Tenho lido em muitos blogs críticas ao espírito de fraternidade que se instala no coração das pessoas somente nessa época do ano. Concordo que a generosidade deva ser praticada diariamente, mas sou também muito grata à essas pessoas que só colaboram mesmo agora. São elas que facilitam o trabalho de quem doa o ano todo.
Fico feliz com cada boa alma, independentemente de suas reais motivações, que aparece com a vontade de fazer alguém mais feliz neste Natal. A grande maioria não volta no ano seguinte, mas tudo bem também.Se no próximo ano a pessoa ajudar um parente ou até mesmo um vizinho que passa por dificuldades, também é válido.E na verdade pouco importa se é por piedade ou amor.
O espírito de Natal parece envolver também as crianças dos abrigos e os moradores de rua. Eles esperam ganhar alguma coisa, eles esperam pertencer. Mesmo que não tenham perspectiva de um lar no ano seguinte gostam de se sentirem notados pelo menos uma vez no ano.
No abrigo, as crianças que durante todo o ano ganham brinquedos usados, ficam contando os dias para ganhar um presente novo e só delas, principalmente porque alguém se importou com elas.
Este ano me sinto realizada em ter sido a portadora de inúmeros pacotes que enfeitam a árvore de Natal do abrigo.E é bonito ver que tanto na rua quanto no abrigo eles se unem na dificuldade, formam uma grande, amorosa e diferente família.Porque para eles esta data também é importante!
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