momentos de carência assim como os de saudade.Preciso de um retiro voluntário para encontrar o meu equilíbrio.Deixando de lado as circunstâncias que são inevitáveis não me lembro de efetivamente ter sentido solidão. Afinal eu me recordo constantemente!

4 comentários:

Si disse...

A maior solidão talvez seja ainda, aquela em que depois de nos perdermos de nós mesmos, como diz o Chico, perdemos também a esperança de encontrar a alma.
Vejo isso nos mais idosos, quando, deprimidos, acham que já nem vale a pena começar a procurá-la...

Zoe disse...

viva turmalina
há muito tempo que me devo ter perdido de mim mesma, foi uma sensação que sempre me acompanhou, apesar de me lembrar, de não me esquecer da minha existência.
beijinho
zoe

Blue Moon disse...

Também como canceriana, o passado é importante para mim, e nos últimos tempos tem servido de refúgio, assombração, nem sei o que lhe chamar - talvez a procura de mim mesma a que aqui se refere, Turmalina.
E a canção é linda, tal como toda a obra de Rodrigo Leão...

ameixa seca disse...

Não prescindo do meu espaço, do meu tempo, da minha solidão mas também não prescindo da multidão, da comunicação e da confusão :) O segredo está sempre no equilíbrio!
Óbvio que és lembrada, apenas não tens conhecimento disso :)