Depois de uma manhã de intensa chuva cheguei em casa no meio da tarde e ao abrir a porta da varanda me deparei com a pitangueira carregada.Por causa do sol que tomava o lugar da chuva naquele instante, as pitangas brilhavam.Foi um convite! Chamei meu filho e fomos colher aquelas maravilhosas frutinhas que diziam:
- Me comam!
E elas estavam mesmo sensacionais, doces e suculentas. Comer frutas no pé é um dos raros prazeres que consigo manter da minha infância. E hoje minhas opções são bem limitadas.
Fico triste em pensar como era a praia de antigamente, aquela querida da minha infância.Era infinitivamente mais limpa.Confesso que tenho nojo e raiva de ir à praia e encontrar todo tipo de lixo como sacolas plásticas, bitucas de cigarro, palitos de sorvete, espetinhos de churrasquinho, copos descartáveis, latas de todos os tamanhos e cores, além de chinelos velhos e brinquedos quebrados. Me sinto num verdadeiro lixão.E isso sem falar nos lixos orgânicos...
E por conta disso tb hoje já não vou mais tanto a praia.E parece que ninguém se pergunta aonde vai parar todo esse lixo.É claro que é dentro do mar e é mais claro ainda que isto traz conseqüencias para a biodiversidade marinha. Já escutei muita gente dizendo:
- Ah...mas a onda do mar leva...
E aí já tive vontade de levantar-me e perguntar:
- Ah é...e leva prá onde, héin?
Consciência ambiental, que trocando em miúdos significa cuidar do lugar aonde vc vive, ou sobrevive.Será tão dificíl assim de introjetar essa idéia? Parece que sim...mas não tem problema, porque eu vou continuar falando e espero que os bons e os maus tb, me sigam :o)
4 comentários:
Não é só na praia, é na rua e nas matas. Há lixo por todo o lado e isso irrita-me!
Não cuidamos nunca de pensar, um pouco que seja, sobre o monte de desperdícios em que alegremente nos atolamos. Até o respeito pelos outros e pela nossa casa que é aTerra já perdemos...
A questão do lixo é realmente um problema tão grave que não entendo como a maioria absoluta das pessoas parece passar invisível por ela, se esquivando de pensar em algo crucial para a própria sobrevivência... Sim, somos egoístas, mas será que nem mesmo quando o destino de nossa casa está em questão conseguimos mover um botão para além de nossa comodidade?
Como diria o Charlie Brown, dos Peanuts (meu ídolo da infância, que atendia no Brasil pelo nome de "Minduim"): "que puxa...".
Salaam
Layla
sei que não foi o seu objectivo principal, mas a nostalgia invadiu-me logo no início do post! Há quantos anos não como pitangas... a 1ª vez que as vi achei-as tão lindas que nem queria acreditar que fossem verdadeiras, pensei que fossem velinhas de cera, imagine. De referir que tinha doze anos! Apesar de existirem com abundância na Madeira, aparecem agora em portugal graças à globalização... as que eu referi no início eram angolanas e colhidas da árvore, como as tuas!
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