Ouço o noticiário da manhã e me vejo ainda na Idade Média. O repórter, dentro de um hospital, cobrindo a falta de atendimento e medicação da unidade diz:
- O governo do Estado reduziu a verba destinada ao hospital por causa da queda na arrecação de impostos do município.
Um economista diria que isto é absolutamente normal, você não pode gastar mais do que recebe, certo? Mas a máquina estatal não funciona assim. As verbas deveriam ser destinadas conforme a necessidade. O hospital da reportagem é absolutamente necessário.Nós pagamos muitos impostos, isto é fato.Se eu não vejo este dinheiro sendo aplicado na saúde, aonde está ele? Nos excessos da secretaria de educação que envia pelo menos dois kits para cada aluno das escolas localizadas em áreas politicamente interessantes. Ou então nas propagandas de televisão sobre o combate ao fumo, aonde o um possível futuro candidato à presidência faz um discurso demagogo e hipócrita sobre os males do cigarro, enquanto uma das maiores arrecadações do Estado é com a indústria do tabaco.Se a intenção é que as pessoas fumem menos, é só aumentar o imposto sobre o cigarro. Afinal o governo bem sabe meter a mão no bolso do cidadão, com o repetitivo aumento de impostos básicos.
Me sinto vivendo em Nottingham, no séc. XII, aonde o príncipe John submete a população a impostos cada vez mais altos, tornando um verdadeiro inferno a vida dos menos afortunados. Só que na vida real Robin Hood não existe.O que existe é um conceito sobre democracia, que na prática , parece não estar funcionando muito bem porque existem ainda muitos xerifes.
5 comentários:
Acho que o pior de tudo não é nem essas opções que vc disse sobre onde está o dinheiro público. Pior de tudo é aquele dinheiro público que sai direto dos cofres do governo para o bolso dos governantes, sem nem passar por algum tipo de disfarce perante a sociedade.
Beijo.
Acho que nem em Nottingham era assim... Cruzes.
Beijos
Cada vez percebo melhor porque somos países irmãos. Mesmo assim, volto a fazer a proposta. Quer trocar o seu Lula pelo nosso Sócrates?
É Turmalina, é a tal da verba carimbada. Coisa de tecnocrata que não precisa enfrentar a fila do SUS.Agora a proposta do Carlos é tentadora hehehe. Trocar não interessa não, mas se ele quiser o Lula dado, da minha parte, eu dava na boa. Beijos
Ah, mas com povo passivo, tudo é possível!! Beijus
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